Na minha opinião, cada um tem direitos sobre o próprio corpo.
Mesmo morto, a doação deve ser da vontade do doador. Ou, minimamente, da família, que o conhecia bem.
De preferência, que deixe algo escrito.
Eu doaria meus órgãos, mas não acho justo obrigar toda pessoa a doá-los. O corpo é dela, o Estado não tem direito de mutilá-la, mesmo já estando morta e não tendo mais vontades. É ela que deve legislar sobre sua propriedade primeira, que é o próprio corpo, e o desejo dela não se torna inválido só porque morreu.
Não é nem uma questão moral, é uma questão de direitos naturais (se é que se pode falar de algo assim).
