Há religiosos e religiosos, mas a religião em si não é nada benéfica. Alguns apelam para a moral religiosa, mas é justamente essa que atrapalha o desenvolvimento social e científico ao ser baseada na fé e em seus dogmas. E princialmente nos temas polêmicos e atuais que necessitam de uma discussão séria a respeito. É claro que ocorre uma mudança, mas é devido a ciência, ao esclarecimento, uma vivência do secularismo por parte da sociedade.
A sociedade brasileira é até relativamente secular. Pode-se perceber isso pela alta aceitação de temas reprovados pela Igreja, como a questão do divórcio e dos anticoncepcionais. Existem sociedades bem mais seculares do que a nossa, mas não se pode dizer que o Brasil é hoje uma nação ameaçada pelo fanatismo religioso - embora isso seja verdade para os Estados Unidos. O fato é que no Brasil as pessoas não vêem contradição em acreditar em Deus, participar de cerimônias religiosas, mas ter pontos de vista seculares a respeito de questões sociais polêmicas.
Eu digo respeitar a liberdade de falar, criticar, pois ateus tem o direito de criticar a vontade a religião, pois sempre recebemos criticas. E a crítica a religião é que ela socialemente tem o respeito apenas por ser religião e não pode ser criticada por isso. Mas quanto a méritos é covardia comparar a ciência com a religião. E digo que o atéismo é embasado na ciência pois o mundo observado pela ciência é sem deus. É o pressuposto ateísta.
Ninguém nega aos ateus o direito de criticarem a religião nem aos religiosos o direito de criticar o ateísmo. Esses são direitos constitucionais de todo cidadão. Em uma sociedade democrática também as pessoas têm liberdade de consciência para terem a visão de mundo que mais lhes agrade. Ninguém é obrigado por lei a ser racionalista, uma pessoa se quiser pode muito bem optar por crer no que quer que seja com base na fé mesmo que isso vá contra os fatos.
Quanto ao ateísmo ser embasado na ciência, depende do que você entende por ateísmo e do que você entende por ciência. O ateísmo
fraco é compatível com a definição falsificacionista da ciência, mas só ele. Para se dizer que Deus não existe (ateísmo
forte), a existência de Deus deveria ser uma proposição falseável. Sendo uma proposição falseável, poderíamos fazer algum experimento cujo resultado poderia nos revelar que Deus não existe. Entretanto, uma vez que Deus é uma proposição infalseável ele está fora dos domínios da ciência, é uma questão irrelevante, não está nem certa e nem errada, é simplesmente uma pergunta que não faz sentido. Sendo assim a ciência não diz que Deus não existe, mas ela é atéia no sentido que Deus não tem participação nela - mesmo assim muita gente preferiria dizer que a ciência é agnóstica.
Tem um filósofo Francês Lucy Ferry, já foi ministro da educação, e que fala bem sobre a influência da religião no cenário internacional. E não é culpar por todos os conflitos, mas ter consciência de sua influência, que muitos trasnferem apenas para as questões políticas. E o Islã tem um grande peso nessa influência.
A religião costuma ser um bode-expiatório nos conflitos. Geralmente ela não tem culpa, mas acaba levando a fama. O caso é que dificilmente duas nações vão mobilizar dispendiosos esforços militares porque não concordam com uma passagem das escrituras. Geralmente as guerras serão motivadas pelos motivos de sempre: riqueza e poder. Acontece que o comandante em chefe de uma nação não vai conseguir reunir um exército se pedir a seu povo que combata numa guerra para deixá-lo mais rico e poderoso. É preciso inflamar os sentimentos das massas para que elas acreditem que a luta dela própria, que há uma razão moral pela qual vale a pena um guerreiro dar a sua vida. Nessa hora vale apelar para tudo, a religião é um dos recursos, mas nesse jogo também vale o nacionalismo, a justiça, e mais recentemente uma das desculpas preferidas tem sido a democracia - vide Iraque e Vietnã. Que motivação os soldados americanos teriam para lutar se não acreditassem que estavam lutando por uma causa nobre?
Tanta antipatia que tem ótimas vendas de seus livros e sucesso na divulgação do ateísmo e das farsas religiosas. Não podemos ser torelantes com a intolerância religiosa.
Há controvérsisas... Que os livros estão tendo boas vendas é inegável, mas quem garante que não são os próprios ateus que estão comprando quase a totalidade dos livros? Afinal, esse é um nicho editorial pouco explorado, mas que contém pessoas altamente instruídas e com grande poder aquisitivo. Sendo assim, embora uma grande quantidade de ávidos ateus estejam lendo esses livros, a divulgação do ateísmo se limita à exposição deles na imprensa.
E não, não podemos ser tolerantes com a intolerância. Nem a religiosa nem a ateísta.