A história dos dólares do dossiê está ficando cada vez mais estranha.
Agora surgiram duas pessoas com ligações com o
PFL, sob as quais pairam fortes suspeitas de lavagem de dinheiro.
Hoje, a Folha diz que Centaurus Turismo e Câmbio – uma das casas pelas quais a PF suspeita terem passado os dólares da negociação do dossiê – tem como sócio Aristoclides Stadler, que é
irmão do segundo-suplente do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), Ari Stadler.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2710200603.htmOntem, um nome que tinha saído pela manhã no Estadão (para assinantes) reapareceu à tarde, no site Terra, na matéria "Depoimento sobre dossiê envolve dono de pousada em MG". É Gérson Luiz Cotta, ou simplesmente Gérson da Pousada. Dizia o texto do Terra:
"Um dos próximos depoimentos que a Polícia Federal deverá ouvir no caso do dossiê será o do terceiro suposto 'laranja', Gérson Luiz Cotta, dono de uma pousada em Ouro Preto. Conhecido como Gérson da Pousada, Cotta foi candidato a vereador, em 2003, pela coligação 'Muda, Ouro Preto', formada pelo
PTB/PFL/PSB/PSC, mas teve apenas 237 votos. Desde o depoimento de uma de suas funcionárias, ele permanece incomunicável. A informação é de que estaria em viagem".


Cotta aparece no site do TSE como candidato a vereador pelo PFL em 2004, concorrendo com o número 25.660. Ele é um "inimigo histórico" do PT em Ouro Preto.
A Polícia Federal, segundo o Terra, "suspeita que o estabelecimento é utilizado para a prática de lavagem de dinheiro".
Outro suposto laranja, Agnaldo Henrique de Lima, já foi desmascarado pela Polícia Federal. De acordo com a Reuters, as movimentações financeiras que ele assumiu (disse que recebeu R$ 80 mil em sua conta do empresário Luiz Armando Ramos) não existem.
Lima foi apresentado à imprensa por
Rosy Pantaleão. Mas agora à tarde já se pode ler, no O Globo Online, que além de
fundadora e secretária executiva do PSDB em Pouso Alegre (MG), Rosy Pantaleão aparece no expediente da TV UAI Network como diretora de conteúdo e jornalismo da empresa.
Hoje pela manhã, a Polícia Federal disse, de acordo com a Reuters
que é falsa a versão de Agnaldo de que teria sido o "laranja" numa operação de repasse de R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo paulista. Na conta de Agnaldo, não havia nenhum depósito de R$ 80 mil.
Não passou de uma farsa, talvez mais uma de uma série.
Testemunha que incriminou Hamilton Lacerda mentiu, diz PF:
http://eleicoes.uol.com.br/2006/ultnot/2006/10/27/ult27u58625.jhtmFrisando:
Segundo a assessoria de imprensa da PF, em Brasília, Agnaldo foi levado à mídia por Rosely Souza Pantaleão, que se apresentou como jornalista. As investigações do órgão descobriram que ela é servidora pública em Pouso Alegre e secretária-executiva do PSDB local.Caramba! Será que estamos diante de uma absurda tentativa de estelionato eleitoral?
