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Europa avalia uso de satélites Galileo para fins militares
« Online: 14 de Outubro de 2006, 06:42:34 »
14/10/2006
Europa avalia uso de satélites Galileo para fins militares

George Parker
Em Bruxelas

A Europa deveria considerar o uso de seu sistema "civil" de satélites de navegação Galileo para objetivos militares, como parte de uma medida para recuperar seus custos crescentes, propôs o comissário de Transportes da União Européia, Jacques Barrot.

A sugestão poderia causar preocupação em Washington, que há muito teme que o Galileo seja usado para fornecer inteligência militar para regimes potencialmente hostis. A China é um dos investidores no sistema de satélites europeu.

Barrot provocou um debate sobre o uso final do sistema quando disse: "O Galileo deveria ser um sistema somente civil, mas me pergunto se não devemos questionar isso. Usá-lo para fins militares, para fins de defesa... seria muito interessante em termos de pagar pela infra-estrutura e o investimento."

Os comentários de Barrot, numa reunião de ministros de Transportes em Luxemburgo, foram feitos depois da divulgação de que os custos de desenvolvimento da rede de 30 satélites havia aumentado de 1,1 bilhão de euros para 1,5 bilhão de euros nos últimos meses.

No entanto, vender os serviços do Galileo para os militares para amortizar os custos exigiria da aprovação dos 25 países membros da União Européia. O memorando de entendimento da criação do Galileo diz que ele seria "um programa civil sob controle civil".

Para algumas autoridades européias, Barrot estava simplesmente declarando em termos explícitos o que elas já sabiam: os usuários finais dos sistemas de navegação e mapeamento altamente sofisticados do Galileo quase certamente incluiriam os militares.

As autoridades francesas, por exemplo, sempre consideraram o sistema como, entre outras coisas, um meio de desenvolver um sistema de navegação militar independente do Sistema de Posicionamento Global americano (GPS), predominante.

Um porta-voz de Barrot disse que ele quis provocar um debate.
Com sua precisão minuciosa, o Galileo sempre foi promovido por suas aplicações civis, que incluem sistemas de navegação para carros, mapeamento agrícola ou segurança no mar. Disponibilizá-lo para as forças armadas européias poderia ser considerado aceitável para os países membros, mas dar o mesmo acesso aos militares dos três principais patrocinadores do Galileo - China, Coréia do Sul e Israel - seria altamente polêmico.

No entanto, desde que os serviços do sistema estariam amplamente disponíveis para companhias privadas, as autoridades européias admitem que seria difícil impedir que elas passassem informações para outros usuários não-autorizados.

Segundo Barrot, alguns países da UE são contra o uso do sistema para fins militares devido a uma potencial oposição dos EUA, mas ele disse que não pensa que Washington se oporia a essa medida.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/fintimes/2006/10/14/ult579u1978.jhtm
http://news.ft.com/home/us
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

 

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