Autor Tópico: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo  (Lida 1494 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Online: 21 de Dezembro de 2006, 01:04:01 »
tópico piloto para o projeto de revisão de artigos da wikipedia visando zelar por perspectivas neutras em artigos potencialmente pseudocientificamente enviesados

Para usufruir da completa funcionalidade (links para alguns termos específicos mencionados, negritos e itálicos não reproduzidos aqui) do artigo, leia o artigo na própria wikipédia

Importante: Se isso der certo, ou seja se as pessoas se derem ao trabalho de ler e discutir o artigo aqui, é importante que se chegue em alguns acordos por aqui antes de ir editando por lá para não criar guerras de edição acidentais, e também para minimizar a quantidade de edições necessárias.

Importante 2: talvez o texto reproduzido aqui já não seja mais o mesmo de lá, conforme vão editando, então atenção para não apagar eventualmente algo que já tenha sido corrigido.



Espiritismo

O termo espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento espiritualista em geral. Contudo, a utilização de raízes oriundas da língua viva para compor a palavra (Spirit: Espírito + Isme: Doutrina), que, por um lado, foi um expediente a que recorreu Kardec para facilitar a difusão do novo conjunto de idéias, por outro fez com que o termo fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com o além-túmulo. Assim, por espiritismo, muitos entendem hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência do espírito à morte do corpo, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar ordinariamente com ele.

No entanto, muitos seguidores do Espiritismo, segundo codificado por Allan Kardec, apontam muitas vezes que este uso mais genérico do termo espiritismo é um equívoco.

O presente artigo visa a tratar do Espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto o artigo Doutrina Espírita está voltado para descrever o Espiritismo conforme foi codificado por Kardec. Essa divisão entre Espiritismo (geral) e Doutrina Espírita é meramente didática, não implicando em apologia a nenhum dos dois usos.

    Sobre a codificação da Doutrina Espírita, veja os artigos Doutrina Espírita e Allan Kardec.

O espiritismo, de um modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:

    * o homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo;
    * a alma é o espírito enquanto se encontra ligado ao corpo;
    * o espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
    * a reencarnação é o processo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
    * os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos") podem se comunicar entre si através da mediunidade;
    * Pluralidade dos Mundos Habitados, a Terra não é o único planeta com vida inteligente.
    * Lei de Causa-Efeito, ligada à reencarnação, esta lei define que recebemos na medida do que demos (bom e mau) em existências passadas ou nesta existência.


História

Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e na Europa. Estas manifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente. O cientista, cético até então, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde adotou o pseudônimo de Allan Kardec, pesquisou por vários anos a respeito de manifestações espirituais. Chegou a afirmar: "Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dipõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, dêem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé". Posteriormente foi investigar os casos das mesas girantes e se viu convencido a crêr nos fatos (sem a necessidade de provar-se que uma mesa tinha cérebro e nervos). Utilizando uma série de relatos de espíritos que foram psicografados por médiuns da época, publicou o Livro dos Espíritos.

Referências à Alma na História da Sociedade

As principais religiões institucionalizadas reservaram sempre um lugar importante às almas dos seus entes queridos falecidos - o Culto dos Antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes cultos utilizando diversos rituais.

Na Grécia Antiga, acreditava-se que os espíritos dos mortos habitavam o Hades (o mundo dos mortos), e que era possível entrar em contacto com eles. Na Odisséia de Homero, o herói chega ao Hades e realiza um ritual segundo indicações da feiticeira Circe. Deste modo, Ulisses logra falar com o espírito de sua mãe e dos seus companheiros que haviam soçobrado em Tróia.

Na Idade Média, acreditava-se que os espíritos regressavam ao Mundo dos Vivos em certas ocasiões. Criaram-se superstições e usaram amuletos para obter protecção. Nesta altura, multiplicaram-se os relatos de aparições de espíritos (vulgarmente chamados de fantasmas) e de assombrações de edifícios e locais, de casos de possessão espírita e da necesssidade de exorcismos. Em Hamlet, o dramaturgo inglês William Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista, seu filho. Este tipo de aparição estava registada em muitos relatos anteriores à época de Shakespeare, embora não se conste que houvesse uma prática mediúnica para facilitar a comunicação com os "mortos".

Os xamãs dos povos "primitivos" da Ásia e Oceania, também afirmam ter esse dom. Na população nativa americana, só o xamã (feiticeiro) tinha o poder de comunicar com os deuses e espíritos, fazendo a mediação - médium - entre eles e os comuns mortais. A principal função do xamã era a de assegurar a ajuda do Mundo dos Espíritos, incluindo o Espírito Supremo, para benefício da comunidade. Tal como os xamãs, os curandeiros na América Latina, são capazes de aceder ao Mundo dos Espíritos. A actuação a este nível, envolve não só o uso de orações, mas também a consulta de Guias Espirituais ou Espíritos Superiores.


Diversos usos do termo Espiritismo

Espiritismo Kardecista


Espiritismo kardecista é um termo que nasceu da necessidade de alguns em distinguir o Espiritismo dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes, devido às represálias que sofreram, em especial no período da ditadura militar, passaram a se auto-intitular espíritas num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso. Escolheram o espiritismo devido à proximidade existente entre certos conceitos destas doutrinas. No entanto, os espíritas mais ortodoxos não gostaram de ver o espiritismo associado aos cultos afro-brasileiros, e assim criaram o termo espírita kardecista para distingui-los daqueles que se denominavam espíritas umbandistas. A maior parte dos espíritas entende que o espiritismo, como doutrina, é um só, aquele que foi codificado por Allan Kardec, o que tornaria redundante o uso do termo espiritismo kardecista. O espírita que julga seguir estritamente aqueles ensinamentos codificados por Kardec nas obras básicas, sem a interferência de qualquer outra linha de pensamento que não tenha sido a codificada, ou ao menos prevista pelo mesmo, denomina-se simplesmente espírita, sem o complemento "kardecista". Alega que o Espiritismo, em sua essência, não se ligaria à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo e budismo, e a uma coletividadede espíritos que manifestavam através de diversos médiuns.

Neste sentido, Wladisney Lope publicou o artigo "Porque não sou Espírita Kardecista" na Revista Internacional de Espiritismo[1].

Cultos Afro-Brasileiros

No Brasil, o termo espiritismo é frequentemente utillizado como designação para algumas das religiões afro-brasileiras. Por exemplo: muitos centros de umbanda são denominados Espíritas e seus frequentadores definem-se como espíritas. Há também a Confederação Espírita Umbandista do Brasil e a Federação Espírita Umbandista do Brasil.

Racionalismo Cristão

No início do século XX, em Santos (Brasil) surgiu uma doutrina muito semelhante ao Kardecismo, incialmente denominada "Espiritismo Racional e Científico Cristão", denominada posteriormente Racionalismo Cristão, codificada por Luís de Matos.

Espiritismo Ramatisiano

Alguns centros espíritas seguem a doutrina ditada pelo espírito Ramatis (corporificada sobretudo nas obras psicografadas por Hercílio Maes). Distinguem-se dos centros espíritas tradicionais em função da maior ênfase ao ecumenismo e ao estudo comparado de religiões e filosofias espiritualistas ocidentais e orientais. Nota-se também a influência mais acentuada de correntes de pensamento orientais (tais como o budismo e o hinduísmo) e a proximidade com a cosmogonia do espiritualismo universalista.

Doutrina Espírita e Cristianismo

Os espiritistas (em Portugal) ou espíritas (no Brasil), na sua maioria, afirmam-se cristãos e atribuem à Doutrina Espírita o carácter de uma doutrina cristã. Entretanto, essa associação entre Espiritismo (Doutrina Espírtia) e o Cristianismo é contestada pelas religiões de matriz judaico-cristãs, sob a alegação de que, embora partilhe valores cristãos, por rejeitar determinadas ideias bíblicas e teológicas, isso não a torna "cristã".

Fundamentam em defesa do carácter cristão da Doutrina Espírita no facto de Allan Kardec, em seus diálogos com os Espíritos, ter concluído que a moral cristã, isenta dos dogmas de fé a ela associados, seria o que de mais próximo a um código de ética divino e racional o homem possuí. Em resposta à pergunta 625 de Kardec, os "Mensageiros Superiores" afirmam que Jesus Cristo é o maior exemplo moral de que dispõe a humanidade. (O Livro dos Espíritos, pág. 298). Num estudo sobre a natureza de Cristo, Kardec nega a divindade de Cristo. (Obras Póstumas, 13.ª Edição, pág. 121)

A Prof.ª Dora Incontri, pós-doutoranda pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, defende o carácter cristão da Doutrina Espírita, apontando na proposta estruturada por Allan Kardec um novo modelo de religião, alheio a dogmas, fórmulas, hierarquias sacerdotais e baseado eminentemente no aspecto ético-moral do sujeito. Considera ainda Rousseau e Pestalozzi como os dois grandes precursores da idéia de uma "religiosidade natural", predominantemente moral, e defende que "evidenciou-se com a publicação de O Evangelho segundo o Espiritismo e de O Céu e o Inferno que, embora não o confessasse, ele [Kardec] estava fazendo uma nova leitura do Cristianismo". (Pedagogia Espírita: um projeto brasileiro e suas raízes histórico-filosóficas, São Paulo, Feusp, 2001, pág. 74)

Um estudioso da religiosidade brasileira mais céptico, o Prof. António Flávio Pierucci, do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, procura demonstrar que o Espiritismo (Doutrina Espírita) não é uma religião cristã. Este afirma que os espíritas utilizam o Cristianismo para se legitimarem. Pierucci defende também que o vínculo com a Igreja Católica defendido pelos espíritas serviu, durante décadas, para lutar contra a discriminação e a intolerância. (O Desencantamento do Mundo – Todos os Passos do Conceito, São Paulo, Editora 34, 2003)

O Conceito da Biblia

As religiões de matriz judaico-cristãs entendem que, com a Lei dada a Moisés no Antigo Testamento, Deus interditou à Antiga Israel as comuniçações com o Mundo dos Espíritos e o uso de poderes sobrenaturais por eles concedidos. "... não haverá no meio de ti ninguém que faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, que interrogue os oráculos, pratique adivinhação, magia, encantamentos, enfeitiçamentos, recorra à adivinhação ou consulte os mortos (necromancia)" (Deutornóminos 18:10-14). Afirmam ainda que essa proibição é confirmada no Novo Testamento, através das referências contidas nos Evangelhos e no livro de Actos aos "espíritos impuros". A citação do apóstolo Paulo em Gálatas 5:20, afirma que quem pratica "feitiçaria" (ou bruxaria, o termo grego usado é farmakía) ... não herdará o Reino de Deus". (Na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, o termo é vertido por "espiritismo". Mas esta aplicação da palavra não se refere especificamente à Doutrina Espírita). É comum encontrar referências ao uso do termo Espiritismo para denominar outras doutrinas e cultos que não sejam aquela codificada por Allan Kardec (Ver o item Diversos usos do termo Espiritismo deste artigo para exemplos). Já para a Doutrina Espírita, a Bíblia não condena a prática mediúnica em si, pois esta seria fundamentada em um fenómeno natural, e sim o uso dos recursos mediúnicos para finalidades frívolas.

A necromancia envolvia retirada de restos mortais, dos locais onde estavam enterrados, para invocar-se o espírito e fazer interrogatório. A doutrina espirita não pratica necromancia. Faz uso de comunicação livre, manifesta-se o espirito que tiver necessidade, através de médium que se dispõe a recebê-lo.

O diálogo com as religiões cristãs

A posição oficial da Igreja Católica proíbe terminantemente os seus fiéis assistir a sessões mediúnicas realizadas ou não com auxílio de médiuns espíritas - mesmo que estes pareçam ser honestos ou piedosos - quer interrogando os Espíritos e ouvindo suas respostas, quer assistindo por mera curiosidade. Posições similares têm as demais religiões cristãs.

No entanto, a Igreja não nega a possibilidade física de comunicação com entidades espirituais. Em pesquisas recentes, sob a tutela do Papa João Paulo II, o Padre François Brune, publicou no livro Os Mortos nos Falam, defende a realidade das comunicações com os Espíritos. Além disso, principalmente no Brasil, é possível observar uma maior tolerância por parte de muitos leigos católicos às práticas mediúnicas.

Atualmente muitas comunidades evangélicas procuram manter uma postura respeitosa com relação ao espiritismo, mesmo que discordem de suas práticas, por reconhecer nos trabalhos sociais desenvolvidos pelas casas espíritas uma atividade séria e comprometida. Além disso, algumas denominações empenham-se na realização de cultos ecumênicos, ou, para as que não atribuem ao espiritismo um caráter cristão, no diálogo inter-religioso.

Fenómenos Espíritas e a Ciência

A investigação dos factos e causas do fenómeno mediúnico é objecto de estudo pela Pesquisa Psíquica, ramo da parapsicologia (substituindo a metapsíquica). Seu primeiro interesse é o de verificar a ocorrência dos aludidos factos, mediante o uso de metodologia própria, que inclui a estatística e o chamado teste duplo-cego. Vêm fazendo-se investigação científica também em âmbito universitário.

Para além dos aspectos doutrinais, existe uma diversidade de práticas que vêm suscitando uma crescente curiosidade dos pesquisadores da área - a ectoplasmia, psicoquinesia, levitação, telepatia, clarividência, pré-cognição, via onírica (sonhos), a psicografia, arte mediúnica, medicina e cirurgia mediúnica, radiestesia e rabdomancia.

Kardec, no preâmbulo de O que é o Espiritismo, afirma que o espiritismo "é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal". Dentro dessa perspectiva, Kardec teria fundado o que se chama de Ciência Espírita, tendo como objecto o espírito e adotando uma postura teórico-metodológica própria. Na Revista Espírita, que publicou até sua morte, analisa vários relatos de fenômenos aparentemente mediúnicos ou sobrenaturais oriundos de diversas partes do mundo. Esmerava-se por distinguir os acontecimentos que considerava verossímeis de charlatanismo e da simples imaginação superexcitada pela fé.

Cirurgia espiritual

Actualmente, o termo "cirurgia espiritual" é associado a uma prática onde uma suposta entidade espiritual, com ou sem a incorporação num médium hospedeiro, e sem cortes, executam cirurgias buscando a reabilitação do enfermo. Existe sucesso na cura em grande número de casos gerando algum confronto com os conhecimentos actuais da ciência. O caso do médium João Teixeira de Faria que executa as suas cirurgias na Casa de Dom Inácio de Loyola é para alguns um exemplos actual de "cirurgia espiritual".

Porém, o Conselho Federal de Medicina e a comunidade científica de modo geral, alertam que esse tipo de cirurgia não deve ser feita em substituição da medicina tradicional, principalmente em casos graves. Se alguém convencer um paciente de que esse método é eficaz, no Brasil este pode ser enquadrado na lei por charlatanismo, principalmente se a "cirurgia espiritual" for cobrada ou causar algum dano no paciente por negligência de socorro, podendo ter que pagar multas e receber de 3 meses a 1 ano de prisão.

Apesar do espiritismo não negar a sua eficácia, a prática de cirurgias espirituais por intermédio de médiuns não faz parte da doutrina espírita.

Ver também

    * Allan Kardec
    * Doutrina Espírita
    * Paradigma espírita
    * Literatura Espírita
    * Racionalismo Cristão

Notas e referências

   1. ↑ Íntegra do artigo "Porque não sou Espírita Kardecista"

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #1 Online: 21 de Dezembro de 2006, 01:14:09 »
Coisas que notei até agora:

1) acredito que seria interessante explicitar no próprio artigo que Allan Kardec era um pseudônimo

2)Acredito que os pontos citados aqui:

Citar
O presente artigo visa a tratar do Espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto o artigo Doutrina Espírita está voltado para descrever o Espiritismo conforme foi codificado por Kardec. Essa divisão entre Espiritismo (geral) e Doutrina Espírita é meramente didática, não implicando em apologia a nenhum dos dois usos.

 O espiritismo, de um modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:

    * o homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo;
    * a alma é o espírito enquanto se encontra ligado ao corpo;
    * o espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
    * a reencarnação é o processo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
    * os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos") podem se comunicar entre si através da mediunidade;
    * Pluralidade dos Mundos Habitados, a Terra não é o único planeta com vida inteligente.
    * Lei de Causa-Efeito, ligada à reencarnação, esta lei define que recebemos na medida do que demos (bom e mau) em existências passadas ou nesta existência.

Não são essenciais para a acepção não-kardecista de espiritismo que pretende descrever.

Offline Stéfano

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #2 Online: 21 de Dezembro de 2006, 08:13:28 »
Já mudei alguns detalhes na parte de "cirurgia".
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

Offline Fred

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #3 Online: 21 de Dezembro de 2006, 10:50:18 »
Excelente proposta ! A Wikipedia é uma ferramenta poderosa nos dias de hoje, mas infelizmente sem total controle quanto à qualidade das informações e suas fontes. O resultado disto é a eventual divulgação de inverdades que podem confundir ao invés de informar.
Com certeza este fórum tem pessoas altamente qualificadas para dar sua contribuição e exercer uma fiscalização neutra sobre alguns artigos pseudo-científicos.
Dentro das minhas limitações acadêmicas, farei o que for possível para colaborar com esta proposta.
Parabéns pela iniciativa ! :ok:
“Não tenho medo das perguntas difíceis: tenho pavor das respostas fáceis.” A. Malcot

Offline FxF

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #4 Online: 21 de Dezembro de 2006, 13:16:01 »
Adicionei a seção críticas.

Offline Stéfano

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #5 Online: 21 de Dezembro de 2006, 13:23:51 »
Adicionei a seção críticas.
Achei melhor fundir à seção sobre ciência.
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #6 Online: 21 de Dezembro de 2006, 13:57:17 »
Então.... um pitaco...... em vez de irem adicionando uma seção toda.... não seria interessante talvez colocar aqui primeiro, aí podemos dar sugestões antes e colocar no ar só quando tivermos algo mais "definitivo".

Outro lembrete: as coisas não devem também passar uma perspectiva estriatamente cética: para coisas nesse sentido temos a céticlopédia do fCC em algum lugar por aí. Como o artigo da WP é GNUFDL, pode ser chupado inteiro, depois tiramos o que não acharmos relevante e acrescentamos críticas mais substanciais do que aquelas que podem ser colocadas na WP.

(ainda não vi a seção adicionada, é só uma recomendação geral, nada baseado em algo que tenha sido acrescentado)


 :ok: legal que estejam participando!

Outro projeto paralelo que tenho ainda não em andamento é o acréscimo de referências, que apesar de paralelo tem um tanto a ver com esse.... se todos acréscimos evitando o viés pseudocientífico forem bem referenciados (quanto mais neutras as referências, melhor, assim não conta tanto o site do Randi, ou dicionário cético... o ideal é ir atrás das fontes primárias desses sites, se houver), vai dificultando as pessoas se sentirem livres para colaborarem com qualquer coisa estapafúrdia e insubstanciada nos artigos de modo geral  :hihi:

Offline PedroAC

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #7 Online: 21 de Dezembro de 2006, 14:09:48 »
 Há também o http://desciclo.pedia.ws/wiki . Experimentem ver o artigo "Espiritismo".
« Última modificação: 21 de Dezembro de 2006, 14:20:27 por pedroac »
Pedro Amaral Couto
 http://del.icio.us/pedroac/pedroac
 http://pedroac.deviantart.com
 http://crerparaver.blogspot.com

"Tudo o que podemos fazer é pesquisar a falsidade do conteúdo da nossa melhor teoria" -- Karl Popper
"Se um ser humano discorda de vós, deixem-no viver" -- Carl Sagan
"O problema com este mundo é que os estúpidos estão seguros de si e os inteligentes cheios de dúvidas" -- Bertrand Russell

Offline FxF

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #8 Online: 22 de Dezembro de 2006, 01:15:37 »
A Deciclopédia possui a melhor definição: "É também popularmente conhecido como macumba da classe média."

Offline Dbohr

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #9 Online: 22 de Dezembro de 2006, 11:35:43 »
O que é uma generalização grosseira :-)

Conheço muitos espíritas. Embora um grupo em particular realize esse sincretismo entre espiritismo e religiões afro-brasileiras, a maioria dos outros rejeita a prática. Talvez eu consiga levantar alguns dados sobre isso e depois posto aqui.

Offline Leafar

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #10 Online: 28 de Dezembro de 2006, 19:21:17 »
Acrescente ao texto, na parte de cirurgias espirituais, o que está em negrito:

Apesar do espiritismo não negar a sua eficácia, a prática de cirurgias espirituais por intermédio de médiuns não faz parte da doutrina espírita.

Mas embora não fazendo parte da doutrina espírita, o Espiritismo admite essas práticas em seu meio desde que:

1. nunca se recomende que os tratamentos espirituais sejam feitos em substituição aos tratamentos médicos oficiais;
2. nunca se recomende a inobservância de tratamentos e prescrições de médicos diplomados;
3. não haja promessa de cura ou alívio a quem quer que seja;
4. não haja nenhum tipo de cobrança pelos tratamentos realizados;
5. não violem nenhuma lei regulamentativa da medicina humana, tal como prescrever remédios sem diploma de medicina, ou a realização de procedimentos intrusivos no corpo humano feitas por pessoas não habilitadas e fora das condições mínimas de higiene;
6. se reserve o direito de aceitar ou recusar tratamentos a seu critério.

Os que realizam tratamentos espirituais fora dessas condições, não o fazem em nome do Espiritismo e nem com a sua aprovação.


Obrigado.
« Última modificação: 28 de Dezembro de 2006, 19:26:22 por leafar »
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

visite: http://conviccao-espirita.blogspot.com/2013/08/apresentacao-deste-blog.html

Offline Antônio de Lima

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #11 Online: 28 de Dezembro de 2006, 23:03:26 »
Acrescente ao texto, na parte de cirurgias espirituais, o que está em negrito:

Apesar do espiritismo não negar a sua eficácia, a prática de cirurgias espirituais por intermédio de médiuns não faz parte da doutrina espírita.

Mas embora não fazendo parte da doutrina espírita, o Espiritismo admite essas práticas em seu meio desde que:
(...)
Os que realizam tratamentos espirituais fora dessas condições, não o fazem em nome do Espiritismo e nem com a sua aprovação.


Obrigado.

Leafar, seria interessante e creio que importante que você citasse a fonte de onde retirou seu texto em negrito.  Foi de alguma obra de Kardec ?  De algum estaturo da Federação Espírita Brasileira ?  Ou é uma opinião pessoal sua baseada em seus conhecimentos acerca da Doutrina ?

Grato.
Antônio de Lima

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #12 Online: 29 de Dezembro de 2006, 01:07:12 »
outro ponto talvez importante é que o artigo referido não visa ser específico do kardecismo, mas de um espiritismo mais abrangente, mais relacionado ao uso popular do termo do que daqueles que lêem Kardek, XC, etc

Offline Leafar

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Re: Revisão de artigo da Wikipedia: Espiritismo
« Resposta #13 Online: 29 de Dezembro de 2006, 15:36:14 »
Citação de: Antonio de Lima
Leafar, seria interessante e creio que importante que você citasse a fonte de onde retirou seu texto em negrito.  Foi de alguma obra de Kardec ?  De algum estaturo da Federação Espírita Brasileira ?  Ou é uma opinião pessoal sua baseada em seus conhecimentos acerca da Doutrina ?
Na realidade, Antônio, o que escrevi saiu da minha cabeça.  Mas já tinha lido em folhetos de casas espíritas.

Entretanto esses conceitos estão de acordo com a codificação nos seguintes aspectos: respeito às leis humanas (itens 1 a 5), que é uma diretriz básica da DE; e liberdade de atuação do médium (item 6);

Se o centro não observar os itens 1 a 5, ele estará infringindo as normas da medicina legal, o que implica também contrariar Kardec quando diz que o Espiritismo não deve ser causa de perturbação das relações e das leis humanas.  Quem cura são os espíritos e, portanto somente eles poderiam prometer alguma coisa.  O médium é só um instrumento e se ele prometer algo, ele estará prometendo coisas que não tem certeza de poder cumprir e incorrendo em crime de falsidade ideológica. Se houver cobrança então nem se fala.

Quando a cirurgia espiritual ocorre sem o contato físico entre o médium e o paciente, não há infração de nenhuma lei, a menos que se queira processar os espíritos.  Mas primeiro seria preciso admitir a sua existência.  Se houver contato, este estará infringindo normas da medicina legal.

Já quanto ao item 6, ocorre o seguinte: o espírito diz ao médium que determinado caso não poderá ser tratado.  Ou o espírito diz: eu vou atender ao fulano do final da fila primeiro.   O médium precisa ter liberdade de recusar o atendimento a alguém ou antecipar quem ele julgar necessário.  Prerrogativas, aliás, impossíveis para quem recebe pelo serviço.

De qualquer forma, indico o link abaixo do Portal do Espírito que trata também do assunto.  Transcrevo somente a parte que trata das cirurgias espirituais:

"As cirurgias espirituais são realmente feitas por Espíritos? Nesse caso, como pode um Espírito elevado ser antiético, exercendo ilegalmente a medicina?

Sim, as cirurgias espirituais são feitas por Espíritos de médicos que atuam no corpo perispiritual, utilizando de técnicas ligadas à ciência médica, usando fluidos humanos e espirituais, nada fazendo nesse campo que fira as leis humanas. Um Espírito elevado jamais transgride qualquer lei. As curas realizadas em nome do Espiritismo praticado com seriedade, são feitas utilizando apenas a fluidoterapia. As cirurgias mediúnicas feitas com instrumentos cortantes, podem ser feitas por Espíritos superiores, mas não são consideradas trabalhos espíritas. Em alguns casos de cirurgias de corte, como os de José Pedro de Freitas (Arigó) e Edson Queiroz, existia uma missão a ser cumprida e visava chamar a atenção da comunidade científica para a realidade da vida espiritual. E parece que conseguiu, porém sem maiores conseqüências pelo próprio atraso do homem para a compreensão das coisas do Espírito. Pelo lado prático, no entanto, as cirurgias mediúnicas com instrumentos cortantes não devem ser praticadas em centros espíritas orientados pela doutrina de Allan Kardec, justamente por ferir a legislação vigente e não tratar-se de uma prática que possa ser exercitada por qualquer pessoa. As curas no Espiritismo são feitas exclusivamente com a imposição de mãos."


http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html

Buckaroo Banzai,

Na verdade, não existe outro tipo de Espiritismo diferente do codificado por Allan Kardec.  Já foi para evitar esse tipo de problemas com nomes que ele criou as palavras "Espiritismo", "Doutrina Espírita", "Espírita", etc...  As outras doutrinas têm outros nomes, embora tenham pontos de contato com o Espiritismo.  A Umbanda é a Umbanda, o Candomblé é o Candomblé, a LBV é a LBV, e assim por diante.  Seus criadores já inventaram novos nomes para os diferenciar do Espiritismo, não para confundi-los.

Às vezes uso o termo "kardecista" numa conversação comum com pessoas que não conhecem a doutrina para evitar a confusão.  Mas deixo sempre claro que é errado.

Se você quiser usar o termo, fique à vontade.

Um abraço a todos.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

visite: http://conviccao-espirita.blogspot.com/2013/08/apresentacao-deste-blog.html

 

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