Autor Tópico: As provas da evolução.  (Lida 32415 vezes)

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Raphael

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As provas da evolução.
« Online: 24 de Fevereiro de 2007, 05:58:37 »
Olá a todos.

Bem, o objetivo deste tópico é para que as dúvidas sobre a evolução sejam sanadas, para aqueles que duvidam, ótimo, aqui está um bom centro de estudo, para aqueles que querem aprofundar os seus conhecimentos, aqui também será uma boa leitura. Recebi um e-mail de uma amiga e resolvi postá-lo aqui.

Abraços e boa leitura.

Leia, com muita atenção:

Provas e evidências da evolução:

1. Provas anatômicas:

1.1 Homologia e analogia.

Por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogas podem exercer ou não a mesma função. O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há similaridade funcional. Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica-se que ambas têm a mesma origem embriológica e estão, ainda associadas á mesma função. A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas evolutivas que originaram várias espécies diferentes, fala-se em irradiação adaptativa. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade comum.




A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução da mesma função. As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. São, portanto, estruturas análogas.




As estruturas análogas não refletem por si só qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios que meios diferentes selecionam indivíduos diferentes mas o mesmo meio seleciona indivíduos muito semelhantes porque faz as mesmas exigências a todos. Quando organismos não intimamente aparentados apresentam estruturas semelhantes exercendo a mesma função, dizemos que eles sofreram evolução convergente.




Ao contrário da irradiação adaptativa (caracterizada pela diferenciação de organismos a partir de um ancestral comum, dando origem a vários grupos diferentes adaptados a explorar ambientes diferentes) a evolução convergente ou convergência evolutiva é caracterizada pela adaptação de diferentes organismos a uma condição ecológica igual; assim, as formas do corpo do golfinho, dos peixes, especialmente tubarões, e de um réptil fóssil chamado ictiossauro são bastante semelhantes, adaptadas à natação. Neste caso, a semelhança não é sinal de parentesco, mas resultado da adaptação desses organismos ao ambiente aquático.




1.2. Órgãos vestigiais.

São aqueles que, em alguns organismos, encontram-se com tamanho reduzido e geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum.


1.2.1. Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o apêndice vermiforme, estrutura pequena que parte do ceco (estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado liga-se ao grosso). Esse tubo preso ao intestino é uma pequena fábrica de leucócitos, atualmente, mas já foi o local de digestão da celulose (ingerida em abundância por nossos ancestrais). Embora a sua função de produzir células de defesa do organismo contra agressões de bactérias e vírus tenha ficado comprovada, ele não é, certamente, indispensável, pois diversos outros órgãos produzem estas mesmas células. Na espécie humana, o apêndice vermiforme é bastante reduzido, considerado órgão vestigial, enquanto que em alguns mamíferos herbívoros, como o coelho, aparece bem desenvolvido, abrigando microrganismos mutualísticos que promovem a digestão da celulose.


1.2.2. Cóccix. Nossos ancestrais hominídeos perderam a cauda bem antes de começar a andar. O que sobrou é o cóccix, um conjunto de três a cinco vértebras fundidas, geralmente 4, no fim da coluna dorsal.


1.2.3. A 13ª e 14ª costelas. Chimpanzés e gorilas têm um conjunto extra de costelas. A maioria dos Homo sapiens tem 12 delas, mas cerca de 8% dos adultos têm o par extra.


1.2.4. Músculos adutores das orelhas. Um trio de músculos extrínsecos deveria fornecer aos pré-hominídeos a capacidade de mover as orelhas de forma independente da cabeça. O homem moderno ainda possui o trio, funcional em alguns indivíduos, lembrando ancestrais que moviam as orelhas para espantar parasitas ou vetores dos mesmos.


1.2.5. Terceira pálpebra. A bolinha vermelha no canto interno do olho pode ser a sobra de uma terceira pálpebra. É provável que um ancestral comum de aves e mamíferos a usasse para proteger os olhos.


2. Embriologia comparada.

O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quanto mais diferentes são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles.




O desenvolvimento embrionário nas diferentes classes de vertebrados apresenta semelhanças espantosas, nomeadamente:

Fendas branquiais: ocorrem na faringe - são aberturas que conduzem a bolsas branquiais; nos peixes, a fendas branquiais mantém-se abertas e comunicam-se com as guelras ou brânquias. Nos vertebrados superiores desaparecem ou dão origem a estruturas internas, como a Trompa de Eustáquio que liga a faringe ao ouvido, canal auditivo, cordas vocais, etc;

Coração: inicialmente surge um tubo com duas cavidades, que se mantém nos peixes, depois passa a apresentar três cavidades com mistura de sangues (anfíbios) e, por último, passa a quatro cavidades (aves e mamíferos);


3. Provas paleontológicas.

É considerado fóssil qualquer indício da presença de espécies atualmente extintas. As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais freqüentemente conservadas nos processos de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada. Dentre estes podemos citar os fósseis congelados, como, por exemplo, o mamute encontrado na Sibéria do norte e os fósseis de insetos encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que penetravam na resina pegajosa, eliminada pelos pinheiros, morriam, a resina endurecia, transformando-se em âmbar, e o inseto aí contido era preservado nos detalhes de sua estrutura.





Ocorre, com maior freqüência, a presença de evidências de seres extintos nos depósitos de rochas sedimentares. Analisando o ciclo das rochas, observamos que as rochas ígneas provém do resfriamento do magma, cuja altíssima temperatura incineraria qualquer vestígio orgânico; as rochas metamórficas originam-se da ação de altíssima pressão e temperatura sobre rochas pré-existentes, o que também eliminaria qualquer evidência. Somente as rochas sedimentares formam-se na superficie, a temperatura da superfície, soterrando restos ou evidências; dispõem-se em camadas, são estratificadas, e a datação destas camadas, de baixo para cima, vai contando o que ocorreu no passado.




Também são consideradas fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em eras passadas, como, por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas, de penas de aves extintas e da superfície da pele dos dinossauros.





A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.





3.1. Fósseis de síntese ou intermediários, com características de dois grupos atuais. São disso exemplo os fósseis do Archeopterix (considerada a primeira ave, ainda apresenta escamas na cabeça, dentes, garras e cauda com ossos, apesar de já apresentar asas e penas). Outro exemplo comum são as Pteridospérmicas, ou os “fetos com sementes”, plantas que parecem ter sido uma primeira experiência no surgimento de sementes.




3.2. Fósseis de transição. Esta situação é ilustrada pelo fóssil Ichthyostega (considerado o primeiro anfíbio, ainda apresenta escamas e barbatana caudal mas já tem uma caixa toráxica bem desenvolvida e membros pares), que representa a passagem entre dois grupos atuais (peixes e anfíbios). O Basilosaurus é outro fóssil de transição nos mamíferos aquáticos, um ascendente da baleias atuais mas que ainda apresentava quatro membros.



Formas intermediárias na evolução para o cavalo atual, com aumento de porte e redução do número de dedos, até o casco revestindo um dedo médio.

3.3. Séries filogenéticas ou ortogenéticas, conjuntos de fósseis de organismos pertencentes a uma mesma linha evolutiva (geralmente gêneros ou espécies), revelando uma “tendência evolutiva” constante numa dada direção, ao longo de um prolongado período de tempo, como no caso do cavalo ou do elefante.


4. A bioquímica comparada.

Os recentes avanços da Biologia Molecular têm permitido comparar diretamente a estrutura genética de diferentes espécies, através da comparação da seqüência de nucleotídeos da molécula de DNA. Outros compostos químicos existentes em organismos vivos também têm sido comparados, especialmente as proteínas, como a gamaglobulina, a insulina, o citocromo C, a hemoglobina e outras. Em geral (embora com muitas exceções) as semelhanças respectivas destes sistemas bioquímicos se alinham quase da mesma maneira como o fazem as semelhanças tradicionalmente baseadas em características anatômicas e outras características morfológicas. Ou seja, animais que tenham muitas semelhanças anatômicas geralmente também têm DNAs e proteínas muito parecidos. Isso seria um fato esperado, sabendo-se que o DNA é o responsável pela produção das proteínas de um determinado organismo e estas, em última instância, serão as responsáveis pelas características fenotípicas destes.

Existe uma unidade molecular nos seres vivos, pois os mecanismos básicos são os mesmos, tal como os componentes bioquímicos fundamentais (5 tipos de nucleótidos, 20 tipos de aminoácidos, actuação enzimática, código genético, processos metabólicos). As variações apresentam uma gradação, sugerindo uma continuidade evolutiva (quanto mais afastados filogeneticamente se encontrarem dois organismos, mais diferem na sequência de DNA, na sequência de proteínas e, portanto, nos processos metabólicos que essas proteínas controlam).

4.1. Estudos comparativos em proteínas. As proteínas são as moléculas mais numerosas no corpo dos seres vivos, condicionando, com a sua sequência de aminoácidos específica, as características fenotípicas desses mesmos seres. Deste modo, é de prever que quanto maior a proximidade evolutiva entre dois seres, maior seja a semelhança nas suas proteínas. Estudos sobre a molécula da insulina, um hormônio produzida pelo pâncreas formado por duas cadeias polipeptídicas, revelaram que as várias moléculas características das espécies teriam derivado, por pequenas mutações, de um ancestral comum.





Estudo semelhante foi realizado com o citocromo C, uma proteína respiratória que se encontra em todos os seres aeróbios. No decurso da evolução, mutações alteraram aminoácidos em determinadas posições mas todas as espécies têm uma estrutura e função semelhantes. Assim, a idéia de Darwin de que todas espécies estariam ligadas por árvores filogenéticas tem apoio neste tipo de estudo pois mesmo entre seres tão distantes evolutivamente como o Homem e uma bactéria podem ser encontradas proteínas comuns. As proteínas são produtos da informação contida no DNA, pelo que estes estudos podem ser ainda mais precisos estudando a própria fonte dessa informação.

4.2. Dados sobre a sequência do DNA. A evolução reflete as alterações hereditárias ocorridas ao longo das gerações. Geralmente os estudos com DNA pretendem avaliar o grau de divergência entre espécies com ancestrais comuns. Estes estudos utilizam a técnica da hibridação do DNA. Procede-se inicialmente á desnaturação das cadeias de DNA. Essas cadeias “desenroladas” são recombinadas com outras de espécie diferente, previamente isoladas e marcadas radioactivamente - hibridação. O grau de hibridação é proporcional ao grau de parentesco entre as espécies.

4.3. Dados sorológicos. As reações sorológicas permitem determinar o grau de afinidade entre as espécies em estudo, baseando-se na reação anticorpo-antígeno. O sistema imunitário de um qualquer indivíduo reconhece como estranhas proteínas diferentes das suas, respondendo com a produção de anticorpos específicos. Os anticorpos são proteínas produzidas nos leucócitos, como resposta à introdução no meio interno de um indivíduo de uma substância estranha, o antígeno. A reação antígeno-anticorpo é específica, ou seja, as duas moléculas são complementares, daí resultando a inativação do antígeno e a formação de um precipitado visível. Deste modo, quanto maior a afinidade entre o antígeno e o anticorpo, maior a reação e maior o precipitado. A base destes estudos é que quanto mais afastada evolutivamente uma espécie se encontra de outra, maior o número de proteínas diferentes e, conseqüentemente, menor a intensidade da reação imunitária. A adição de anti-soro humano (contendo anticorpos específicos para as proteínas do sangue humano), por exemplo, ao sangue de vários animais, permite avaliar o parentesco entre o Homem e esses animais, através do grau de aglutinação (quanto maior o grau de aglutinação, maior a reação, maior o parentesco).
Como se obtém o anti-soro humano? Injeta-se num coelho sangue humano, para que este produza, nos seus glóbulos brancos, anticorpos anti-humanos e os lance na corrente sanguínea. O soro retirado desse coelho vai conter anticorpos específicos para as proteínas do soro humano, ou seja, é um anti-soro humano.


5. Provas citológicas.

A teoria celular, considerada o segundo grande princípio da Biologia do século XIX, foi enunciada por Schleiden e Schwann (1839), os quais propuseram que todos os animais e plantas são formados por pequenas unidades fundamentais designadas células. Estas formam-se sempre a partir de outra pré-existente, por divisão celular. Esta teoria apoia a seleção pois não é lógico considerar que espécies com origem diferente, por coincidência, apresentassem a mesma estrutura básica, bem como os mesmos fenômenos.


6. Provas biogeográficas.

As áreas de distribuição das diferentes espécies fazem salientar dois aspectos: semelhanças nítidas entre organismos de regiões distantes (semelhança entre seres de ilhas e do continente mais próximo, sugerindo que essas massas de terra teriam estado ligadas no passado, no tempo em que aí teria vivido um ancestral comum, por exemplo) e grande diversidade específica em indivíduos distribuídos em zonas geográficas muito próximas (espécies derivadas de um ancestral comum mas sujeitas a condições diferentes, vão constituir populações que, com o tempo, dão origem a novas espécies). Todos estes fenômenos só podem ser entendidos como casos de evolução convergente ou divergente.


7. Provas taxionômicas.

Um dos grandes objetivos da sistemática é reconstruir a história evolutiva, de forma a identificar o grau de "parentesco" entre as espécies (ou de outros grupos, como gêneros, famílias, ordens, etc). Isto é, determinar que grupos teriam ancestrais comuns. Tais grupos podem também ser chamados "clados". Quando se reconstrói a história evolutiva dos clados, normalmente usam-se diagramas que resumem esta história, de forma que o grau de paresteco entre os clados possa ser facilmente visualizado. Estes diagramas, muito parecidos com as tradicionais "árvores genealógicas", são chamados "dendrogramas filogenéticos" ou * cladogramas.




Os estudos taxonômicos anteriores a meados do século XIX levantaram problemas de classificação, que apenas a hipótese do evolucionismo pode resolver. São indivíduos com características atípicas, até aí considerados aberrações, que ajudam a apoiar a teoria evolucionista. Hoje utilizamos a sistemática filogenética ou cladística (Hennig e depois muitos outros) cujo objetivo é reconstruir a história da vida, mesmo quando só se pode contar com os dados do presente. O produto final é a hipótese de parentesco de diferentes táxons e o significado evolutivo dos caracteres (clades ou linhagens evolutivas).

7.1. O ornitorrinco é um desses casos, um animal com pêlo e glândulas mamárias (mamífero), com cloaca, ovíparo, de temperatura corporal baixa (réptil) e com boca em forma de bico (ave). Este organismo parece ser um representante da linha evolutiva primitiva dos mamíferos. Note-se, no entanto, que este fato não é completamente verdadeiro pois o ornitorrinco é uma outra linha evolutiva atual, com sucesso, não é uma espécie de “beco sem saída” da evolução, tem tantos anos de evolução como os seres humanos.




7.2. Outros dois casos típicos da dificuldade em classificar, o que foi resolvido pela sistemática filogenética, foram dois grupos de espécies de peixes, o perioftalmo e os dipnóicos.



O perioftalmo vive nos manguezais de África, onde, devido aos seus olhos e sistema respiratório adaptados ao ar, durante a maré baixa “corre” velozmente apoiado sobre barbatanas transformadas em “muletas”. Os dipnóicos, como a pirambóia, vivem nas águas doces de África, Austrália e América do Sul, onde tanto podem respirar pelas brânquias (como um peixe), como pela bexiga natatória, que funciona como um pulmão (como um anfíbio).

 

Em um cladograma, todos os organismos permanecem no ponto final, e cada divisão é idealmente binária. Um cladograma correto precisa ter todos os organismos em cada galho, ou clade, compartilhar um ancestral comum com aqueles não compartilhados com os outros organismos do diagrama. Cada clade precisa ser destacada por uma série de características daquelas que aparecem em seus membros porém não nas formas das quais divergiram, chamadas sinapomorfos. Por exemplo, asas frontais duras são uma "sinapomorfia" dos besouros.

Tipicamente, uma análise começa pela coleta de informações sobre certas características de todos os organismos em questão, e então decidindo quais versões estavam presentes no ancestral comum (plesiomorfos) e quais vem sendo derivadas a partir dele (apomorfos). Normalmente isto é feito considerando-se algum grupo externo de organismos que sabemos que não são tão proximamente relacionados a quaisquer dos organismos em questão. Somente apomorfos são úteis na caracterização de clades.



A seguir, cladogramas possíveis diferentes são desenhados e desenvolvidos. As clades são tipicamente escolhidas para terem o máximo possível de sinapomorfias. A idéia é que um número suficientemente grande de características deverão ser grandes o bastante para superar quaisquer exemplos de evolução convergente e, na prática, características neutras, assim como ultra-estruturas, tendem justamente a fazer isso. Quando possibilidades equivalentes surgem, elas são normalmente selecionadas de acordo com o princípio da parcimônia: o arranjo mais compacto é o melhor.
 
Leia mais sobre cladogramas aqui: http://www.marcobueno.net/arquivos_estudo/arquivo_estudo.asp?txtIDArquivo=278

ps-Como estamos a falar de ciência, e isso é um processo auto corretivo, se alguém encontrar algum erro, seria bom expo-lo para que possamos compartilhar mais os nosso conhecimentos.

Fonte www.marcobueno.net

Abraços a todos.

Offline FxF

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #1 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 06:26:48 »
Conspiração do demônio para desacreditarmos na palavra do Sr. Jesus!

Offline Dbohr

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #2 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 09:15:13 »
Nenhuma quantidade de provas a favor da Evolução vai convencer os verdadeiros crentes no Criacionismo. Duplipensar é uma força muito poderosa.

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #3 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 00:20:29 »
Ilovefoxes, você falou sério?.

Dbohr. Se duplipensar é uma coisa vigente, não sei porque então os criacionistas não aceitam a evolução?. Poderiam achar que isso é obra divina, não?

Abraços.

Offline FxF

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #4 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 05:06:47 »
Ilovefoxes, você falou sério?.
É claro!!1one!

http://img170.imageshack.us/img170/228/1885zj5.jpg
Todo mundo sabe que fósseis são criaturas criadas pelos homens e que Deus destruiu no dilúvio.

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #5 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 05:22:16 »
É claro?, Todo mundo?, sabe?, fósseis?, criaturas?, criadas?, homens?, Deus?, destruiu?, dilúvio?

Poderia explicar isso melhor, não, perdão, poderia provar isso melhor.

:tchau:

Ps-Lembrei do Lula Molusco no filme do Bob Esponja agora, igual a mim.


Offline FxF

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #6 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 13:30:49 »

Suyndara

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #7 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 14:23:17 »
Adorei o tópico!

Bem ilustrativo  :wink:

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #8 Online: 01 de Março de 2007, 02:15:08 »
../forum/topic=9894.0.html

Menino, com certeza não há nenhuma coerência válida sobre o que você postou para com o tema do tópico.

A evolução esta em discussão aqui e não a presença de dinossauros na Terra. Fósseis transicionais são a prova que a evolução ocorreu(e ocorre) e temos muito mais evidências que meros fósseis.

A Terra, como você sugeriu no pequeno texto, teria 6 mil anos, o que também é uma inverdade e, das grandes. Podemos provar que há muitos e muitos anos existem subtâncias nas quais você com certeza não iria entender o nome.

Bem, desde já, tente, antes de postar algo que venha a refutar a evolução ou qualquer coisa de cunho científico, pesquisar sobre, principalmente sobre os autores.

Não há debate válido entre ciência e religião, são campos distintos, discutir meios práticos de argumentos entre os dois é completamente irrelevante.

Não iremos evoluir, mas sim andar em círculos.

:tchau: e fique bem.
« Última modificação: 07 de Março de 2007, 23:12:42 por Raphael »

Offline Alegra

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #9 Online: 02 de Março de 2007, 18:49:08 »
Ilovefoxes, você falou sério?.

 :D Ele tá na gozação!

Legal o tópico!  :ok:
Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline N3RD

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #10 Online: 02 de Março de 2007, 19:54:10 »
Depois eu termino de ler.. estou lendo o manual do soldado :S
Não deseje.

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #11 Online: 03 de Março de 2007, 00:32:19 »
Ilovefoxes, você falou sério?.
:D Ele tá na gozação!

Legal o tópico!  :ok:

Obrigado, mas Alegra, ele não parece que está a gozar não?

N3rd. Deve ser bem agradável a leitura, aproveite, já que você gosta.

:abraco:

Offline Hold the Door

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #12 Online: 03 de Março de 2007, 00:36:32 »
Ilovefoxes, você falou sério?.
:D Ele tá na gozação!

Legal o tópico!  :ok:

Obrigado, mas Alegra, ele não parece que está a gozar não?
Raphael, vai por mim, ele está de gozação.

Aliás, o texto daquele link nem é dele, como você parece ter pensado. É de uma figurinha do orkut que vive falando besteiras nas comunidades sobre criacionismo e evolução.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #13 Online: 03 de Março de 2007, 00:37:56 »
Valeu pelo toque Melo.  :ok:

Offline FxF

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #14 Online: 03 de Março de 2007, 13:05:38 »
Poxa, eu até postei um tópico da área de piada... =/

Offline LuizJB

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #15 Online: 07 de Março de 2007, 22:51:03 »
Raphael,

Um belo livro que ainda não tive tempo de ler (esta na minha estante aguardando sua vez) é "O bico do tentilhão" de Jonathan Weiner. Segue abaixo a sinopse do livro e você entenderá porque eu estou citando ele:



Citar
"Em minha teoria da evolução há problemas tão graves que jamais pude refletir sobre eles sem ficar desconcertado", afirmou Charles Darwin no século passado. Apesar de suas pesquisas, fortalecidas por uma profunda intuição científica, ele não teve oportunidade de certificar-se de sua teoria. Segundo o cientista, a evolução das espécies aconteceria tão lentamente, que ninguém poderia observá-la. No entanto, 150 anos depois, os pesquisadores Rosemary e Peter Grant mostraram que Darwin se enganou – mas sua teoria está certa.

O casal de cientistas, da Universidade de Princeton, estudou o mais celebrado local da ciência da evolução: o arquipélago de Galápagos, no Pacífico, visitado por Darwin e por ele considerado "origem de todas as minhas visões". Ali, os Grant observaram os tentilhões, aves típicas do local, cujos bicos inspiraram as primeiras sugestões veladas de Darwin sobre a teoria evolucionista. Mas se o cientista não pôde permanecer no local para comprovar sua teoria, Rosemary e Peter estiveram lá durante vinte anos. O relato está no O bico do tentilhão, do jornalista Jonathan Weiner.

"Não vemos nenhuma dessas mudanças vagarosas e progressivas, pois a mão do tempo marcou o lapso das eras", imaginou Darwin. Mas o trabalho dos Grant mostra que esta evolução é bem mais rápida do que Darwin imaginava. Anualmente o casal ia conhecer cada tentilhão da ilha. Eles reuniam os filhotes em ninhos, mediam-lhes as pernas, a envergadura das asas e os bicos, e recolhiam amostras de sangue para analisar se as modificações morfológicas tinham relação com alterações genéticas.

Os cientistas confirmaram a teoria de Darwin, mostrando que a seleção natural existe, e que seus efeitos são visíveis de um ano para o outro. Eles documentaram mudanças significativas nos tentilhões: depois de uma seca, em 1977, o número deles foi reduzido em 85%, os pássaros sobreviventes cresceram em tamanho e envergadura das asas, e seus bicos ficaram maiores. Posteriormente, observou-se que os bicos da próxima geração eram maiores. Em 1983, tempestades e tormentas transformaram o clima desértico de Galápagos, e a tendência reverteu-se: nesta época, os bicos das futuras gerações dos sobreviventes diminuíram, adaptando-os às pequenas sementes. Constatou-se mais uma vez a evolução. Para Weiner, Darwin não soube avaliar a extensão de sua própria teoria. "A seleção natural não é nem rara nem vagarosa. Ela orienta uma evolução que ocorre dia a dia, hora a hora, em tudo ao nosso redor, e podemos observá-la", diz ele.
Fonte: http://www.rocco.com.br/shopping/ExibirLivro.asp?Livro_ID=85-325-0562-7

Há se todo criacionista se preocupasse em ler menos a bíblia e mais livros científicos…com certeza viveríamos em um mundo melhor.
"Predadores parecem "projetados" de forma bela para caçar presas, enquanto que as presas parecem igualmente "projetadas" de forma bela para escapar deles. De que lado deus está?"
Richard Dawkins - O rio que saía do éden

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #16 Online: 07 de Março de 2007, 23:14:27 »
LuizJB, valeu pela dica do livro, parece ser bom. Quanto custou, que mal lhe pergunte?

Abraços.

Offline LuizJB

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #17 Online: 08 de Março de 2007, 00:13:58 »
LuizJB, valeu pela dica do livro, parece ser bom. Quanto custou, que mal lhe pergunte?

Abraços.

Eu paguei R$27,90 a algum tempo atrás...agora ele ta custando R$29,00 com frete gratuito na americanas.com  :oba:
Para facilitar seu trabalho, link do livro na americanas.com:
http://www.americanas.com.br/prod/45241/BookStore?i=1
"Predadores parecem "projetados" de forma bela para caçar presas, enquanto que as presas parecem igualmente "projetadas" de forma bela para escapar deles. De que lado deus está?"
Richard Dawkins - O rio que saía do éden

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #18 Online: 08 de Março de 2007, 00:22:35 »
Sei que não tem a ver com a pergunta do tópico, mas tenho que perguntar.

Na Finac não estaria mais barato?, ou na Saraiva talvez?. Não tenho o costume de comprar pela internet, é seguro mesmo?

Você já foi lesado por compras na net?

Abraços.

Offline LuizJB

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #19 Online: 08 de Março de 2007, 00:34:03 »
Sei que não tem a ver com a pergunta do tópico, mas tenho que perguntar.

Na Finac não estaria mais barato?, ou na Saraiva talvez?. Não tenho o costume de comprar pela internet, é seguro mesmo?

Você já foi lesado por compras na net?

Abraços.

Fnac - R$38,50 sem frete
Saraiva - R$35,00 sem frete.

Costumo comprar bastante pela internet, sem grilo. Lógico que em sites de renome como americanas, fnac, saraiva, submarino , entre outros seria mais prudente. Falei do preço da americanas porque foi lá que eu comprei o meu e eu sabia que estava em promoção…é o preço mais baixo da internet e ainda tem frete de graça.

Raphael, não sei se você sabe, mas qualquer livro que você quiser comprar na internet SEMPRE será mais barato do que compra-lo em uma loja física. Isso decorre do fato de uma menor quantidade de custos para vender produtos pela internet. Claro que estou excluindo promoções malucas, mas o normal é que seja mais barato pela internet. Para pesquisar preços de livros, utilizo o buscapé (http://www.buscape.com.br/). Duas lojas muito boas que o buscapé não tem no seu sistema de busca é a própria americanas e a Sodiler (http://www.sodiler.com.br/). A sodiler normalmente não tem os melhores preços, mas comprando algo com valor superior a R$30,00, o frete é gratis para o Rio de Janeiro  :ok:

Lojas que eu sempre compro, sem problemas:
Submarino, americanas, sodiler, saraiva…
"Predadores parecem "projetados" de forma bela para caçar presas, enquanto que as presas parecem igualmente "projetadas" de forma bela para escapar deles. De que lado deus está?"
Richard Dawkins - O rio que saía do éden

Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #20 Online: 08 de Março de 2007, 00:37:50 »
Valeu mesmo pela dica Luiz, desta eu iria morrer e não iria saber. :ok:

Você, certamente, compra com cartão de crédito né?

Tenno cartão, mas meu limite e´de 500 reais, tá estourado, quebrei meu óculos. :(

Offline LuizJB

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #21 Online: 08 de Março de 2007, 00:58:06 »
Valeu mesmo pela dica Luiz, desta eu iria morrer e não iria saber. :ok:

Você, certamente, compra com cartão de crédito né?

Tenno cartão, mas meu limite e´de 500 reais, tá estourado, quebrei meu óculos. :(

Normalmente uso cartão sim, mas nada impede que você compre por boleto bancário. Com certeza é mais seguro do que comprar com cartão, já que você só entra com as suas informações pessoais e gera um boleto online. Você pode pagar este boleto em qualquer banco ou diretamente pelo site do seu banco :)
"Predadores parecem "projetados" de forma bela para caçar presas, enquanto que as presas parecem igualmente "projetadas" de forma bela para escapar deles. De que lado deus está?"
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Raphael

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #22 Online: 08 de Março de 2007, 01:01:32 »
Valeu mesmo filho :ok:

Atheist

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #23 Online: 10 de Março de 2007, 13:57:42 »
Raphael,

Um belo livro que ainda não tive tempo de ler (esta na minha estante aguardando sua vez) é "O bico do tentilhão" de Jonathan Weiner. Segue abaixo a sinopse do livro e você entenderá porque eu estou citando ele:



Este livro é muito bom!!!

Um outro do mesmo autor também é excelente:

Tempo, Amor, Memória.

Offline Getulio

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Re: As provas da evolução.
« Resposta #24 Online: 06 de Dezembro de 2007, 21:38:05 »
Caro companheiro de ceticismo: as evidências evolucionárias estão aí pra quem quiser entender e ver. Não se precisa realmente procurar fósseis. Nós somos os fósseis. Boa parte do DNA que está agora se duplicando em milhões de céculas nossas, surgiu compassadamente, por muitos e muitos milhões de anos, e o que se fora, na morfologia e funcionamento dos seres, é a expressão disso. Se houve um certo ou uma certa força criadora acima do que conhecemos e entendemos, e nosso conhecimento acerca do universo certamente é bem mais limitado do que achamos, isso realmente acredito difícil de provar. Inocentes são os monoteístas cristãos, judeus ou mulçumanos, acreditarem piamente nas fábulas que estão escritas nos livros sagrados não como simbologia de doutrinamento e aprendizagem, mas como verdade indisolúvel. Nós, céticos, inclusive, devemos não esquecer que na ciência não há verdade indissolúveis, pois se assim fosse estaríamos estagnados e condenados ao atual estágio de conhecimento, que é bom, mas com certeza não é completo. Do lados dos crentes, de todos os crentes da terra, quem estaria com a razão (é possível?): cristãos, budistas, espíritas, hare krishnas? Qualquer mente minimamente inteligente (e a fé não é necessariamente um efeito de inteligência), sabe exatamente por que esses mitos e explicações criacionistas, porque todos os arcabouços de deuses e inclusive o tal deus único (que não é um só, inclusive, depende também do credo), foram criados por nós, por nossos mais distantes, pouco inteligentes e amedrontados antepassados: a incapacidade inata de encarar a vida na terra por si mesmo, de ser ao menos uma ínfima parte do que se autoclassifica (superior, inteligente, racional etc.), de admitir a beleza na própria limitação orgânica (pois se fôssemos essa imagem do tal todo poderoso, talvez devêssemos emanar luz ao sermos cortados, e não os mesmos líquidos e vísceras dos nossos companheiros de planeta e irmãos de evolução, os outros animais). Bem, mais eu não estou aqui pra tirar ninguém da igreja. Eles não teriam paz de espírito, pois cresceram animais de rebanho. É a mesma coisa que dizem conosco, quando acham que em nossa capacidade de percepção das evidência não há conforto, nem vida eterna. A vida é eterna sim, começou e só corre o risco de terminar por conta nossa mesma, nós os autointitulados filhos de deus (nós espécie, certo? por que individualmente estou bem fora disso). Carrego em mim, fazendo parte de mim, com muito orgulho e conforto, meus ancestrais unicelulares e meus ancestrais vertebrados, na forma de mitocôndrias; meus espermatozóides vibriões; minhas amebas glóbulos brancos; minha fenda branquial que não mais vira guelra e opérculo, mas clavícula e outras estruturas; minha cloaca evoluída e dividida em sistema urogenital, e tantas outras coisas que me dão a maravilhosa e única sensação de conhecer, entender e aceitar o que me trouxe até aqui, infelizmente sem ter condições de gostar de todos os outros bilhões da minha espécie praga terrestre, como gosto dos outros trilhões de outros tripulantes não humanos dessa nave errante que talvez tenha tido um imenso azar em nos abrigar como seu dominador.

 

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