Brasil melhora e fica em 73º lugar em índice de desenvolvimento da ONUSegundo relatório, país apresentou avanços constantes em expectativa de vida e renda nacional bruta.04 de novembro de 2010 | 12h 24
Para economista da ONU, avanço do Brasil foi significativo
Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela ONU coloca o Brasil na 73ª posição em um ranking de Desenvolvimento Humano, que mede as conquistas de um país com base em expectativa de vida, saúde, acesso à educação e padrão de vida.
O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2010 analisou 169 países, listando-os com notas que variam de zero (mais baixo desenvolvimento) a um (mais alto).
O Brasil obteve, segundo a nova metodologia do IDH, índice de 0,699, registrando importantes avanços em desenvolvimento humano, ainda que a desigualdade social afete parte desses ganhos.
Também considerando a nova metodologia, o índice brasileiro subiu 0,006 ponto percentual
[sic] e quatro posições no ranking de nações com relação a 2009.
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A metodologia anterior do IDH media analfabetismo, problema que se mantém em taxas pouco alteradas no Brasil.
A metodologia atual mede anos médios de escolaridade, área em que o país apresentou avanços importantes, apesar de se manter comparável aos países menos desenvolvidos.
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Os mais bem colocados no ranking do IDH são Noruega, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, com índices superiores a 0,9. Quanto mais próxima de um é a nota, maior é o desenvolvimento humano observado no país.
E, pela primeira vez, os organizadores do relatório mediram o impacto da desigualdade social e concluíram que, em média, os IDHs seriam 21,7% menores se consideradas as disparidades entre classes.
No caso do Brasil, o IDH ajustado à desigualdade cairia dos 0,699 para 0,509.
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Dos 135 países dos quais a ONU tem dados estatísticos dos últimos 40 anos, apenas três - a República Democrática do Congo, a Zâmbia e o Zimbábue - têm um IDH inferior hoje ao que tinham em 1970.
O Zimbábue, governado há 30 anos por Robert Mugabe, tem o IDH mais baixo entre os 169 países pesquisados pela ONU. O país tem uma expectativa de vida de 47 anos (comparada com 72,9 anos no Brasil)
e média de escolaridade de 7,2 anos (semelhante à do Brasil). Leia mais...