Tópico: "Eixo do Mal" ganha reforço

[HSette]

UOL Notícias

26/11/2006  - 20h29
Boca-de-urna aponta vitória da esquerda no Equador
da France Presse, em Quito

O segundo turno das eleições presidenciais do Equador terminou às 17h locais (20h de Brasília) deste domingo, com as pesquisas de boca-de-urna apontando a vitória do candidato de esquerda, Rafael Correa, sobre o empresário conservador Alvaro Noboa.

Correa, amigo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, bateu Alvaro Noboa com pelo menos 13 pontos percentuais de vantagem, indicam as pesquisas de boca-de-urna citadas pela TV equatoriana.

Uma pesquisa Cedatos-Gallup, divulgada pelo canal Ecuavisa, dá a Correa 56% dos votos, contra 43% para Noboa. Outra sondagem, do instituto Market, diz que Correa venceu com 56,8% dos votos, contra 43,2% para Noboa.

Finalmente, os canais de TV Teleamazonas e Telesistemas anunciaram a vitória de Correa por 57% dos votos, contra 43% para Noboa.

[ukrainian]

 

Isso sem falar na Nicarágua, confrade.



 

Só faltou mesmo o México...

[Rodion]

é, é...

[Buckaroo Banzai]

O mr. Bison é muito mais forte que ele, que o Chavez, e até que o Stalin, sou muito mais o mr. Bison!

[Eriol]

pouco a pouco as coisas acontecem!

triste o do Peru e a fraude no México... fico preocupado é com o Brasil em 2010...

[Pregador]

pouco a pouco as coisas acontecem!

triste o do Peru e a fraude no México... fico preocupado é com o Brasil em 2010...

Eu também...provavelmente vão eleger alguém como o "companheiro" Stedile...

[Eriol]

oxalá

[HSette]

oxalá

 

[Eriol]

isso foi pelo fato de eu querer um sem-terra comunista doido como presidente, por ter usado uma expressão que significa "queira deus", ou porque foi uma resposta que vai completamente contra o que o Amon quis dizer?

[HSette]

isso foi pelo fato de eu querer um sem-terra comunista doido como presidente, por ter usado uma expressão que significa "queira deus", ou porque foi uma resposta que vai completamente contra o que o Amon quis dizer?

Minha risada?

Pelo "oxalá" mesmo, pelo "queira deus".

Se depender do Todo-Poderoso, o Stedile pode por as barbas de molho. 

[HSette]

E tem mais:

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, continua como o grande favorito à reeleição, faltando menos de uma semana para a votação, no dia 3 de dezembro, quando enfrentará o social democrata Manuel Rosales, representante de uma oposição unida contra o adversário declarado de Washington na América Latina.

[Kao]

Pobre America Latina, vai continuar sendo uma América Latrina, vai continuar levando poeira da Ásia, vai continuar exportando pobres para os EUA, vai continuar sendo uma lugar miserável.

[Dbohr]

Ué, então vai. Especialmente considerando que toda vez que sobe alguém que não é de esquerda continua tudo na mesma. Então não faz diferença, mesmo. 

[Dr. Manhattan]

O que eu acho curioso é como a América Latina costuma se mover politicamente em bloco. Digo, houve a época do
populismo no estilo Perón e Getúlio Vargas, depois veio a onda de ditaduras de direita, depois veio a onda
liberal (nada de "neo" nisso, liberal é liberal) agora vem uma onda de neo-populismo travestido de esquerda. O
que me preocupa nessa onda atual é a tendência autoritária dos caudilhos, como o Chávez.

[Rhyan]

Onde liberal? Quando?

[Dr. Manhattan]

Uai, privatizações + (certa) abertura de mercado. Durante os anos 90, na Argentina, no Brasil, no Chile. Não sei se
houve em outros países da AL.

[Pregador]

Mas acho este bloco de esquerda meio frágil, a Venezuela tem alguma relevância no contexto mundial sim, mas a Bolívia, Cuba, o Equador e a Nicarágua são países bem irrelavantes, são as típicas "republiquetas de banana". O Brasil não me parece se enquadrar no estilo Chavez, nem vai aderir a este bloco, não com Lula pelo menos. O governo Lula é similar ao de FHC só que tem uma roupagem de esquerda, nada tão diferente assim.

Mas o bloco mais liberal também cresceu, mais que da esquerda: Peru, Colombia, Chile e México. Me parecem bem mais relevantes que o grupo da Venezuela % Cia ltda.

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai tem estilos de governo meio parecidos, e não são extremistas ou taão radicais quanto o de Chavez, é o típico centrão.

Suriname e Guiana, sinceramente, não sei nem o que fazem nesses países.

[Rhyan]

Uai, privatizações + (certa) abertura de mercado. Durante os anos 90, na Argentina, no Brasil, no Chile. Não sei se
houve em outros países da AL.

As privatizações foram poucas, ainda restam muitas estatais. A abertura do mercado também não foi tão grande coisa, há muito protencionismo e burocracia. O imposto sempre foi enorme.
Resumindo, o Brasil nunca teve de fato um governo liberal. Agora sobre a Argentina, não sei, e tenho minhas dúvidas. O Chile sim, e por isso goza de boa situação econômica, não é a toa que é o 1º país da AL em vários aspéctos.

[Dr. Manhattan]

Uai, privatizações + (certa) abertura de mercado. Durante os anos 90, na Argentina, no Brasil, no Chile. Não sei se
houve em outros países da AL.

As privatizações foram poucas, ainda restam muitas estatais. A abertura do mercado também não foi tão grande coisa, há muito protencionismo e burocracia. O imposto sempre foi enorme.
Resumindo, o Brasil nunca teve de fato um governo liberal. Agora sobre a Argentina, não sei, e tenho minhas dúvidas. O Chile sim, e por isso goza de boa situação econômica, não é a toa que é o 1º país da AL em vários aspéctos.

Concordo. Mas o que eu quis dizer foi que a AL parece seguir certas modas na política e
na economia: ora é uma tendência a governos autoritários, ora é um movimento na direção
da liberalização da economia.

Amon: pois é, a impressão que se tem é que está havendo na AL uma polarização entre parte
da população que quer soluções rápidas para os problemas sociais baseadas num estado forte
e assistencialista, e outra parte que acredita que essas respostas podem vir do crescimento
econômico. O problema na AL é que o povo parece ter uma tendência a esperar que os problemas sejam sempre resolvidos por um "Salvador da Pátria". Daí os governos autoritários. O Brasil parece
estar no meio-termo. 

[Rodion]

Ué, então vai. Especialmente considerando que toda vez que sobe alguém que não é de esquerda continua tudo na mesma. Então não faz diferença, mesmo. 

não ser de esquerda não significa ser um bom governante. e nem um esquerdista é necessariamente um mal governante. tem o tabare vasquez no uruguai, a bachelet no chile, e, embora não conheça a situação destes países muito a fundo, parecem estar fazendo um bom trabalho. já kirschner, chávez, morales.. aí não é questão de ser esquerdista, direitista ou de cima, mas de ser perfeito idiota mesmo.

edit: peguem o jogo tropico. rapaz, tenho me divertido demais com aquilo hehe. é caribe, mas não muda muito pro resto da américa latina.

[Dbohr]

De acordo!

Quisera eu que aqui no Brasil estivéssemos divididos entre um partido que prega o Estado forte e assistencialista e outro que prega o Estado liberal voltado para as leis de mercado. Pelo menos seriam opções distintas. O modelo que temos é praticamente o mesmo a doze anos.

[Worf]

Uai, privatizações + (certa) abertura de mercado. Durante os anos 90, na Argentina, no Brasil, no Chile. Não sei se
houve em outros países da AL.

As privatizações foram poucas, ainda restam muitas estatais. A abertura do mercado também não foi tão grande coisa, há muito protencionismo e burocracia. O imposto sempre foi enorme.
Resumindo, o Brasil nunca teve de fato um governo liberal.

Exatamente.

De acordo!

Quisera eu que aqui no Brasil estivéssemos divididos entre um partido que prega o Estado forte e assistencialista e outro que prega o Estado liberal voltado para as leis de mercado. Pelo menos seriam opções distintas. O modelo que temos é praticamente o mesmo a doze anos.

O que me deixa mais irritado é o fato de não haver nem discussão a respeito de posicionamentos políticos. É só uma discussão sobre "que tipo de assistência o meu partido pode dar para o povo que votar em mim?".

E eu diria mais: nós temos uma cultura populista e intervencionista há séculos. O hiato do governo militar, em que não havia eleições, era igualmente intervencionista. Não são só doze anos.  :'(  Faz-me pensar que o reflorescimento do populismo é só uma reação aos governos autoritários,  não tendo realmente uma proposta política organizada, mas apenas uma invocação ao sentimentalismo, com sabor vermelho.

Por um lado (minha opinião), é bom, pois não viraremos uma República Socialista, apenas socializante e estagnada. Por outro, continuará estagnada.

[Zaratustra]

De acordo!

Quisera eu que aqui no Brasil estivéssemos divididos entre um partido que prega o Estado forte e assistencialista e outro que prega o Estado liberal voltado para as leis de mercado. Pelo menos seriam opções distintas. O modelo que temos é praticamente o mesmo a doze anos.

Acho que isso se deve mais a cultura brasileira da acomodação. Porque, veja, se tivéssemos um governo estadista, que pregasse a mão forte do Estado sobre tudo, metade do povo estaria metendo o pau, protestando. Ao contrário, em um governo liberal, a outra metade iria as ruas, protestar, já que o Brasil estaria "abrindo suas portas para a invasão do imperialismo burguês dos países desenvolvidos" e blá blá blá, como já ouvi muito falarem por aí.

Enquanto não houver um engajamento na discussão do melhor sistema governamental, enquanto não houver uma posição crítica em relação às causas da ausência de crescimento significativo, enquanto ficar nesse marasmo de "estou ganhando meu dinheiro, estou de boa", acho que não vai mudar muita coisa. Atualmente, os únicos que se preocupam em crescer, em adquirir novas tecnologias, em se desenvolver, são aqueles que já tem certo domínio dentro do mercado...