Um exemplo de como raramente em Termodinâmica é sinônimo de "praticamente nunca": Imagine que você tem uma caixa fechada com dois compartimentos:
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| A | B |
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Imagine que no compartimento A há um mol de gás e no compartimento B, de mesmo volume, há vácuo. Depois de fazer essa observação eu removo a parede que separa os dois compartimentos - naturalmente esperamos que o gás em A vá se expandir e ocupar todo o volume da caixa. Como não podemos determinar a posição e a velocidade de cada partícula indivudual nós as tratamos estatisticamente, por probabilidade. Vou tratar as coisas de forma bem grosseira aqui, mas se uma partícula individual tem, 50% de chances de estar no lado A e 50% de chances de estar no lado B, qual é a probabilidade de todas as partículas em um dado momento depois de o gás já ter se expandido por toda a caixa, por coincidência, se localizarem ao mesmo tempo no lado A de novo? Se temos um mol de partículas, essa probabilidade é de um para dois elevado a um mol. Se dois elevado a dez é aproximadamente igual a mil, então dois elevado a mol é da ordem de grandeza do número 1 seguido por 30 mil bilhões de bilhões de zeros, ou nominalmente, 1 seguido por 30 sextilhões de zeros. Um gugol é um seguido por meros 100 zeros, então imagine o que é a probabilidade de 1 para 1 seguido por 30 sextilhões de zeros? É maior que zero, mas é tão aburdículizarrescamente subpentelhesimal que até Deus deve dizer que é impossível!
Bom, me perdoem se eu cometi alguma calamidade matemática, mas é que eu fiz as contas meio de cabeça, e sem lápis e papel na mão eu não raciocínio direito...