Usualmente se refuta esse critério lembrando que o embrião não tem diferenciação de células, e portanto não tem tecido nervoso, muito menos sistema nervoso central capaz de sentir sofrimento. Como bem lembrou o Dr. Manhattan.
Porém, também concordo com ele em que querer definir um momento arbitrário é no fundo um tanto desonesto, ou pelo menos arriscado. Se não por outro motivo, porque erros de cálculo podem acontecer.
O melhor na minha opinião é escolher uma abordagem que dependa o mínimo possível desse momento ser corretamente identificável. Por exemplo, encorajando certos exames médicos para casais interessados em ter filhos, bem como a contracepção e a adoção em vez de marginalizando-os, é possível diminuir em muito a necessidade prática de saber quando estamos ou não falando de uma vida humana.