...Dostoiévsky e Nietzsche bem viram que, abolida a transcendência, só o que restava era a vontade de poder.
1) Nietzsche o que disse foi que, não havendo Deus não há transcendência, e por isso a ética, moral e valores não são transcendentes, mas criações humanas (como em relação à escravatura, que as religiões serviram para apoiar com a sua dita moral divina);
2) Nietzche inventou o termo "vontade de poder" que significa «viverem a vida ao máximo e para se realizarem» (...) «e com isto ele estava a pensar não só na política ou nas conquistas mas também nas actividades culturais» ("História da Filosofia", de Bryan Magee). Àqueles que desenvolvem esse potencial máximo chamou de super-homens; exemplos (do livro). [Nietzche teve muita influência das artes.]
Aquele que proíbe olhar para cima faz de si próprio o topo intransponível do universo.
E aquele que acha pensar que existe alguma autoridade absoluta, é capaz de matar o seu próprio filho. Mesmo sem "olhar para cima" somos capazes de servir outros seres-humanos, e até animais (supostamente inferiores).
É uma ironia trágica que tantos adeptos nominais da liberdade busquem realizá-la através da militância anti-religiosa.
Já agora o que é religião?
Por exemplo, Richard Dawkins critica a "ideia de que a religião não deve ser discutida" (já usei essa citação, de uma entrevista que ele participou, noutro tópico recente). Diz que não tem problemas em admitir a existência de Deus como uma hipótese, tal como a existência de unicórnios. Se acharem isso algo impróprio, então estarão a experimentar o que ele critica.
Portanto, qual é o problema de ser anti-religioso. Isso nem significa que é contra a liberdade religiosa, mas que pensa-se que as sociedades viveriam melhor sem religião. A não ser que faças uma colecção de ditadores comunistas, pois claro, que não gostam de concorrência (já leste "1984", de George Orwell? onde é dito algo como "Deus é poder, e somos os seus sacerdotes" - um crítica ao estalinismo).
As religiões podem ter-se tornado violentas e opressivas ocasionalmente, mas a anti-religião é totalitária e assassina de nascença.
Uma palavra: teocracia.
São esses os casos ocasionais?
http://www.youtube.com/my_playlists?p=2CB93D86347A902F&page=6Também já me disseram no YouTube que lá a maior parte dos ateus são idiotas que usam essa "lógica":
1) Hitler era cristão
2) Logo todos os cristãos como Hitler
Fiz umas pesquisas:
http://www.youtube.com/results?search_query=hitler+theism&search=Searchhttp://www.youtube.com/results?search_query=hitler+atheism&search=Searchhttp://www.youtube.com/results?search_query=hitler+religion&search=SearchO que vejo é ateus a dizerem que Hitler não era ateu ("Hitler wasn't an atheist. Deal with it"), e também teístas a dizerem que o resultado do ateísmo e da Teoria da Evolução resume-se em Hitler e comunistas totalitaŕios.
Não é uma coincidência que a Revolução Francesa tenha matado dez vezes mais gente em um ano do que a Inquisição Espanhola em quatro séculos. O genocídio é o estado natural da modernidade "iluminada".
LOL Ah, sim? Quantas pessoas morreram na Revolução Francesa e quantas morreram com a Inquisição? E espera: não foi só com Inquisição, também há as Cruzadas, as matanças descritas nos ditos livros sagrados, as mortes em exorcismos e no povo fanático. Talvez queiras dizer qual é o número de mortes que houve nas guerras.
E que eu saiba a Revolução Francesa não se matou reliosos quaisqueres. Foi com a Revolução Francesa que passou a haver liberdade religiosa. Quem era contra a liberdade religiosa? Bem, o Papa foi bem claro nos seus "Quanta cura" e "O Sílabo de Erros" que dizia que a liberdade religiosa era um erro do "pensamento moderno" (durante a Revolução Francesa).
E diga-me que genocídios existiram. Cá na Europa devem existir muitos, especialmente no Norte, onde têm muitos governantes ateus, como a Suécia e Dinamarca LOL Já viste as estatísticas que relacionam os países com descrentes e os crimes, meu caro?