Bem, como a Michele (é com um ou dois Ls ou com y?) disse, aqui parece terra de ninguém.
Michelle com LL e E. Minha vida foi soletrar o sobrenome, e agora isso. Não há futuro.
Primeiro, o povo daqui não tem uma identidade, temos pessoas de todos os cantos do mundo, e não sei se já perceberam, grande parte dos que tem descendência estrangeira se consideram, alemães, italianos, poloneses, etc e não brasileiros.
Não acho que isso seja precisamente um problema... vê, a tradição de sindicalismo paulistana é "culpa" dos estrangeiros - italianos e espanhóis, majoritariamente. Gentes, esta cidade parou por MESES no auge da economia cafeeira, vocês não tem noção - aí inventaram uma lei pra deportar estrangeiro que se metesse com política, que foi reeditada várias vezes (e acho que inclusive era texto constitucional na do Getúlio), e que só acabou com a CF88.
E acho que hoje não tem mais disso não, de se considerar estrangeiro. Mas toda esta mania nossa de procurar um ancestral estrangeiro, que seja há 8 gerações, é, a meu ver, pagapauismo.
Mas, vê bem, NACIONALISMO não é saída também. Tem que tomar cuidado pra não escorregar pra lá, também. De meia-solução burra já basta, etc.
Outra coisa é a fraqueza das instituições, se nosso país fosse democrático desde a independência como foi os EUA, hoje nossas instituições seriam muito fortes e o país estaria bem melhor.
Ich, que é o que eu estava dizendo, a independência é a SEGUNDA parte. Lembrei agora de vários casos de "municipalidades" nas 13 colônias em que eles se reuniam na praça e dividiam as tarefas da "prefeitura". E eles eram submetidos à coroa inglesa, naquela época.
Penso que se monarquia nunca tivesse caído, que tivessem apenas derrubado o poder moderador e tivessemos um Estado semelhante a Inglaterra hoje nossas instituições seriam muito mais fortes, porque não haveria nenhuma mudança abrupta, nem um monte de golpes. Ainda seria o velho Império, a mesma monarquia representando o Estado, e o velho parlamento.
Ai, os meninos do Direito e o monte de golpes!
Cada um pensa o que quer, mas hm, sei lá, viu. Não tinha nem chance de isso ter acontecido. Sinceramente duvido de que a "fraqueza das instituições" tem causa nos golpes. Quais são os golpes, afinal? A independência, o segundo reinado, a república, o Getúlio, o exército... opa, sobrou algum? Acho que de não-golpe, só o Tancredo.
Enfim, o problema vem de antes, a meu ver, vem da colonização mesmo. As instituições eram tudo no quebra-galho. Nem a igreja era forte como querem fazer parecer, isso aqui ficou ao deus-dará literalmente até as constituições do arcebispado da Bahia em 1707 e depois, acho que só com uma que veio de Roma em 1899, foi o "foda-se Trento", então...
(...) Depois novamente a volta da democracia e nova constituição e tudo de novo. Se mantivermos o atual regime democrático, creio que dentre uns 50 anos o Brasil estará muito mais sólido.
Sim, e tem ainda mais chances de dar certo se a "camada esclarecida" da população, em vez de ou xingar ou impôr nos pobres, fazer trabalho de reforço (ou ESforço memso) da cidadania.
(uma coisa que me emputece é que só aluno de univ. pública toma atitude pra liberarem mais verba e abrirem mais vaga - não é problema deles, eles já estão lá, quem devia cobrar não cobra: nem qualidade na particular, nem vaga na pública; e ainda se acha no direito de falar mal, o bando de ******* ***-******** ***** etc.)