A ABL -- Academia Brasileira de Letras -- foi criada pelo Machado de Assis nos tão caros moldes franceses (adoro o Proust malhando os acadêmicos de lá!). Até hoje não sei para que serve. Paulo Coelho, Roberto Marinho, José Sarney e Nélida Piñon são realmente baluartes da (in?)cultura nacional. Quem é o atual presidente mesmo? Não estou fazendo ironia; desconheço. Deve ser ignorância da minha parte.
A sorte do Guimarães Rosa foi ter morrido três dia depois da posse. Muita sorte mesmo! O fardão não faz bem ao cérebro... Isso o poupou de tomar chá com todos aqueles escritores maravilhosos que adoram prebendas e homenagens vitalícias.
Pode ser que a ABL seja uma espécie de patrimônio nacional -- todos esses profundos pensadores se auto-idolatrando. Para tanto, devo concordar com Paulo Francis: a ignorância é patrimônio nacional. Se o Francis estiver certo e o contexto se aplicar a esse caso, o destino do pensamento brasileiro está perto demais da chanchada. Que injustiça o Mazzaropi não ter sido convidado. Mas ainda é tempo para se redimir. Didi Mocó neles. Aí sim, a ABL estará completa.