Estou citando empirismo como experimental, o empirismo científico que é a base da ciência. Empirismo está associado ao método científico.
Dizer que a Terra é chata e o Sol gira em torno dela não tem nada a ver com empirismo.
Sim, tem. O empirismo é o conhecimento baseado na observação desnuda, na obtenção de conclusões a partir da observação direta da realidade. Entretanto, vulgarmente, é tratado como sinônimo de experimentalismo.
Então corrigindo é uma frase falsa, baseada num raciocínio falacioso, que eu conheço.
Assim está melhor. Será que você pode compartilhar comigo esse raciocínio falacioso que você conhece?
A inexistência de deus faz parte do conhecimento verificado pela astronomia e pelas ciências, que não adimite a existência de deus tanto quanto a do dragão invisível e a do Papai Noel.
Falácia, apelo à ignorância. Eu sei que você já ouviu muitas vezes por aqui que ausência de evidência não é evidência da ausência, mas como já ignorou esse princípio tantas vezes sei que vai ignorar novamente agora.
E isso não tem nada a ver com o agnóstico flertar com a possibilidade de Deus existir, é que ele leva a questão a sério demais para resolver com um chute.
Chute e dos feios é dizer que a inexistência de deus é uma afirmação errada,
Mais uma vez você apela à ignorância para justificar a inexistência de Deus. Isso é uma falácia e pronto, é simplesmente errado dizer que Deus não existe só porque não foi provado que ele existe, ponto. Até 1870 a cidade de Tróia era considerada um mito, afinal sua existência nunca tivera sido comprovada. Alguém que em 1869 tivesse dito "Tróia não existe" teria quebrado a cara.
é tentar querer provar que deus existe ou provar que tem a possibilidade de deus existir. É apenas a negação do ateísmo por questões semânticas.
Há uma ambigüidade semântica com o termo ateísmo sim. É diferente alguém dizer que não acredita que Deus existe e outrem dizer que acredita que Deus não existe. O primeiro caso, o ateísmo fraco, é uma negação passiva de Deus, é a situação de descrença por falta de razões que sustentem uma crença. O segundo caso, o ateísmo forte, é uma negação ativa, é a situação de descrença por convicção na falsidade da proposição. Um ateu fraco não acredita em Deus porque não está convencido de sua existência, um ateu forte não acredita em Deus porque está convencido de sua iexistência, mas ambos são ateus.
O agnóstico é aquele que não crê na possibilidade de se provar que Deus existe ou não existe. Eu tenho essa opinião, pois penso que sempre se pode bolar uma formulação
ad hoc do conceito de Deus que escape ao poder de análise do método científico, sempre se pode trabalhar um conceito infalseável de Deus. É nessa hora que você vai me falar no dragão na garagem, eu sei, eu também li "O Mundo Assombrado pelos Demônios". O caso é que você nunca pode provar que o dragão não existe, por isso o ônus da prova recai sobre quem afirma que o dreagão existe e Sagan muito sabiamente nos recomenda ser céticos com relação ao dragão e observa que um dragão indetectável se parece muito com um dragão inexistente. Perfeito. O caso é que segundo as boas leis da lógica, dizer que o dragão efetivamente não existe é errado. Sagan não diz que o dragão não existe, ele devemos tratá-lo como se não existisse, afinal, um dragão que é invisível, inaudível e indetectável de qualquer maneira deve ser um dragão muito reservado que não quer ser perturbado. Deixemo-lo em paz portanto e vamos cuidar de nossas vidas. A propósito, o próprio Carl Sagan se auto-declarava agnóstico, e não ateu, o que só evidencia que ele não dizia que dragão simplesmente não existe.
Em outras palavras, você usou a falácia da composição:
Premissa 1: Eu não vejo o dragão.
Premissa 2: Eu não ouço o dragão.
…
Premissa N: Eu não squiribununfo o dragão. (N finito)
Conclusão: O dragão não existe.
Se N for uma quantidade finita, sempre pode haver um N+1 que invalide a conclusão.
E este é o pulo do gato do ateísmo, esse é o pressuposto válido,
Opinião. Você não vai me convencer só com opiniões, quero argumentos.
pois é científico,
Pelo amor de Deus, pára de repetir esse absurdo!
na ciência o mundo é sem deus.
No futebol também. O futebol é ateu? Ou ele é simplesmente alheio à existência de Deus? Podemos até dizer, vá lá, que o futebol é um ateu fraco, agnóstico até, afinal, não se pode provar a inexistência de futebol através do futebol…
Mas o ateísmo científico é compatível com a realidade, enquanto o agnosticismo é o endeusamento da dúvida através do ceticismo pirronico.
O que você bebeu? Acusar o agnosticismo de ceticismo pirrônico é pura ignorância.
E Feuerbach deixa muito claro a origem da religião e de deus no seu método genético crítico utilizado na sua antropologia.
Já comentei isso. Você sequer se deu ao trabalho de elaborar um contra-argumento, só copiou o que já tinha escrito antes. Se você insiste em ignorar o que escrevo não vou perder mais meu tempo com este ponto.
O átomo não é uma criação humana e sim uma descoberta. Senão seria apenas mais um mito.
Claro que o átomo é uma criação humana. É um conceito criado por seres humanos. Seres humanos são animais com telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor. Se o conceito de átomo coincide satisfatoriamente com coisas reais existentes na natureza é outra história. Da mesma forma Deus poderia muito bem ser um conceito inventado por humanos que explicasse uma coisa real. (pronto, agora lá vem o Adriano me acusar de querer provar que Deus existe, de eu ter fé na possibilidade, ainda que a mais remota, de Deus existir e blablablá…)
É comprovado por Feuerbach na sua antropologia. Barão de Holbach tem um grande estudo da religião de seu tempo, vindo a influenciar as idéias de Lavousier.
O que pode ser provado na antropologia de Feuerbach é que o homem criou Deus. Mas isso não tem nada a ver com Deus ter criado o homem antes disso ou não.
Eu digo falácia pois para considerar a possibilidade do mito de deus ser real tem que ter fé nessa possibilidade. E não é um argumento racional e embasado.
Caramba, você força a barra, hein? Quando eu vejo uma proposição cuja veracidade eu não conheço eu sei que ela pode ser ou verdadeira ou falsa (pensando em termos de lógica clássica, claro). Se você chama isso de ter fé, então acho que é impossível não ter fé em alguma coisa.
Digamos que eu te encontre hoje e que amanhã o Pirassununguense joga contra a Ferroviária. Eu sou torcedor fanático do Pirassununguense e te digo: "O Pirassununguense irá vencer amanhã." Inqüestionavelmente, eu, como torcedor, estou falando mais com a fé do que com a razão, mas quanto a você, você reconhece que a minha afirmação pode ser verdadeira ou falsa. Só saberemos depois do jogo, mas o fato de você reconhecer que existe a possibilidade de o Pirassununguense vencer significa que você tem fé na vitória dele? Você reconhecer que existe a possibilidade de o Pirassununguense não vencer quer dizer que você tem fé nessa possibilidade? Você reconhecer que a minha afirmação pode ser ou verdadeira ou falsa não é racional e nem embasado? O fato concreto é que você não sabe qual será o resultado do jogo, você não tem esse conhecimento, portanto você é agnóstico.
E qual é a análise séria para comprovar a possibilidade de deus? Não existe tal possilibade, assim como não existe a possibilidade de duendes e do monstro de espaquete voador.
Opinião.
Mas a afirmação falsa embasa um argumento falacioso. Se torna assim uma falácia de pressuposição.
E baseado em quê você diz que a afirmação é falsa? Em opinião.
E aqui aparece a base da falácia agnóstica. Parte da falsa premissa de um deus real para dizer que é possível deus existir. E um argumento circular.
Já comentei esse nonsense várias vezes. Não se parte de premissa alguma sobre Deus ser real, somente se pega uma premissa cujo valor de verdade é desconhecido. Uma premissa de valor desconhecido pode ser ou verdadeira ou falsa. Daí se "conclui" que essa premissa é (pasme!) ou verdadeira ou falsa. Isso não é argumento, é só uma tautologia. A = A. E tautologias não valem absolutamente nada. Sua preciosa "falácia agnóstica" não existe.
E o desconhecimento que lhe falta é da história da ciência, da astronomia, que demonstra que deus é sempre o arquétipo do desconhecimento.
A astronomia demonstra que Deus é um arquétipo? O que é isso, Psicoastronomia Junguiana?
De qualquer forma Deus ser "o arquétipo do desconhecimento" não tem absolutissimamente nadeca de pitiriba com ele existir ou não.
Essa é a base de sua utilização e está cometendo o mesmo erro. É bem definido como o deus das lacunas, que onde para o conhecimento é utilizado o mito do criador para explicar. É muito antigo isso, e estudado na antropologia.
Que samba do criolo doido, hein? Da Astronomia até a Antropologia para não dizer nada que eu já não soubesse. Mais uma vez, mas juro que é a última, hein? Vou escrever "mais grande", porque parece que você não presta atenção:
o fato de diferentes sociedades terem criado uma mitologia em torno da figura de um deus criador não quer dizer que Deus não exista. O conceito de Deus não precisa coincidir com nenhuma caricatura religiosa.Veja um trecho do que Feuerbach fala da Religião:
Feuerbach crê que na religião há uma carência da consciência de si do homem. Essa carência é a base da religião, onde o homem (religioso) aliena a sua essência; essa fase religiosa corresponde a uma “essência infantil da humanidade”, já que este homem (infantil) adora sua própria essência sem reconhecê-la como tal. Feuerbach acrescenta que entre o humano e o divino não há uma oposição de fato, real, mas sim ilusória. A contradição fundamental está no homem, porque não há uma essência religiosa. A religião é uma abstração das limitações da vida humana, corporal. Não há qualidades em si na vida divina.
Além de Holbach:
Holbach defende que o ateismo é um pré-requisito para qualquer teoria ética válida. A Religião, para ele, é baseada em dogmas e rituais inuteis e sem sentido, donde a ética se deve basear na utilidade social e na cooperação humana.
Feuerbach e Holbach estão falando sobre religião. Não sobre Deus. Religião ser coisa de gente boba e com cara de melão não tem nada a ver com Deus existir ou não.
Tão infalseável quando o dragão invisível na garagem, mas para as ciências naturais.
Exatamente! E as ciências naturais também não podem dizer que o dragão invisível absolutamente não existe. Podem dizer que o dragão não existe dentro do escopo das ciências naturais. A existência de coisas invisíveis e indetectáveis não é negada pela ciência, é somente ignorada. A ciência não se preocupa com o que não possa ser medido ou observado.
É apenas uma fuga imaginária, para não se deparar com a razão da inexistência de deus. É o que Sartre chama de ma-fé, no sentido de ser inútel.
A religião? Pode ser. Mas isso não prova que Deus não existe.
Mesmo com provas é difícil um crente deixar sua fé, seja na existência de deus ou seja na possibilidade existência de deus.
Não estou falando dos crentes. Todo meu discurso se baseia na razão.
E o agnosticismo se comporta dessa maneira ao negar a inexistência. Qualquer opção é crença, mas uma é justificada pela realidade.
Prove que Deus não existe. Sem invocar o apelo à ignorância. Até agora você não conseguiu, só mostrou sua fé dogmática na inexistência de Deus.
Um conceito bem definido não tira de si a sua abstração.
Todo conceito é uma abstração. Se ele tem correspondência com algo real é outra história.
Mais uma mostra da inexistência de qualquer deus.
Falácia da composição.
P1: Zeus não existe.
P2: Odin não existe.
P3: Shiva não existe.
P4: Javé não existe.Nenhum deus existe.
Certo ou errado?
Por mais que escolha, não existe qualquer deus, apenas existe como um verdade subjetiva para o que acredita. Existe como real na sua realidade interna e não no mundo objetivo.
Opinião.
Qualquer das definições usuais de deus é ilógica.
Deus: Um ser inteligente e consciente que criou as leis da natureza como a conhecemos.
Mostre que essa afirmação é autocontraditória.
Provou que é mais um crente agnóstico, que faz pirraça para negar a inexistência de deus. Quer negar uma negação e dizer que ainda preciso de provas.
Num chóla, neném, num cholá :'(
Existe ciência além das ciências naturais.
E?
Errado racionalismo crítico é uma filosofia que serve para afastar as elucrubações fantasiosas. É assentada na observação.
Popper coined the term critical rationalism to describe his philosophy. The term indicates his rejection of classical empiricism, and of the observationalist-inductivist account of science that had grown out of it. Popper argued strongly against the latter, holding that scientific theories are universal in nature, and can be tested only indirectly, by reference to their implications.
http://en.wikipedia.org/wiki/Critical_rationalismAqui você está misturando o racionalismo crítico com o método científico na validação de uma hipótese falseável.
Impossível não misturar, um é parte constituinte do outro.
Claro ele conseguiu justificar dados experimentais obtidos anteriormente, e o fato dele não ter conseguido explicação antes não o incentivou a ver novas alternativas, que a princípio eram coerentes com o seu conhecimento.
Não, a quantização da energia é um artifício matemático meramente
ad hoc. Planck usou porque dava certo, mas ele mesmo levou muito tempo para aceitar que a quantização da energia era um fenômeno real. De qualquer forma há inúmeros outros exemplos também de proposições
ad hoc sem embasamento em observações anteriores, que após passarem por experimentação foram confirmados ou rejeitados. Acontece muito disso na Física.
Agnosticismo não é radical quando a dúvida é individual e restrica aos agnósticos. Qualquer tentativa de impor a dúvida agnóstica como sendo verdade absoluta é radicalismo. E isso não falta entre alguns agnósticos. ~
Impor a dúvida como verdade é mais uma pérola… Dúvida é dúvida, não é nem verdadeira e nem falsa. O que eu rejeito são falsas certezas baseadas em fé dogmática, em vez de na razão.
Agora, por favor, pare de falar sandices do tipo "agnóstico não toma partido", "fica em cima do muro". Um agnóstico não é alguém que está em dúvida sobre se Deus existe.
Mas a argumentação agnóstica é baseada nisso.
Não é não. É baseada em critérios para se determinar se uma afirmação é verdadeira ou falsa e até onde se pode usar esses critérios.
Eu ainda penso que muitos agnósticos são "politicamente corretos" ao negaram a inexistência de deus.
E por que então alguns agnósticos (como eu), se apresentam como ateus?
O agnóstico não vai dar um salto de fé para dizer que Deus não existe porque ele não acredita que a fé seja uma fonte de conhecimento (embora nada o impeça de ter fé mesmo assim, se desejar, esse seria o agnóstico teísta).
Mas a ciência é uma fonte de conhecimento e não existe deus algum no conhecimento científico. E mesmo na filosofia o ateísmo tem muito embasamento, aliás é onde mais tem.
Discordo. O agnosticismo está muito mais embasado pela ciência. Os motivos eu já dei acima.
E quer que todos tenham essa crença de que não está respondida a questão.
Fique com a sua crença de que ela está respondida então. Mesmo sendo respondida somente por falácias.
Se Deus existe, azar dele, deixa eu cuidar da minha vida em paz porque o que está além de nosso entendimento não me interessa.
Está vendo como você lida com a possibilidade de algum deus existir. É uma crença.
E o Pirassununguense? Vai ganhar?
O ateísmo é baseado na ciência que nos mostra o mundo sem deus. Só não entende tal conhecimento quem não quer.