Antes de me auto-proclamar 'atéia', eu era evangélica. Assim, quando saí da igreja, meus parentes tiveram um ataque, já que eu era participante ativa. Até hoje eles não aceitam minha saída e dizem que "Deus tem um plano especial em minha vida", que "não posso ser uma ovelha desgarrada". Nunca contei a meu pai que duvidava da existência de deus e que não confiava na bíblia. Fiz leves insinuações a respeito, o que ele carinhosamente repeliu. Hoje eu me considero agnóstica e não consigo aceitar o cristianismo, que pra mim é uma religião como qualquer outra, com o diferencial de ter sido muito bem divulgada e usar os presentes e os castigos certos para convencer. Sei que meu pai jamais aceitaria isso, e eu evito comentar por respeito a ele. Mas não abro mão dos meus pensamentos e sempre saio pela tangente quando ele me pede para ir na igreja. Sei que tem a melhor das intenções, mas não posso abrir mão do que acredito. E ainda preciso lidar com o fato dele ter feito um curso de teologia e ser um cristão praticante, apesar de não ser evangélica... ai ai...