as partes mais perturbadoras do filme não tratam do aborto, do casamento homossexual ou mesmo das críticas lamentáveis feitas à teoria da evolução. O que mais perturba no documentário é a facilidade demonstrada pelos evangélicos, tanto jovens quando velhos, em aceitar qualquer coisa que lhes é dita por figuras de autoridade como sendo parte figurativa ou literal dos Evangelhos. Eles se mostram como autômatos, incapazes ou não dispostos a questionar o que dizem seus líderes.
essa aceitação sem oferecer resistência alguma ao que diz determinada autoridade, seja um professor de segundo grau, seja um líder religioso, é algo que me preocupa muito. tenho pouco problemas com a religião e este é um deles; deplorável foi ver os padres usando de sua autoridade religiosa para convencer o pessoal a se posicionar contra a ALCA, mas isso é só um exemplo.
e chamo atenção, novamente, sinto muito se estou sendo chato, pro tal do pro-vida. a reverência que os alunos mais novos têm pelos mais avançados é enorme e, embora eu não saiba de nenhuma ocorrência ainda de influenciação política por parte dos 'alunos' mais avançados, sabe-se lá o que isso pode se tornar. de novo, não são mais de 200.000 membros, mas o número era somente de uma dúzia na década de 80, o crescimento é exponencial. a postura da instituição é, por ora, de ideologicamente isenta, mas sei lá o que pode se tornar daqui a um tempo.
well… talvez o pro-vida seja só um fantasma no meu banheiro. mas se houver uma mobilização cética, acho que é algo que merece a nossa atenção.