Autor Tópico: Não perdem a oportunidade de doutrinar...  (Lida 555 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Herf

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.380
Não perdem a oportunidade de doutrinar...
« Online: 07 de Agosto de 2007, 20:09:31 »
Texto extraído do site da Carta na Escola, da revista Carta Capital. Fala sobre a vida de Charles Darwin, a sua teoria da evolução e... Bem, leiam...

Citar
O futuro a Darwin pertence

A breve e lapidar biografia do formulador da Teoria da Evolução nos leva a entender por que estamos à beira de um colapso coletivo

Intelectual que revolucionou a ciência no século XIX, Charles Darwin (1809-1882) não teve a clássica “vida de cientista”, como demonstra a breve e lapidar biografia Charles Darwin: A Revolução da Evolução, de Rebecca Stefoff. Inicialmente sem vocação definida, não suportou os horrores de um curso de medicina com técnicas primitivas e acabou estudando para clérigo no Christ’s College, em Cambridge, por pressão do pai e por oportunismo (queria tempo livre para as pesquisas, ainda incipientes) – logo ele que seria o descobridor das origens biológicas de um homem agora visto não mais como filho de Deus e sim como lenta construção da natureza, a partir das necessidades de adaptabilidade ao meio.

Não precisou trabalhar como clérigo, a chance de sua vida apareceu logo no início da carreira: acompanhar o capitão Robert FitzRoy a uma viagem pelo mundo no navio Beagle. O interesse pelo estudo dos fenômenos naturais o credenciava para isso, mas também o fato de pertencer à aristocracia, podendo assim entreter o capitão, já que a esse era vedado o contato com a tripulação. A tese que Darwin iria levantar a partir dessa viagem acabaria referendando a soberania social da qual ele fazia parte. Mas isso seriam desdobramentos posteriores.

Darwin ainda nega com sua vida a idéia de que o estudioso da natureza é sempre um viajante incorrigível. Fez apenas essa longa viagem. Embora sejam as Ilhas Galápagos que lhe deram a maior prova da influência do meio (os mesmos animais isolados em ilhas diferentes tinham formações distintas), ele esteve na Bahia e no Rio em 1832, deliciado por nossa floresta tropical, coletando nela, em clima de êxtase erótico, espécimes novos para a ciência.

O naturalista não apenas anotava tudo, mas montava coleções que enviava à Inglaterra. Foram anos de avidez pela variedade natural, quando formou uma verdadeira poupança que lhe seria útil pelo resto da vida. De volta, se recolheu a uma propriedade agrícola e, graças à herança paterna, prosseguiu estudando as variações, conversando com criadores de pombos que faziam experimentos de melhoria genética e escrevendo livros sem nenhuma pressa.

Não se tornou um divulgador de primeira hora do evolucionismo, mas um paciente sistematizador das idéias do período a partir de atentas correlações. Talvez por ser um tímido, por não querer escandalizar, por conta de sua posição social e para preservar as posições religiosas de sua mulher, ele retardou ao máximo a teoria do evolucionismo.

Mais do que um cientista, foi um colecionador e observador, que soube contar uma história implícita, mas irrefutável. Suas duas principais idéias eram, segundo Rebecca Stefoff: “As espécies evoluem e se adaptam às circunstâncias que encontram (e) a seleção natural, que favorece organismos mais bem equipados para sobreviver e se reproduzir, é o principal mecanismo pelo qual as novas espécies lentamente se formam” (pág. 83).

Ele acabou incluindo o homem na escala animal. E se de suas descobertas fez-se um uso social, para provar a supremacia das raças ou classes mais fortes, ele não defendeu esse ponto de vista, restringindo-se a demonstrar os principais mecanismos de evolução e comprovando que, de tempos em tempos, algumas delas são extintas pela incapacidade de se adaptar a um meio que se torna hostil.

Num momento em que o homem se vê ameaçado pela natureza, ler Darwin é uma oportunidade de perceber que estamos à beira de um colapso coletivo. Ao nos humanizarmos, renunciamos ao princípio animal de sobrevivência dos exemplares mais bem equipados. A melancolia do fim da vida não pode ser entendida só como produto do sofrimento biográfico, como afirma Rebecca. Talvez seja decorrente da constatação silenciada de que o homem, ao se afastar dos ancestrais pelo intelecto e pela sensibilidade, determinou o próprio fim.


Darwin explica o mal-estar dos dias de hoje, quando estamos postos entre um capitalismo predador e a compaixão pelos membros mais frágeis não só de nossa espécie.

http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/2007/17/o-futuro-a-darwin-pertence

Offline Herf

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.380
Re: Não perdem a oportunidade de doutrinar...
« Resposta #1 Online: 07 de Agosto de 2007, 20:14:58 »
Impossível ler algo assim sem se lembrar de outra pérola (que foi postada em outro tópico):

Citar
Desse modo, nos impusemos como tarefa analisar a formação do professor de matemática de modo contextualizado com a nossa realidade social atual e reconstituindo a função histórica que a nossa escola e a formação docente desempenharam como reforçadora das desigualdades sociais e mantenedoras do status quo da sociedade capitalista. No levantamento histórico, utilizamos as contribuições de G. Freyre, S. B. de Holanda, C. Prado Júnior, L. Basbaum, C. Furtado, F. de Azevedo, J. K. Galbraith, O. de O. Romanelli, A. Teixeira, entre outros. E, em nossa análise, nos valemos das contribuições de K. Marx, F. Engels, A. Gramsci, M. Chauí, L. Althusser, J. Contreras, O. Skovsmose A. Ponce, M. Gadotti, K. Kosik e outros referenciais próprios da área. A formação do professor de matemática é vista como resultado de um processo histórico-cultural que mantém ainda uma forte herança de elementos de uma sociedade colonial, corroborado pela não participação democrática do povo brasileiro em seu processo de constituição sócio-cultural numa sociedade capitalista e excludente. E o trabalho demonstra que os atuais processos de formação de professor de matemática ainda são fortemente sedimentados numa formação alienada aos ditames de uma sociedade de classes, que não permite ao futuro professor compreender e fazer uso da necessária autonomia inerente à sua atuação, o que o faz atuar como um intelectual orgânico a serviço da consolidação da hegemonia da classe dominante.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25062007-103230/

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/06/juro-que-no-se-trata-de-uma-brincadeira.html

Offline Nightstalker

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.354
  • Sexo: Masculino
  • Suae quisque fortunae faber est
Re: Não perdem a oportunidade de doutrinar...
« Resposta #2 Online: 07 de Agosto de 2007, 20:16:58 »
Parei aqui:

Citar
Texto extraído do site da Carta na Escola, da revista Carta Capital
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Re: Não perdem a oportunidade de doutrinar...
« Resposta #3 Online: 10 de Agosto de 2007, 06:01:59 »
haha... dois.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!