Bem, a abordagem não é meramente histórica mas também não é extremamente argumentativa... só no "biologia moderna" (1974), é argumentado que "sendo essa semelhança maior quanto mais inicial for a fase de desenvolvimento considerado. Observou-se que, quanto maior a semelhança entre animais adultos de espécies diferentes, mais prolongada é a fase embrionária comum." No outro, nada sobre até quando surgem as diferenças no desenvolvimento e como isso se relacionaria com proximidade de parentesco, só critérios diversos de similaridade, o que comparam (número de folhetos, etc). No outro tem também outros desenhos do desenvolvimento de invertebrados e outra mostrando homologias de um embrião humano e um seláquio.
Não diria nem que são extremamente ignorantes.. nem que necessariamente defendessem indiretamente evolução haeckeliana, pois teoricamente, aqueles mesmos embriões, poderiam resultar de seleção darwiniana desde que as diferenças tivessem mesmo surgido apenas nos últimos estágios de desenvolvimento.
É alguma ignorância, mesmo assim... acho que deve ser porque, geralmente quem escreve esses livros é só de uma área mais específica, e acaba tendo que escrever mais generalizadamente, sem conhecer bem, talvez até recorrendo a fontes que já eram antigas, de quando aprendeu da primeira vez. Confiando só no que lembrava das áreas menos familiares em vez de se atualizar...
Mas fiquei curioso com isso, tenho vontade de saber mais do que saberiam das similaridades embriológicas verdadeiras nessas décadas com livros didáticos desatualizados, até quando talvez fosse mais aceitávei e quando já passava a ser muita discrepância do conhecimento científico para os livros didáticos. Talvez naquela parte do site da NCSE sobre o livro do Wells tenha algo assim, ou as fontes apontem a direção...