Autor Tópico: Teste de resistência…  (Lida 1740 vezes)

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Offline Mental

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Teste de resistência…
« Online: 23 de Dezembro de 2006, 11:40:14 »
Certa vez lancei um desafio para os teístas no site "Terra Redonda", onde eu acreditaria no mundo espiritual se alguem postasse no tópico qual desenho eu tinha feito em um papel ao lado da tela do computador.
O desenho era: ";.;.;.;.;"
Teve alguns que se aventuraram, mas obviamente ninguem acertou.

Como agnóstico, talvez eu me mostrasse menos resistente caso uma prova dessas fosse resolvida.
Mas, e quanto aos ateus?
O que considerariam como "evidencia mínima" para aceitarem a hipótese da existência de um "mundo espiritual", quebrando então as resistências do ceticismo?
Uma aparição coletiva?
Uma cura instantânea de uma enfermidade grave?

« Última modificação: 23 de Dezembro de 2006, 11:42:21 por Mental »
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Offline Dbohr

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #1 Online: 23 de Dezembro de 2006, 11:58:40 »
Depende do que você define como "mundo espiritual". Se alguém acertasse o teste do ;.;.;.;.; e não houvesse trapaça envolvida, eu poderia acreditar - depois de mais testes, claro - que haveria evidências de percepção à distância. Daí outras baterias de testes poderiam determinar como a habilidade se desenvolveu. Nada disso implica a existência do sobrenatural, já que pode ser uma característica até então desconhecida e perfeitamente natural.

Offline FxF

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #2 Online: 23 de Dezembro de 2006, 13:00:07 »
Mundo espiritual se baseia na existência de que após sua morte uma parte imortal de seu corpo é enviada para outra parte do universo ou dimensão.
A primeira coisa que precisamos perceber é: Isso se baseia no medo da morte das pessoas, não em evidências.

Espiritismo e mundo espiritual é completamente baseado em sugestividade e pseudo-provas.

Aliás, porque todo fantasma usa roupa? E porque hoje em dia sempre camisola branca?
Obviamente, é porque não estamos acostumados com pessoas sem roupa e tivemos influência da ficção científica (o mesmo ocorre com histórias de aliens e abdução, sempre se parece por influência da ficção). É fácil perceber como é coisa da nossa cabeça.

Offline Fernando Silva

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #3 Online: 23 de Dezembro de 2006, 13:37:39 »
O que é espírito? Como detectar um espírito? Se ele é imaterial, como pode ser detectado por sensores materiais como os olhos?
Se é imaterial, que esperiências científicas poderiam ser feitas para provar que é um espírito (depois de se definir o que é um espírito)?
Até prova em contrário ou novos avanços da ciência, se é detectável, ou é matéria ou é energia.

Offline Mental

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #4 Online: 23 de Dezembro de 2006, 20:14:07 »
Depende do que você define como "mundo espiritual". Se alguém acertasse o teste do ;.;.;.;.; e não houvesse trapaça envolvida, eu poderia acreditar - depois de mais testes, claro - que haveria evidências de percepção à distância. Daí outras baterias de testes poderiam determinar como a habilidade se desenvolveu. Nada disso implica a existência do sobrenatural, já que pode ser uma característica até então desconhecida e perfeitamente natural.

Quando lancei o desafio, estava a debater com um "médium espírita".
Como todos os espíritas esse médium estava a me dizer que os espíritos estão por toda a parte na terra, comunicando-se uns com os outros sobre os acontecimentos que ocorrem nesse planeta.
Foi aí que eu lancei o desafio, pedindo que ele se comunicasse com o "mundo espiritual" e através de um espírito (comunicando-se com vários espíritos) conseguisse me encontrar e descobrir qual era o desenho ao lado do computador.
Eu não havia dado meu endereço e por isso acredito que poderia descartar as evidências de percepção a longa distância.
O tal médium chegou até a "chutar" qual era meu desenho, mas daí eu já percebi que era coisa só da cabeça dele, ou era um charlatão que estava no fórum somente para zoar com o pessoal.










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Offline Mental

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #5 Online: 23 de Dezembro de 2006, 20:23:07 »
O que é espírito? Como detectar um espírito? Se ele é imaterial, como pode ser detectado por sensores materiais como os olhos?
Se é imaterial, que esperiências científicas poderiam ser feitas para provar que é um espírito (depois de se definir o que é um espírito)?
Até prova em contrário ou novos avanços da ciência, se é detectável, ou é matéria ou é energia.

Esse é o problema.
Acho que para acreditar no mundo espiritual como "real", somente se for possível fazer um paralelo por meio de eventos entre este mundo e o mundo material.
Uma boa alternativa seria passarmos por uma experiência de quase morte, mas que depois de "retornarmos ao nosso corpo" pudessemos fazer algum tipo de comparação para ter alguma base concreta.
Seria como por exemplo, em uma dessas experiências, chegarmos a conversar com um espírito que nos revelasse onde estaria enterrado algo que, depois de voltarmos, fazermos a devida verificação para comprovar.
Coisas desse tipo.
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Offline uiliníli

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #6 Online: 25 de Dezembro de 2006, 15:35:46 »
O que bastaria para eu acreditar no mundo espiritual? Que tal eu morrer e descobrir "Ei, não é que essa história de vida após a morte era verdade mesmo!!" Afinal, se minha alma é imortal, então para quê a pressa em descobrir isso? Para quê apressar as coisas? Minha vida não vai mudar em nada em se eu descobrir que eu estou errado com relação à inexistência da alma - quer dizer, talvez ela até piore, pois aí eu  teria que acordar cedo todo Domingo de manhã para ir me entediar em algum centro espírita. Por outro lado, se não existe vida após a morte basta eu ir levando a minha vida normalmente pensando em ser feliz aqui mesmo na Terra que o que vier depois, se existir um depois, é lucro.

Offline N3RD

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #7 Online: 25 de Dezembro de 2006, 17:37:34 »
Mais ai pode ser tarde demais Willy Nilly você vai estar ardendo no mármore do inferno euahueahu
Não deseje.

Offline Diegojaf

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #8 Online: 25 de Dezembro de 2006, 18:58:18 »
Penso que o mundo dos teístas é bem mais divertido do que o nosso...  :(
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline uiliníli

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #9 Online: 25 de Dezembro de 2006, 21:20:47 »
Penso que o mundo dos teístas é bem mais divertido do que o nosso…  :(

Eu não. Pelo que eu me lembro de quando eu era teísta, antes dos 13 anos, eu não via nada de divertido com a religião, pelo contrário, para mim era algo pesado que me fazia pensar no quanto eu era uma pessoa ruim e o quanto eu tinha que "evoluir espiritualmente". Nem uma punheta eu podia bater direito que ficava pensando no quanto Deus devia ficar chateado com isso. Aliás, o simples fato de eu acreditar que Deus e os espíritos espalhados por aí estavam me assistindo já me deixavam bastante neurótico. Toda noite antes de dormir eu rezava, conversava com Deus e pensava no quanto eu era um espírito imperfeito. Depois todo Domingo eu tinha que acordar cedo para martelarem mais neuras na minha cabeça e me dizerem o quanto eu era humano, imperfeito e errado e o quanto Deus sabia disso.

Claro que o meu problema é que eu levava a religião a sério. Muita gente vai na igreja semanalmente para cumprir suas obrigações para com Deus e depois, durante o resto da semana, eles esquecem que ele "existe" e vivem uma vida perfeitamente normal. Mas a vida de um teísta que realmente leva suas crenças religiosas consigo para toda hora e a todo lugar não é nada divertida, pelo contrário, é triste, muito triste. E olha que eu seguia o kardecismo, uma religião mais "light". Felizmente me livrei desse vírus a tempo, ou hoje em dia eu seria um fanático.

Offline N3RD

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #10 Online: 26 de Dezembro de 2006, 00:09:44 »
Penso que o mundo dos teístas é bem mais divertido do que o nosso…  :(

Eu não. Pelo que eu me lembro de quando eu era teísta, antes dos 13 anos, eu não via nada de divertido com a religião, pelo contrário, para mim era algo pesado que me fazia pensar no quanto eu era uma pessoa ruim e o quanto eu tinha que "evoluir espiritualmente". Nem uma punheta eu podia bater direito que ficava pensando no quanto Deus devia ficar chateado com isso. Aliás, o simples fato de eu acreditar que Deus e os espíritos espalhados por aí estavam me assistindo já me deixavam bastante neurótico. Toda noite antes de dormir eu rezava, conversava com Deus e pensava no quanto eu era um espírito imperfeito. Depois todo Domingo eu tinha que acordar cedo para martelarem mais neuras na minha cabeça e me dizerem o quanto eu era humano, imperfeito e errado e o quanto Deus sabia disso.

Claro que o meu problema é que eu levava a religião a sério. Muita gente vai na igreja semanalmente para cumprir suas obrigações para com Deus e depois, durante o resto da semana, eles esquecem que ele "existe" e vivem uma vida perfeitamente normal. Mas a vida de um teísta que realmente leva suas crenças religiosas consigo para toda hora e a todo lugar não é nada divertida, pelo contrário, é triste, muito triste. E olha que eu seguia o kardecismo, uma religião mais "light". Felizmente me livrei desse vírus a tempo, ou hoje em dia eu seria um fanático.

O que te motivou a sair foi a punheta né safado heuaheuahea
Não deseje.

Offline uiliníli

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #11 Online: 26 de Dezembro de 2006, 01:52:15 »
Salvo pela punheta :P

Offline Geisa

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #12 Online: 29 de Dezembro de 2006, 18:36:16 »
Salvo pela punheta :P

hahahahhaa Bendida seja!  :histeria:
"Não há no mundo amor e bondade bastantes, para que ainda possamos dá-los a seres imaginários." Friedrich Nietzsche

Offline Fernando Silva

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Re: Teste de resistência…
« Resposta #13 Online: 30 de Dezembro de 2006, 16:34:31 »
Salvo pela punheta :P
hahahahhaa Bendida seja!  :histeria:
Uns 10 anos antes de me desconverter, parei de me confessar e comungar. Para uma confissão ser válida, é preciso que o penitente esteja sinceramente arrependido e sinceramente decidido a não mais pecar. Ora, eu achava que tinha feito uma coisa horrível, mas, ao mesmo tempo, não me sentia tão arrependido assim e sabia que iria fazer de novo.

Minha razão me dizia que minhas confissões eram hipócritas, portanto parei de me confessar. Como não me confessava, também não podia comungar. Talvez este tenha sido o primeiro passo em direção à desconversão, embora na época eu não tenha me dado conta disto.

 

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