Imagino que a utilidade ou não de ricos e pobres seja um conceito a posteriori. A priori é a própria existência de ricos e pobres. Claro, podemos colocar que a desigualdade de riqueza não seja um reflexo natural, mas a condição de um dado sistema econômico. Da minha parte acho pobres e ricos inúteis, isso a priori. A posteriori podemos achar uma função para eles ou até mesmo uma justificação para suas vidas, pobres ou ricas.
Vão dizer que sou niilista. Verdade. Não consigo olhar um faisão sem achá-lo ridículo. E confesso minha brasilidade aqui - esse traço comum de muitos brasileiros ilustres e outros nem tanto. Gostaria de ser pragmático como um inglês ou romântico como um alemão. Mas o sangue que ferve, ou amorna, nas minhas veias não nega suas influências.
Seja como for, os ricos não me incomodam muito; tirando uma idissincrasia ou outra são patetas que se acham deuses do Olimpo. Já dos pobres, me incomodam mais. Seu senso estético é inferior e muitas vezes se tornam agressivos e perigosos. Se todos tivessem a mesma renda o mundo seria melhor? Duvido! Os homens ainda são governados por um órgão supremo que os tiraniza e os impedi de usarem uma pequena fração de suas mentes a que pomposamente batizamos razão - o umbigo.