Tópico: Padre é detido por dirigir embriagado e por desacato

[O Grande Capanga]

26 de dezembro de 2006 - 17:23

Padre é detido por dirigir embriagado e por desacato

Segundo os PMs, ao ser parado para a revista, Aparecido Bianchi aproveitou o som alto do carro para rebolar e fazer gestos obscenos ao som de É o Tchan

Chico Siqueira

ARAÇATUBA - Considerado o mais querido e popular de São José do Rio Preto, a 440 quilômetros de São Paulo, onde dirige a Catedral de São José (a igreja matriz da cidade), o padre Aparecido Donizete Bianchi foi detido na madrugada desta terça-feira, 26, e levado algemado ao Plantão Policial, sob acusação de desacatar três policiais militares e de dirigir embriagado.

Bianchi foi parado numa blitz por volta da 1h30, quando dirigia seu Kadet pela Rua General Glicério, no Calçadão. Os PMS suspeitavam de embriagues do motorista. Segundo eles, ao ser parado para a revista, Bianchi os desacatou e ainda aproveitou o som alto do carro para rebolar e fazer gestos obscenos ao som de uma música do conjunto É o Tchan.

Os PMs relataram no boletim de ocorrência que, mesmo depois de ser reconhecido, o padre teria continuado com o "show" ao arremedar as palavras ditas por eles. "O senhor está desrespeitando autoridade" e "É melhor ficar quieto", foram, segundo os PMs, duas frases repetidas pelo padre, em tom de deboche. Bianchi ainda teria acusado os PMs de estarem interessados em receber dinheiro para liberá-lo, disseram os policiais.

"Quando vimos que era o padre, ainda tentamos acalmá-lo, mas parecia que ele estava dominado", disse um dos PMs, que pediu para não ser identificado. "A situação chegou a um ponto que não tivemos outra opção senão levá-lo ao Plantão Policial", acrescentou. No Plantão, o padre passou por exames de dosagem alcoólica e foi liberado depois da chegada de um amigo. O caso está no 1º DP. O delegado Genival Ribeiro Santos diz que o padre relatou que os PMs o ofenderam com palavras de baixo calão e agiram com truculência. "Ele alega que chegou a ser ferido no pulso ao ser algemado", diz Santos.

Segundo o delegado, o padre ainda disse que foram cinco PMs que o insultaram, mas apenas três se apresentaram no Plantão. Santos disse esperar resultado dos laudos de exames de dosagem alcoólica e de corpo de delito para prosseguir com o inquérito, que vai apurar, por enquanto, crime de desacato, mas se ficar comprovado que os PMs exageraram, estes responderão por abuso de autoridade. Quanto ao crime de dirigir embriagado, o delegado diz que só o laudo vai definir se ele existiu.

Fiéis ouvidos pelo Estado custaram a acreditar na história. "Não acredito, há alguma coisa errada nisso", disse a aposentada Maria de Lourdes Gouvêa, moradora no centro. Até mesmo o delegado Santos se disse surpreso ao ver o boletim de ocorrência com o nome do padre. "Ele é muito conhecido e bem conceituado na cidade", diz Santos.

No entanto, nem o padre e nem o bispo de Rio Preto, dom Paulo Mendes Peixoto, foram encontrados nesta terça para falar sobre o assunto. O bispo estaria em Minas Gerais, de férias. Na casa de Bianchi e na Catedral, os telefones ficaram mudos durante todo o dia.

Fonte: http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2006/dez/26/175.htm

[Spitfire]

Eu não duvido que o padreco estava de cara cheia... mas não duvido tambem que os policiais tenham tentado dar uma mordida ($) no padreco. Ambas situações me parecem bem factíveis.

[Alenônimo]

Sei não. Esses policiais me pareceram até bem amigáveis com ele. O reconheceram como padre e diziam não acreditar no que ele tava fazendo.

Além do mais, o padre devia estar cheio da manguaça. Viu 5 policiais onde tinha só 3. Provavelmente disse que os policiais cobraram propina só para tentar uma espécie de "vingança" por ter sido preso.

[Spitfire]

Isto é bem possível tambem... não duvido disto.

[Alenônimo]

Depois de uma desta…

“Quando vimos que era o padre, ainda tentamos acalmá-lo, mas parecia que ele estava dominado [pelo demônio]”, disse um dos PMs, que pediu para não ser identificado.

…creio que os PMs agiram do jeito que eu supus. Foram amigáveis com o cara, por que ele era um padre, e padres são "autoridades espirituais" para as pessoas comuns.

Cobrar propina? De um padre? Um policial capaz de dizer uma coisa dessas, o reconhecendo, nunca iria cobrar propina do padre.

[N3RD]

Só porque é padre ? eu cobraria!

[Alenônimo]

Só porque é padre ? eu cobraria!

Não, porque o policial me pareceu religioso.

Eu já não cobraria. Não teria a cara de pau de cobrar nem de pessoas normais…

[Spitfire]

Um policial corrupto cobraria propina mesmo de um ministro (e quase certo que este pagaria para "abafar" o escândalo )
Sei lá, ficou meio no ar este negócio de "Quando vimos que era o padre, ainda tentamos acalmá-lo, mas parecia que ele estava dominado". Ok... quando viram que era um padre tentaram acalmá-lo... e antes disto, o que teriam feito???? Dominado ou "possuído"??? Fica no ar se estes policiais não são evangélicos (e existe uma rivalidade entre ambas "facções").

Só para deixar uma coisa clara... não estou defendendo o padreco, se mijou fora do pinico  tem mais é que se phoder mesmo, mas tambem vamos convir que nossa polícia não serve para nenhum modelo de honestidade... não confio em nenhuma das versões e poderia dar algum crédito a alguma testemunha que estivesse pelo local.

[Dr. Manhattan]

O que me irritou mais profundamente nessa história foi que ninguem teve a presença de espírito de trazer uma filmadora! Imagino que esse padre ia fazer um tremendo sucesso no Youtube, fazendo a dança da garrafa...

[O Grande Capanga]

O mais estranho é que essa notícia não foi veiculada em nenhum meio de comunicação na minha cidade (onde aconteceu). Nem nas rádios, nem na TV, nem nos jornais...

[O Grande Capanga]

PADRE REQUEBRA, DEBOCHA DE PMs E VAI PRESO ACUSADO DE BEBEDEIRA

São José do Rio Preto – Padre da catedral de são José do rio Preto (440 km de São Paulo), Aparecido Donizete Bianchi , 48 anos, foi detido na madrugada de ontem acusado de estar embriagado ao volante e de ter desacatado policiais militares. Ele nega e diz o contrário, que foi ofendido por um PM. O som alto no Golf preto dirigido pelo padre chamou a atenção de policiais militares que estavam de patrulha pelo calçadão da rua General Glicério, área central da cidade. Os PMs dizem que o padre arremedava, debochado, tudo o que eles falavam, como “mãos à cabeça!”. Com o som do carro ainda alto, “gesticulava e requebrava perante os policiais”, diz o boletim de ocorrência do caso. Ainda segundo o registro, ele deu um tapa no boné de um dos guardas, foi além: “Eu conheço isso aqui. Estão pensando que eu vou dar algum dinheiro para vocês?”, teria dito. Os PMs dizem que Bianchi “exalava hálito de álcool”. Algemaram o padre. Pouco depois das 02:00 horas, estavam todos na delegacia.

RESPOSTA

Lá, Bianchi negou a versão acima, apresentada pelos policiais. Disse que voltava de um “atendimento” prestado a uma idosa quando foi parado pelos guardas. Mostrou os bolsos vazios e disse que não anda com dinheiro, motivo que, segundo ele, rechaça qualquer hipótese de ter sugerido suborno. Negou também as ofensas. Disse que ele, sim, foi “humilhado e maltratado” por um dos PMs. Reclamou que as algemas lhe machucaram os pulsos, e por isso foi submetido a exame de corpo de delito – além do de dosagem alcoólica. A polícia vai apurar o caso. O AGORA ligou para o celular e para a casa do padre, mas não conseguiu achá-lo. Na diocese, ninguém atendeu.

Jornal Agora São Paulo, 27/12/2006 – Danilo Almeida.

[Alegra]

  Dizem as más línguas que a causa de tanta manguaça foi a descoberta feita por ele (padre) de que deus não existia...

[uiliníli]

Não acharam nenhuma criança com ele? É, parece que o padre teve azar naquela noitada...