Eu já acho que a saúde pública não deveria cuidar de danos à saúde provocados pelo uso de drogas. Junto com a liberdade, deve vir a responsabilidade de assumir as conseqüências daquilo que escolheu.
Assim, as drogas legais são mais livres de impostos e há conseqüentemente menor possibilidade de vantagem competitiva para um neo-tráfico que não paga impostos.
Acredito que se as coisas não fossem assim, os "usuários" talvez se sentissem mais "livres" para um uso menos comedido, por ter a saúde pública depois para ajudar; ao mesmo tempo, continuariam comprando do tráfico e reclamando do preço da droga legal, claro, que teria que ser cada vez mais alto para custear os problemas de saúde deles, o que essencialmente anula a coisa toda.
O primeiro argumento, de que eles se sentiriam mais seguros pela saúde pública estar lá, é mais fraco, porque de certa forma é assim mesmo hoje, pelo que eu sei. Mas o imposto elevado sobre as drogas cria vantagem ao comércio ilegal, que a menos que fosse também "desilegalizado", teria que ser combatido, e voltaríamos de onde partimos.
Mas acho que mesmo se não houvesse a arrecadação com imposto sobre as drogas, ainda assim os gastos públicos seriam menores com a legalização, pois hoje se tem os gastos com a saúde, sem arrecadação com impostos sobre as drogas, mais os gastos decorrentes do combate ao tráfico.
Fora ainda as perdas de vidas, que com o tráfico implica numa margem de pessoas muito maior, de pessoas que não tem nada a ver com o mundo das drogas, enquanto que com uso mais livre de drogas, ficaria mais restrito às mortes por overdose.