Hmm... Embora eu concorde com o Luiz, vejo também um problema ético sério, pelo menos para um
utilitário como eu: ficando os americanos por muito tempo mais (10 anos, digamos), o Iraque permanece
em um estado de guerra civil em (relativamente) pequena escala: carros-bomba, assassinatos, etc. o
que pode levar a mais dezenas de milhares de iraquianos mortos (ou centenas, dependendo de quem
conta), até que uma hipotética estabilidade seja alcançada. Saindo os americanos agora, o Iraque certamente
vai entrar num estado de guerra civil em grande escala, com exércitos de xiitas e sunitas lutando pelas
cidades e realizando atos de genocídio e "limpeza étnica", o que pode significar centenas de milhares
de mortos no curto prazo, até que o país se fragmente em estados xiitas e sunitas, além dos curdos [1].
Ou seja, o que é pior: centenas de milhares de iraquianos mortos em pouco tempo, ou em suaves
prestações?
Eu francamente ainda não sei...

Maldito Cheney & cia.

[1] A saída dos americanos ainda poderia precipitar uma invasão turca no norte do Kurdistão, o que
criaria um rolo maior ainda - e mais dezenas de milhares de mortos. Aliás, o risco de invasão já existe,
o que poderia levar à situação curiosa de americanos enfrentando seus aliados da Otan em território
iraquiano.