uma des-u-uuh*-ificação disso que poderia concordar parcialmente, tiraria principalmente os exageros ultra-u-uuhs de que se poderia "perceber de tudo o que está acontecendo em qualquer parte do universo" e se lembrar de tudo que já nos ocorreu, em menor grau.
Mas de certa forma, o cérebro tem sim um papel de limitar mesmo a percepção fisicamente possível, aquela vinda dos sentidos existentes de visão, tato, audição, etc. Limitar de forma, digamos, "user-friendly". Não de forma que digamos, existissem "coisas além da nossa percepção", mas apenas de forma que não tivéssemos todos meio como uma forma de distúrbio de déficit de atenção.
A nossa memória não grava tudo também; ela generaliza as coisas em padrões... assim por exemplo, todos os ruidos de quando eu digito no teclado, apesar de estarem sendo escutados, não estão sendo gravados "analógicamente", mas passados para minha consciência e desconsiderados pelo meu cérebro como algo genérico, não sendo direcionado para memórias de longo prazo, porque já tenho um "repertório" desse tipo de som gravado lá.
Memórias mais relevantes ficam gravadas, não sei quanto tempo é a sua duração máxima; sei que de modo geral, quanto mais relembradas, mais vivas elas ficam. Mas não sei se o nosso cérebro também tem alguma forma de ativamente forçar o nosso esquecimento ou concentração em apenas uma memória ou se é apenas o estado de regulação normal para não ficarmos num estado de confusão mental lembrando simultâneamente de um monte de coisas não relacionadas.
* aportuguesamento improvisado de woo-woo.