Autor Tópico: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL  (Lida 2519 vezes)

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Offline Pregador

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #25 Online: 27 de Junho de 2007, 16:29:58 »
Amon,

Cuide dos seu medos.

Já não tenho paciência para esse tipo de absurdos.

Tudo bem, quem sabe eu esteja equivocado, mas para isso você teria que demonstrar. Eu to argumentando com base da realidade dos países islâmicos hoje. Estes países são reflexo de seu povo.

Tenho certeza absoluta que a mesma flexibilidade que vemos em alguns países cristãos poderia se repetir com o islamismo. Mas na prática isso não está ocorrendo e é de conhecimento comum.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Luis Dantas

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #26 Online: 27 de Junho de 2007, 16:31:41 »
Como um favor pessoal, Ricardo, eu gostaria que você elaborasse em MP o que seria isso que não pertence a este espaço.  Só por curiosidade mesmo.

Abraços!
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Rodion

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #27 Online: 27 de Junho de 2007, 16:42:01 »
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Feldman: Há várias questões em jogo aqui. A primeira é que muitas pessoas no mundo muçulmano dizem publicamente que acreditam que a democracia e o Islamismo podem funcionar bem juntos. É claro que há países islâmicos democráticos e relativamente bem-sucedidos com a democracia. A Turquia é o exemplo mais óbvio, mas também é possível olhar para a Indonésia ou para Bangladesh como democracias que estão encontrando seu caminho. Além disso, recentemente foram realizadas reformas democráticas em vários outros países muçulmanos – a nova Constituição em Bahrein é um exemplo expressivo.
a turquia não é exemplo de país democrático, embora se possa admitir que muitos de seus problemas decorram mais de nacionalismo do que do islamismo propriamente dito.

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Feldman: Bem, as primeiras considerações são em nível teórico. As pessoas devem passar a ver que as abordagens genéricas desses dois conceitos não são incompatíveis. Algumas pessoas pensam que porque Deus é soberano no Islã, o povo não pode dar a última palavra em sua governança. Talvez haja dificuldade na conciliação do poder político do povo com a soberania de Deus.

Mas na teoria, acho que é possível responder que no Islã, embora Deus seja soberano, as leis de Deus são interpretadas por seres humanos, e no dia-a-dia a governança se dá pela ação das pessoas, não de Deus.
hm. curioso que ele continuou assumindo, de certa forma, que o fato legitimador das normas para os islâmicos não é a soberania popular mas a vontade de deus.

Citar
Além disso, na democracia acreditamos que existem alguns direitos fundamentais que transcendem o que as pessoas podem ou não considerar que era certo em determinado momento, como o direito à vida e à liberdade.
de fato. mas a questão é; podem islâmicos desenvolver esse respeito às instituições seculares, garantidoras afinal de direitos como esses, apesar de crerem na supremacia das leis divinas?

Citar
Depois há o processo prático de determinar na Constituição as instituições que farão a mediação entre os valores islâmicos e os democráticos quando, para observadores externos, eles pareçam estar em conflito.
'para observadores externos'? identificar um e outro implica diferenciar um de outro. e eu certamente não desejaria viver sequer sob o risco dos primeiros prevalecerem sobre os segundos.

Citar
Feldman: Existe uma garantia de que onde a Sharia é aplicada, a escola em particular da Sharia a que uma determinada pessoa pertence será respeitada, de modo que ninguém será obrigado a seguir uma vertente da Sharia que não seja a sua própria. Esse dispositivo está garantido na Constituição. Esse é provavelmente o ponto mais proeminente onde a Sharia desempenha um papel. É interessante observar que não há nenhum dispositivo dizendo especificamente que a Sharia é uma fonte de legislação ou fonte de legislação na Constituição.
critério pessoal de aplicação do direito? isso vai contra o espírito democrático moderno. os cristãos superaram isso no último quarto de milênio.

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Essas são três garantias bastante fortes, notavelmente porque nenhuma delas é mencionada na Constituição dos EUA. Não temos um número reservado para as mulheres no Legislativo. Não temos uma menção explícita das mulheres como iguais na nossa Constituição, tampouco jamais ratificamos a Cedaw. Sempre poderia ser melhor, mas é um bom começo para o Afeganistão, na minha opinião.
e ainda assim os direitos femininos são tão iguais aos masculinos nos eua que correm o risco de se desigualarem. ehe

constituições podem cair no nominalismo, especialmente se frutos de inspiração puramente externa e se forem contra o espírito do povo. a sério, o que acham que vai acontecer no afeganistão?

pra cada proto-democracia islâmica que peleja deve haver mais cinco teocracias.

http://www.geocities.com/ibnkhaldoun_2000/declaracaoislamica.htm
e quão acatada é a declaração?






"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #28 Online: 27 de Junho de 2007, 17:23:40 »
De momento só acrescento que em cerca de 60 países muçulmanos existe uma única república teocrática.
Existe alguma indefinição no Sudão, Somália, Afeganistão.

Indonésia tem cerca de 90% de muçulmanos.
País onde uma mulher foi presidente.
Bangladesh que também tem cerca de 90% de muçulmanos é uma democracia parlamentar, apesar da pobreza.

A maior parte do mundo muçulmano é constituído por ditaduras, algumas apoiadas pelo mundo democrático.

O mundo democrático deve deixar de impedir a democracia se desenvolver, sobretudo se esta for contra os seus interesses.


Cada civilização deve encontrar o caminho que lhe é adequado.
Se os muçulmanos desejarem viver num país onde Deus é importante ninguém tem o direito de os impedir...

Afinal, vários países europeus tem religião de estado, governos com partidos cristãos...EUA o fundador da democracia moderna coloca a religião num lugar de destaque...

Quanto a menção da declaração.
É aplicada nos Guantanamos, ABu Graibss, nas invasões e agressões a povos que não fizeram mal a ninguém...aplica-se ainda na usurpação das riquezas naturais...e ainda no suporte a "ditaduras úteis".


O "mundo democrático" na sua hipocrisia tem levado a que grupos terroristas vejam luz do dia...Temo que amanhã aparecerão outros piores, visto que os problemas se mantêm...

Um exemplo para terminar.
Palestina.
Durante anos andam a prometer um estado, no entanto sempre vão adiando...
O Povo revolta-se vota no Hamas...O mundo hipócrita decide então boicotar a democracia...
Devido à falta de vontade e se o problema não for resolvido em breve, amanhã outros piores que o Hamas irá aumentar o pesadelo...

O que o mundo muçulmano vê é hipocrisia...Mesmo assim, ainda quero acreditar que as bestas que nos governam acordem antes que o pesadelo se torne incontrolável....

Offline Herf

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #29 Online: 27 de Junho de 2007, 17:57:02 »
Cada civilização deve encontrar o caminho que lhe é adequado.
Se os muçulmanos desejarem viver num país onde Deus é importante ninguém tem o direito de os impedir…

E tampouco eles devem ter o direito de forçar outros a viver sob tal deus.

One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #30 Online: 29 de Junho de 2007, 07:19:42 »
Cada civilização deve encontrar o caminho que lhe é adequado.
Se os muçulmanos desejarem viver num país onde Deus é importante ninguém tem o direito de os impedir…

E tampouco eles devem ter o direito de forçar outros a viver sob tal deus.


Óbvio.
"Não há imposição quanto à religião" (2:256)

O chefe de Meca quando na presença do profeta e de seus companheiros, manifestou ter dúvidas.
Bilal ( ex-escravo abissínio e primeiro muezzin do islão) lembrou que não há imposição quanto à religião.
Referiu que para alguns Homens basta um instante para decidirem, outros há que buscarão toda a vida.

One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #31 Online: 29 de Junho de 2007, 07:21:20 »
Bem, uma das maiores caracteristicas da Franca e sua laicidade. O frances tipico, mesmo enquanto catolico, quer que a igreja fica fora da politica. Acredito que isso possa criar algum conflito tambem

E one, pode me explicar como voce responde o meu post antes de eu posta-lo? :biglol: :biglol:

Mais rápido que a própria sombra :biglol:

One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #32 Online: 29 de Junho de 2007, 07:44:28 »
Verifico que o termo dhimmi continua a impressionar.
Deixo um link que dá acesso a vários artigos em inglês.

Islamonline


One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #33 Online: 29 de Junho de 2007, 07:48:06 »
Outro factor raramente considerado.
Quantos dos muçulmanos o são na prática?

Não é raro encontrar pessoas com o perfil de muçulmano se definirem desse modo apenas devido a factor tradição/cultural.


One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #34 Online: 29 de Junho de 2007, 07:48:51 »
Acho que não existe nada a acrescentar de momento.

Offline Pregador

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #35 Online: 29 de Junho de 2007, 08:37:58 »
Cada civilização deve encontrar o caminho que lhe é adequado.
Se os muçulmanos desejarem viver num país onde Deus é importante ninguém tem o direito de os impedir…

E tampouco eles devem ter o direito de forçar outros a viver sob tal deus.


Óbvio.
"Não há imposição quanto à religião" (2:256)

O chefe de Meca quando na presença do profeta e de seus companheiros, manifestou ter dúvidas.
Bilal ( ex-escravo abissínio e primeiro muezzin do islão) lembrou que não há imposição quanto à religião.
Referiu que para alguns Homens basta um instante para decidirem, outros há que buscarão toda a vida.


One, não interessa o que eles falaram, ou a declaração de direitos escrita, interessa a prática. É a prática do decalrado que dá sentido as palavras, do contrário, não passa de um discurso morto. E na prática, na maioria dos países muçulmanos, eles são implacáveis com quem não é islâmico ou com quem critica o islamismo.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #36 Online: 29 de Junho de 2007, 09:13:25 »
Na prática muitos dos países são ditaduras não religiosas e muitas das vezes apoiados pelo mundo democrático.
O que importa realçar é que não é a religião o problema, mas a politica e os interesses do poder temporal.

Na maioria dos países os não muçulmanos não têm qualquer problema.
Lembro que são quase 60 países e só um número restrito costuma ser notícia.

Estou convicto que eles encontrarão o melhor meio de lidar com os seus problemas, não é necessário ir bombardear nações em nome da luta ao terrorismo, isto sim, é uma promoção do terrorismo.
Aliás, basta ler os sites fundamentalistas cristãos dos EUA para entender o interesse desta guerra para eles...

One

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Re: A FIDELIDADE CONSTITUCIONAL
« Resposta #37 Online: 29 de Junho de 2007, 12:55:50 »

 

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