Estou achando estranha uma coisa. A notícia atribuiu 15 megatons ao cometa do evento Tunguska (Sibéria, 1908); um "asteróide", por definição, não é um cometa (certo?), ou seja, não é feito de "gelo", que pode evaporar mesmo antes de tocar o chão e fazer uma cratera (como em Tunguska), seria rochoso/metálico, e o impacto seria mais sério, se supomos que algo desse material, com o mesmo tamanho vai atingir em uma situação similar no resto das variáveis, não?
Claro que, por outro lado, tamanho em si só não seria lá grande informação.... composição/massa e etc... se bem que, sei lá, não entendo muito disso e talvez não haja muita variação significativa, tendo que ser algo absurdo como um asteróide de diamante para fazer uma diferença mensurável....
Um objeto de gelo não evaporaria de forma completa e gradual dependendo de sua densidade e dimensões. Certamente perderia um tanto de massa durante a entrada na atmosfera e o atrito da queda.
Existem evidências de meteoritos ( ou seja bólidos que atingiram o solo ) de gelo ( possivelmente restos de cometas ) .
De toda forma a maior catástrofe possível ´aquela em que um meteoro explode em pleno ar. A energia dissipada atinge uam grande área abaixo da explosão e não é parcialemnte absorvida na criação da cratera. ( pelo mesmo motivo a Bomba de Hiroshima foi programada a não explodir ao tocar no solo mas a cerca de 600m de altitude, sua devastação seria maior ) .
Em Tunguska não houve formação de cratera pois o bólido explodiu no ar o que causou muito mais devastação.
Leve em consideração tb que um objeto metálico absolutamente sólido não libera tanta energia no impacto quanto um corpo rochoso ( ou feito de gelo ) poroso ( a maioria dos asteróides possuem baixa densidade por se tratarem de aglomerados de rochas unidas pela gravidade e não um corpo massiço ). Um corpo poroso ao explodir liberando muito mais energia do que aquela gerada apenas pela trasformação da energia cinética no momento o impacto.
Utilize o simulador de impactos do Earth Impact Effects Program e observe as diferenças.
As hipóteses alternativas a Tunguska ( colisão de uma partícula de antimáteria, mini-buraco negro, etc ) são de certo modo exageradas. Existiram dezenas de testemunhas oculares que observaram o bólido ( um fireball ) atravessando a atmosfera como um meteoro "default". Não há necessidade de explicações mirabolantes a Tunguska.
Sei lá..imagino que um bloco de pedra faça mais estrago que um bloco de gelo se os dois estiverem na mesma velocidade, angulo e tenham o mesmo volume porque um deles seria bem mais pesado e sólido que o outro.
Ouvi dizer que tb existem alguns de ferro puro, isso confere?[/quote]
Como dito um bloco de pedra sólido não gera a mesma quantidade de energia do que a explosão de um corpo menos denso mas com a mesma massa pois este último é capaz de explodir integralmente e não apenas liberar sua enorme energia cinética no momento do impacto.
Sim os meteoros metálicos são conhecidos por siderólitos. Porém raramente são de um material puro mas de compoisção variada apesar de que algum elemnto predomina ( geralemnte Niquel e Ferro, não por acaso a composição básica do núcleo da Terra )
Espero que a resposta seja a distância entre a Terra e Marte, e que esse aí tenha sido descoberto então por telescópios um pouco mais potentes. Se não for o caso, acho que deveriam promover mais a astronomia e baratear os telescópios, além de pagar algumas pessoas em todo canto ou bolar computadores que façam isso, para rastrear por esse tipo de coisas...
Como mostra minha simulação centenas de asteróides atravessam a órbita da Terra, são os chamados NEOs ( Near Earth Object ). Minha simulação é de apenas 594 asteróides porém são catalogados mais de 2000 deles !
A NASA possui um programa de detecção e acompanhamento destes asteróides em que cada tem seu risco de impacto com a Terra analisado ( escla Torino ). O problema é que a maioria destes NEOs são pequenos variando entre alguns metros ( o diâmetro do 2007WD5 está entre 40 e 90m ) a 100km com brilho fraco. Não apenas uma vez um NEO só foi detectado após sua passagem rasante sobre a Terra .
Existe um cinturão de asteróides entre as órbitas de Marte e Júpter. Não chega a ser um kuiper mas deve provocar uma maior suscetibilidade a impactos naquele planeta, acho.
Os componentes do cinturão de asteróides possuem órbitas estáveis e suficientemente longe de Marte para provocar qualquer impacto a não ser que sua órbita seja modificada por interações com outros asteróides do cinturão o que deve ser bastante raro visto que em apenas um caso temos evidências de que isto ocorreu ( meteoritos restos do asteróide Vesta já foram detectados na Terra).
Os possíveis impactantes de Marte são alguns dos mesmos NEOs que ameaçam a Terra.
Na verdade é mais uma prova de que o aquecimento global tem causa natural; não apenas a radiação solar aquece a terra, mas freqüentemente pequenos corpos entram na atmosfera, atritando-se com ela, gerando calor.
Cerca de 1 tonelada de material meteorítico cai na terra a cada ano porém um meteorito de tamanho médio não passa do diâmetro de um grão de areia. A energia liberada por sua entrada na atmosfera e posterior vaporização libera uma quantidade ínfima de energia, insuficiente para contribuir para o aquecimento da atmosfera.
È bem possível que o aquecimento global possua componentes naturais, apesar de que desconhecidos, mas acredito que a ação antrópica contirbui para a potencialização do processo com o aumento considerável de CO2 na atmosfera.
O clima é um sistema dinâmico que pode apenas ser descrito em termos de caos determinístico desta forma pequenas alterações no clima podem realmente alterar os atratores estranhos da circulação atmosférica gerando mudanças em cadeia que podem ser dramáticas e cujas condições finais são difíceis de serem previstas.
Assim podemos facilmente ver que todas as coisas defendidas pela maioria dos cientistas da área de "climatologia" que publicam na Nature, Science, o Royal Science Institute, etc, são só uns bobocas que são tapeados por qualquer correlaçãozinha besta, e/ou são neolyssenkoístas querendo minar o desenvolvimento econômico de todos.
Acho que existe forte motivo para preocupação por parte da comunidade científica mas não para o escândalo dos ecochatos.
Fora isso, tem lugares na Terra mesmo ficando mais frios. Caso encerrado.
E alguns bem mais quentes

Será que a água agora aparece? O aquecimento provocado na troca de energias poderia derreter algum gelo d'água que possivelmente há no planeta?...vou orar para meu unicórnio rosa para este evento acontecer! Suas energias rosas neutrinos somarão ao hálito gravitacional que exala de sua santa boca e causarão o puxão necessário!
Sim talvez ocorra, se cmadas de gelo estiverem depositadas sob a superfície certamente vapor d'agua será expelido no momento do impacto. Então possivelmente a sonda _ que está em órbita de Marte com um aparato capaz de detctar água na atmosfera e sob a superfície talvez possa encontrar moléculas de água expelidas no momento do impacto.
A sonda
SMART teve uma função parecida colidindo com a Lua na esperança de que espectrometros de neutrons captassem moléculas de água expelidas pela explosão.
Penso que nao, num pequeno planeta com atmosfera as chances sao quase zero imagine num asteroide sem nenhuma protecao do frio ora calor insuportaveis e com ataques direto das radiacoes solares.
É possível que exista alguma coisa viva à bordo do asteróide, e que resista a todas as intempéries da viagem e do impacto?
Microorganismos podem, em forma de esporos, resistir as variações drásticas de temperaturas. Se estiverem encapsulados no interior do asteróide onde são protegidos das grandes variações de temperatura do espaço bem como da radiação solar poderiam, talvez, sobreviver até mesmo ao impacto.
Pesquisas indicam que compostos orgânicos sensíveis como aminoácidos poderiam viajar e serem protegidos desta forma além de serem popuados no momento do impacto. Acredito que microorganismos tb poderiam ser pouco afetados.
Passando tão perto de marte, ele não terá sua orbita alterada após esta aproximação?
Sim, inclusive sua órbita sofrerá uma ligeira variação mesmo dentro das previsões atuais ( sem impacto ).
Se simularmos a trajetória do 2007WD5 por cerca de 100 anos ( 99 anos após o encontro próximo com Marte ) observa-se facilmente a osculação de sua órbita com modificações em sua inclinação e excetricidade ( observe comoa linha da órbita do asteróide , em beje, se torna mais espessa após 100 anos, isto indica que o asteróide está percorrendo novos trajetos a cada órbita) :

Mas a questão de o quanto a evolução da órbita de um asteróide pode ser predita pode ser medida. A determinação do tempo em que uma órbita varia ao ponto de que sua trajetória se torne caótica é claculada pelo "Tempo de Lyapounov". Esta é uma medida do tempo para que trajetórias próximas de um sistema divirjam de um valor e. Assim em um simulador criamos uma quantidade suficiente de imagens virtuais do asteróide que iniciem do mesmo ponto do espaço que o asteróide real e sigam a mesma órbita do asteróide e medimos o tempo necessário para que estes asteróides virtuais começem a divergir em distância um dos outros devido a uam sérire de fatores ( desde a margem de erro dos dados orbitais do asteróide original a forças previstas, como as grandes aproximações a planetas como Terra, Marte e Venus, e não modeladas como efeito do vento e da irradiação térmica solar, forças gravitacionais de planetas como Jupiter e Saturno e até mesmo o sutil puxão gravitacional da galáxia.
No caso do 2007WD5 uma interação tão dramática quanto um encontro tão próximo a um planeta causa que rapidamente as órbitas dos asteróides virtuais começem a se dissipar uma das outras por uma região de incerteza tornando a previsão da evolução a curto prazo da nova órbita do asteróide analisada apenas em termos de probabilidade.
Isto pode ser facilmente observado no gráfico abaixo que mostra a dispersão da distância entre as órbitas do asteróide real e de suas contrapartes virtuais ( neste caso 10 imagens virtuais foram criadas ):

Normalmente, para asteróides mais estáveis, o Tempo de Lyapounov varia entre 20 a 50 anos. Devido ao jogo gravitacional intenso que existirá na máxima aproximação do 2007WD5 com Marte ( como era de se esperar ) o grau de incerteza da órbita aumenta rapidamente ( o que pode ser visto no gráfico,passando de 0.001 a 100 % quase em linha reta ! ).
Realizando, a partir do gráfico, os cálculos do Tempo de Lyapounov temos um tempo de 6 anos, ou seja, em 6 anos a órbita do asteróide terá um tal grau de incerteza que exigirá que novos dados dos elementos orbitais sejam coletados para que futuras previsões da evolução orbital do asteróide sejam feitas com segurança ( é este aumento de incerteza que pode ser visto na penultima simulação ).
Em cerca de 30 anos a posição do asteróide em qualquer tempo poderá ser prevista apenas dentro de uma área de incerteza caso as correções em seus dados orbitais não sejam levados em conta...
...inclusive a possibilidade dele vir a colidir com a Terra caso escape de Marte.
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