Médico alemão terá de sustentar bebê indesejado Um médico alemão terá de sustentar por 18 anos um bebê gerado depois que o tratamento de contracepção que ele ministrava à mãe não funcionou. O ginecologista havia inserido, no braço da paciente, um implante que deveria funcionar como contraceptivo por três anos - mas ela acabou engravidando seis meses depois.
A mulher havia conseguido um emprego como professora, mas teve de interromper a carreira para cuidar da sua gestação. A condenação prevê que o médico pague 600 euros (cerca de R$ 1,5 mil) por mês à mãe, até que a criança atinja os 18 anos.
O pai - que havia conhecido a mãe mais ou menos quando ela iniciou o tratamento - também será compensado pela ajuda que dará ao seu filho. O casal vive separado, informou a justiça.
AvalancheO correspondente da
BBC em Berlim, Steve Rosenberg, disse que o caso é "um marco que deixou ginecologistas alemães temendo uma avalanche de processos".
A disputa, decidida na terça-feira, deu o que falar na imprensa alemã. O jornal conservador
Die Welt qualificou como perversa a simples idéia de considerar que o nascimento de uma criança seja um prejuízo.
"Mais do que a sugestão de que ele não era desejado por seus pais, ele (o bebê) tem agora a confirmação oficial de que nasceu por um erro", escreveu a publicação, em editorial.
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