Cientistas demonstraram que algumas partes do ciclo de Krebs podem funcionar em sentido contrário, produzindo biomoléculas que, junto à luz solar e a um mineral presente nos oceanos primigênios, poderiam ter ajudado no começo da vida.
O
ciclo de Krebs (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Krebs) consiste em uma série de reações químicas cuja importância é capital para as células; é parte da rota metabólica que transforma os carboidratos e proteínas em dióxido de carbono e água, elementos necessários para a geração de energia.
Scot T. Martin y Xiang V. Zhang explicam que uma versão “invertida” do ciclo, que fabrica enzimas e outras biomoléculas a partir do dióxido de carbono, tem recebido ultimamente bastante atenção por parte dos cientistas que estudam a origem da vida. Se o ciclo “contrário” houvesse entrado em ação em uma Terra carente de vida, poderia haver produzido os elementos bioquímicos fundamentais necessários para o desenvolvimento de sistemas biológicos avançados como o RNA, que poderiam reproduzir-se a si mesmos.
Em um informe cuja publicação estava prevista para 13 de dezembro no semanário Journal of the American Chemical Society, Martin y Zhang demonstram que três das cinco reações químicas que têm lugar no ciclo de Krebs “invertido” funcionam e produzem biomoléculas sobre a superfície de um mineral que, se crê, estava presente nas águas da Terra primigênia. O mineral – a esfalerita (um composto de zinco e enxofre) - teria atuado como um fotocatalizador que empregava a luz solar para fomentar as reações químicas.

Esfarelita ou blenda de zinco, ZnS, o mais importante minério de zinco
Fonte:: American Chemical Society:
http://acswebcontent.acs.org/home.htmlNew insights into the origin of life on Earth:
http://www.physorg.com/news85048433.html