Fóssil de símio de 10 milhões de anos pode revolucionar teoria da evoluçãoPlantão | Publicada em 13/11/2007 às 10h57m
O Globo Online e Reuters
NAIRÓBI - Um fóssil de 10 milhões de anos encontrado em depósitos de terreno vulcânico na região de Nakali, no Quênia, pode revolucionar as teorias vigentes sobre a evolução dos primatas. A peça, uma mandíbula de uma espécie de símio descoberta em 2005 por uma equipe de pesquisadores japoneses e quenianos, seria muito próxima do último ancestral comum dos gorilas, chimpanzés e humanos. Completa, com 11 dentes, ela preencheria uma espécie de vácuo no registro de fósseis, diz o estudo.
A descoberta desta nova espécie, batizada Nakalipithecus nakayamai, reforça as evidências de que a África foi habitada por vários ancestrais dos símios na metade e no final do período mioceno - entre 23 milhões a 5 milhões de anos atrás - e levanta dúvidas sobre a teoria de que os ancestrais dos símios africanos contemporâneos se extinguiram completamente no continente e foram reintroduzidos na Europa ou na Ásia.
"É provável que estes hominídeos africanos do período mioceno tardio sejam mais ou menos próximos do último ancestral comum dos grandes símios africanos e dos humanos", dizem os autores do estudo, publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences".
Em agosto, outra equipe de paleontólogos, desta vez formada por japoneses e etíopes, anunciou a descoberta de fósseis de dentes com 10 milhões de anos de idade, na região de Afar, na Etiópia. Os pesquisadores afirmaram que os dentes provavelmente pertenciam a uma espécie de "proto-gorila", que batizaram de Chororapithecus abyssinicus. Antes deste, a última descoberta de um fóssil hominídeo deste período na África ocorreu no Quênia, em 1982.
Fonte -
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/11/13/327141578.aspIntessante o assunto.