Autor Tópico: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba  (Lida 1366 vezes)

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Offline Fabulous

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Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Online: 20 de Outubro de 2006, 11:29:58 »
Heidegger dizia que Nietzsche foi o último dos metafísicos. Escreveu dois calhamaços sobre ele que, para quem não saber alemão, pode ser encontrado em francês com tradução de Pierre Klossowski.

Nitzsche não fazia muito sucesso com as mulheres. Dizem que uma vez brochou com uma prostituta e, envergonhado, pô-se a tocar piano no meio do cabaré para esquecer o vexame. Levou vários foras da mulher de Wagner e o amor da sua vida, a Lous Andreas Salomé, dava pra todo mundo, exceto pra ele. Pegou sífilis e enlouqueceu.

O insucesso com as mulheres, aliás, é um destino comum aos filósofos. Talvez o desenvolvimento da especulação filosófica seja resultante desse fato. Sócrates, por exemplo, só começou a filosofar porque não suportava a própria esposa, a famosa Xantipa.

Kant tinha uma visão tão arredia em relação ao sexo e às mulheres que, certa vez, quando descreveu uma relação sexual, parecia estar descrevendo um estupro.

O horroroso Shopenhauer odiava as mulheres, porque teve desavenças com a mãe.

Tomás de Aquino, quando lhe apresentaram uma mulher, saíu correndo pra cima dela com o intuíto de massacrá-la.

Wittgenstein e Foucault eram viados. Heidegger, Sartre e Camus é que, de certa forma, foram exceções.

 ;P
« Última modificação: 20 de Outubro de 2006, 11:32:47 por Fabulous »
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Offline Mussain!

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #1 Online: 20 de Outubro de 2006, 11:43:24 »
Agora virá o baitolonismo, conseqüentemente, resultando numa Baitologia.


"Wittgenstein e Foucault eram viados".


 :histeria: :histeria:

Offline Mussain!

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #2 Online: 20 de Outubro de 2006, 11:43:57 »
Ou viadologia.... sei lá.

Eriol

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #3 Online: 20 de Outubro de 2006, 15:06:44 »

Monty Python's Bruce's Philosophers' Song

e só pra ser chato. Nietzsche não foi o último metafísico. Oxalá fosse assim.

Offline Fabulous

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #4 Online: 22 de Outubro de 2006, 22:36:34 »
Ok, mas espero que não tenham acreditado no que eu disse. :P
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rizk

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #5 Online: 23 de Outubro de 2006, 11:44:30 »
Eu fiquei sabendo que o Foucault era bicha há um mês. A melhor parte da história toda é que, não apenas bicha ele era, mas também S&M. Não sei porque, mas já DESCONFIAVA. :lol:

E vocês podem dizer o que quiserem do Tomás de Aquino, mas que sto. Agostinho era BALADEIRO na juventude, isso era. Sério, eu não vi isso do Kant. Onde tá?

Offline Diego

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #6 Online: 23 de Outubro de 2006, 13:03:48 »
A melhor parte da história toda é que, não apenas bicha ele era, mas também S&M. Não sei porque, mas já DESCONFIAVA. :lol:


err....hã...
Oq é S&M???
(desconheço essa gíria)

Offline Tash

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #7 Online: 23 de Outubro de 2006, 13:08:48 »
A melhor parte da história toda é que, não apenas bicha ele era, mas também S&M. Não sei porque, mas já DESCONFIAVA. :lol:


err....hã...
Oq é S&M???
(desconheço essa gíria)

Sadô e Mazô

Offline O Grande Capanga

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #8 Online: 23 de Outubro de 2006, 13:24:37 »
Sartre não era um adúltero? E sua mulher também? E os dois se amavam muito?

Offline Luis Dantas

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #9 Online: 23 de Outubro de 2006, 19:07:26 »
Sartre não era um adúltero? E sua mulher também? E os dois se amavam muito?

Acho que estava mais para o que hoje é considerado relacionamento aberto.  Eles chegaram a se casar oficialmente?

Eu não sei se cabe falar em adultério quando as coisas estão tão às claras.  Ainda mais se nunca chegou a haver uma cerimônia formal.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

rizk

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #10 Online: 23 de Outubro de 2006, 19:43:24 »
Não, eles não se casaram oficialmente, né? Inclusive, o relacionamento Sartre-Beauvoir é o PARÂMETRO do "relacionamento aberto".

Diz-se que eles se amavam muitíssimo, mas moravam separados e cada um tinha um ou outro amor pelo mundo. Da Simone, sei que ela pegou uma moça que era orientanda dela, e um cara que era escritor e morava nos EUA. É engraçado que ele a chamava de Castor e ela o chamava de, pasmem, SARTRE. :D

Tem vários livros contando a história deles, tem livro de troca de correspondências, várias coisas. Quem se interessar que dê uma pesquisada.

Offline Hugo

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #11 Online: 23 de Outubro de 2006, 21:43:34 »
O que uma coisa tem a ver com outra?

Onde voces querem chegar?
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rizk

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #12 Online: 23 de Outubro de 2006, 22:21:37 »
Aqui é a seção "caras" dos grandes pensadores da humanidade. Você sabe, amigo, a GRANDE PERGUNTA é "e aí, comeu?"
:lol:

Offline Luis Dantas

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #13 Online: 23 de Outubro de 2006, 23:04:37 »
Não, eles não se casaram oficialmente, né? Inclusive, o relacionamento Sartre-Beauvoir é o PARÂMETRO do "relacionamento aberto".

Diz-se que eles se amavam muitíssimo, mas moravam separados e cada um tinha um ou outro amor pelo mundo. Da Simone, sei que ela pegou uma moça que era orientanda dela, e um cara que era escritor e morava nos EUA. É engraçado que ele a chamava de Castor e ela o chamava de, pasmem, SARTRE. :D

Tem vários livros contando a história deles, tem livro de troca de correspondências, várias coisas. Quem se interessar que dê uma pesquisada.

Acho que eles, mais do que qualquer outro casal, me ilustram como é difícil para quem não está diretamente envolvido em um relacionamento compreender realmente o que ele significa para as partes envolvidas.

Suponho que tem a ver, em parte, com o fato de que há vários tipos de atração possíveis entre duas pessoas, e não é muito fácil conciliá-los em um único relacionamento.

Até hoje eu não decidi se é bom ou ruim que costume levar tanto tempo para se desfazer da ilusão do cavaleiro de armadura prateada encontrando a donzela na torre...  inocência é algo que dói perder, mas geralmente dói muito mais manter.
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rizk

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #14 Online: 23 de Outubro de 2006, 23:38:30 »
Não, eles não se casaram oficialmente, né? Inclusive, o relacionamento Sartre-Beauvoir é o PARÂMETRO do "relacionamento aberto".

Diz-se que eles se amavam muitíssimo, mas moravam separados e cada um tinha um ou outro amor pelo mundo. Da Simone, sei que ela pegou uma moça que era orientanda dela, e um cara que era escritor e morava nos EUA. É engraçado que ele a chamava de Castor e ela o chamava de, pasmem, SARTRE. :D

Tem vários livros contando a história deles, tem livro de troca de correspondências, várias coisas. Quem se interessar que dê uma pesquisada.

Acho que eles, mais do que qualquer outro casal, me ilustram como é difícil para quem não está diretamente envolvido em um relacionamento compreender realmente o que ele significa para as partes envolvidas.

Suponho que tem a ver, em parte, com o fato de que há vários tipos de atração possíveis entre duas pessoas, e não é muito fácil conciliá-los em um único relacionamento.

Até hoje eu não decidi se é bom ou ruim que costume levar tanto tempo para se desfazer da ilusão do cavaleiro de armadura prateada encontrando a donzela na torre...  inocência é algo que dói perder, mas geralmente dói muito mais manter.
Sinceramente, não acho que idealizar seja inocência. Mito do par perfeito é uma coisa construída com muita engenhosidade, e eu tenho a sensação de que tentar entender as pessoas do jeito que elas são gasta eventualmente menos tempo do que ficar pensaaaando sobre elas. Inocência é você julgar a coisa pelo valor de face.

Quanto a "doer perder, mas doer muito mais manter", devo concordar sem mais restrições.
A gente se acostuma a pensar em pares perfeitos e o negócio fica zoado, porque "perfeito" mesmo não tem; a gente só consegue chegar a "compatível pelo prazo x". E aí dá até pra fazer um paralelo com a questão que já é clássica nesse fórum: de que adianta viver se vai acabar tudo?
Voltamos, portanto, à necessidade de se acostumar com a idéia da independência da pessoa amada, assim como com a idéia da morte.

E a independência, não só a da pessoa amada, mas do amor em si, é meio a coisa central do relacionamento Sartre-Beauvoir, e é por isso, acho, que este é um assunto do qual tanto se fala.

Offline Luis Dantas

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Re: Nos bastidores da Filosofia - A verdadeira Suruba
« Resposta #15 Online: 23 de Outubro de 2006, 23:41:02 »
Interessante paralelo... nunca havia pensado nisso.

Mas faz sentido: será que o apego que alguns tem pela idéia da existência, a ponto de não ver sentido nela se um dia tiver um fim, não é similar ao que eu tenho pela idéia do amor bem correspondido?
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