Acho que se o mundo acabar vai ser aos pouquinhos. Vai morrer de sede. Em 1995 éramos 5,7 bilhões e 2,5 bilões de pessoas não tinham acesso a água limpa em quantidades suficientes. Em 2025 seremos 8 bilhões e 4 bilhões não terão esse privilégio. Mas o pior é que não estamos falando só de água de beber, estamos falando também da água para plantar, e sem água para a agricultura, a sede virá acompanhada pela fome. Enquanto isso a população mundial aumenta; o planeta esquenta; o solo se esgota, vira deserto... E imaginem o que vai acontecer enquanto isso: guerras por recursos naturais, o colapso econômico de muitas nações, refugiados do clima...
Eu acho que não seria exagero acreditar que estejamos vivendo o apogeu da civilização. Talvez a nossa geração seja aquela privilegiada que verá as maiores descobertas científicas e os maiores avanços tecnológicos. Talvez nada substitua a Internet, não inventemos nada melhor do que o computador e nunca confundamos um andróide com uma pessoa ou colonizemos outros planetas. A próxima geração será talvez a que vai presenciar a queda, a que vai testemunhar o começo de nosso regresso ladeira abaixo a uma nova Idade Média que pode durar séculos, milênios ou até mesmo ser perpétua.