Quando eu era criança, acreditava em Deus, e rezava por razões idiotas. Simplesmente por ter ouvido sobre. Nessa época não me preocupava com o sentido da vida.
Quando comecei a me preocupar, desenvolvi um aspecto cético, de criticar e questionar. Assim, logo Deus desmoronou, tornou-se um conto de fadas, junto com Papai Noel e afins.
Simplesmente, pensando sobre o que é: "O universo é guiado por um poderoso pai protetor que nos ama", já me soou como um legítimo conto de fadas, idêntico a de crianças que acreditam nas histórias de Alice no País das Maravilhas, um mundo mágico, uma fuga da realidade.
O sentido cético ainda fez-me aprofundar e chegar a pergunta de onde a idéia surgiu, como o Deus dos povos antigos serve para explicar o porque dos trovões, das Igrejas que manda para o Inferno os que não pagam dizimo, da sociedade machista é imagem e semelhança do sexo masculino e dos pobres e oprimidos que os protege e um dia seu sofrimento será recompensado. Vi em uma entrevista com George Lucas, onde ele sugere que Darth Vader era popular entre as crianças pois elas não tinham poder, e Darth Vader é o mais poderoso.
Fácil de entender de onde veio. E quando pede-se evidências, é extremamente subjetivo e possui argumentos suicidas do tipo "só irá aparecer para você se tiver fé", além é claro, de que mesmo como todo crente tendo visto-o e certeza da existência, possui explicações de como é invisível e inacessível para a ciência. Aliás, o argumento sobre crer e só assim chegar até você também é utilizado com a fábula do Pai Natal.
O sentido cético não permitiu Deus para mim, me soou totalmente infantil e materialização de povos antigos.
Hoje em dia, é Papai Noel, só que esse quem acredita são adultos.