Os grandes aglomerados de partículas não se afastam devido à expansão do Universo. A força gravitacional as mantém unidas. Uma analogia boa é colar grãos de feijão numa bexiga e inflá-la.
Apesar da distância entre os feijões aumentarem com o enchimento do Balão, as partículas que formam o feijão não se afastam, porque estão unidas por uma força muitíssimo maior. Esse cenário de Universo gelado com partículas sem interação é algo impossível de ocorrer. E embora a inflação universal esteja acelerando, nada garante que ela não será retardada com o tempo.
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Quanto à questão do Big-Bang, eu tenho uma idéia pessoal, sem nenhuma prova científica ou muito menos matemática, que poderia dar alguma orientação na discussão. Eu imagino que as partículas mensageiras responsáveis pela força de atração da matéria, que são os grávitons (ainda não identificados em aceleradores de partículas), quando colocados às condições fantásticas de temperatura e pressão próximas daquelas do instante zero (instante negativo, portanto) perderiam sua capacidade de coesão. Vamos imaginar que embora seja uma partícula fugidia, ela possa responder de alguma forma à condições extremas.
Na mesma linha que prótons se quebrariam m quarks up e down, e estes quarks também poderiam perder suas características conhecidas e adotar outras formas de matéria. Imaginar as partículas como cordas poderia ser útil nessa discussão, embora a teoria das cordas seja pra lá de controversa.
Um nível de temperatura e pressão tão espetacular poderia alterar o padrão vibratório das cordas, modificando suas propriedades. POr exemplo, o gráviton deixaria de coligir a matéria devido à sua compressão nas n dimensões retorcidas que eventualmente existem no espaço, e a matéria deixaria de atrair matéria na razão do quadrado da distância das massas, enfraquecendo as ligações que levariam ao colapso da relatividade (singularidade).
Neste cenário, a gravidade "decairia" até um ponto que a repulsão entre partículas poderia suplantar a coesão mínima que os grávitons estariam impondo, possibilitando uma expansão (big-bang).
Com a queda de temperatura e pressão violenta segundos após o big-bang (ou frações de segundo), os filamentos de energia começam a tomar suas formas conhecidas, e os grávitons e demais partículas mensageiras começariam a se "cristalizar" nas formas hoje conhecidas, como um mineral que se cristaliza com o resfriamento do magma.
Em determinado ponto, as cordas (ou filamentos de energia) ficam em estado metaestável. Da mesma forma que um cristal de quartzo necessita de milhares de graus para se formar mas adota uma forma definitiva após o resfriamento, formando prismas que mantém sua forma mesmo nas temperaturas ridículas da atmosfera (menos de 30 graus C geralmente). o gráviton se comportaria como hoje conhecemos, atraindo matéria e formando os campos gravitacionais.
É um pensamento próprio meu, sem base matemática nenhuma. Mas uma teoria tem que surgir de algum lugar né.
