o que está acontecendo nos eua não é nada de novo. desde o começo do século passado já oscilam entre o que se pode sintetizar como duas grandes políticas, uma isolacionista e uma intervencionista. as duas visam a mudar o mundo e exportar os bons valores, sendo que a primeira consiste mais ou menos em simplesmente 'servir de exemplo' (e deve ser o que mais apetece aos democratas hoje, o que não significa que não existam conservadores isolacionistas), e a segunda consiste em causar mais ativamente a mudança. a postura intervencionista tem vários antecedentes que vão desde woodrow wilson até, pasmem, trotsky.
por muito tempo a postura foi isolacionista, o que, se pode dizer, mudou significativamente na virada do século passado com a (salutar) intervenção na primeira guerra.
os estados unidos não deixaram de ser tudo o que eram. as últimas grandes intervenções talvez tenham sido uma cagada, mas a perda de rumo é temporária, os estados unidos já passaram por crises assim antes.
se é pra apontar um caminho, fico com o vira-casaca-fukuyama. as pretensões de mudar o mundo devem continuar mas devem ser postas em prática menos através da intervenção armada do que da intervenção diplomática, econômica e mesmo através do bom exemplo.