Tópico: Proibição do fumo em bares e restaurantes entra em vigor à 0h na França

[Südenbauer]

[Rodion]

Como sou inimigo do cigarro, acho acertada a lei francesa. A atmosfera e a saúde são bens públicos de uso comum, logo, acho a medida correta. Mas correto mesmo, na minha opinião, era proibir a produção de cigarros totalmente.

Seria o mais correto , se a demanda fosse pequena o suficiente para que a sua proibição  não fomentasse um mercado negro , como o das drogas.
Porisso que a melhor estratégia , embora mais lenta , é de desenvolver uma cultura anti-tabágica ( ou não-tabágica) evitando a associação do cigarro com beleza ,charme , ou ascenção social - quem aí não lembra do " Hollywood, ao sucesso!"? Associado a isso , limitar ou banir o uso do cigarro de espaços públicos , restringindo os danos sobre os não-fumantes.
A redução do consumo ,a partir de certo ponto,poderá tornar a indústria do tabaco antieconômica e promover a migração do cultivo do tabaco para outros produtos. A melhor forma de combater um produto danoso à saúde é eliminar a sua demanda e não a sua oferta , sem aquela esta desaparece gradualmente.

isso já está em curso no mundo desenvolvido, luis. de fato, menos e menos pessoas começam a fumar.
e não obstante não param de crescer os lucros da indústria tabagista. isto pois a nova fronteira é o mundo emergente; os dois maiores mercados consumidores do mundo (índia e china) estão na contramão.

[Herf]

Não gosta do restaurante vá para outro? Ah tá... e imagina então se todos restaurantes, pensando no lucro, decidem que se pode fumar à vontade. "O governo não tem que se meter nisso, o mercado vai dar conta e se as pessoas não gostam do local que se retirem, foda-se se era um lugar que tu gostava desde pequeno. O espaço é do dono e lá ele faz o que quiser dentro da lei". Que beleeeezaaaa...

Não tem que se meter mesmo. Não tem o menor sentido usar isso como argumento. Se todos os bares e restaurantes, pensando no lucro, liberassem totalmente o fumo, pressupõe-se que o fumo, na sociedade em questão, seria algo tão disseminado, tão popular, a ponto de que seria suicídio comercial não fazê-lo. Você fala como se o que ocorre nesta situação hipotética fosse a vontade de uma minoria se sobrepondo tiranicamente a de uma maioria, quando na verdade seria apenas a vontade de uma maioria fumante sendo satisfeita pelo processo do mercado, muito mais eficiente que qualquer lei moralista. Por que não ir para outro restaurante se aquele não te agrada? Qual o problema com isso?

Por que alguém que pensa no lucro vai, em uma sociedade composta prdominantemente por pessoas que abominam o cigarro, abrir um bar exclusivo para fumantes?

E digo "situação hipotética" por que esta muitíssimo longe da verdade que não há regras de restrição ao tabaco nos estabelecimentos comerciais impostas pelos próprios donos. Cansei de ver em restaurantes e bares avisos como "proibido fumar das 11:00 às 14:00" ou mesmo proibindo o fumo na parte interior do bar, no caso daqueles bares que também possuem mesas na calçada.

[Adriano]

Entes de personalidade jurídica dependem de conseção estatal para funcionar. O Nightmare já explicou bem isso uma vez por aqui. Por isso que digo que a base do mercado é estruturadas por leis estatais. O mercado tem liberdade restrita em relação a este. A propriedade é privada, mas com destinação social, pública. Se não atender a isso perde os direitos a essa propriedade.

Não é bem assim. As coisas não são 8 e 80. Se formos pensar assim, de forma literal, se você tem dois carros, mas só usa um, o outro deixa na garagem, o Estado poderia desapropriá-lo, e foda-se qualquer razão sentimental para você ter o carro.

Se você tem objetos pessoais guardados, sem utilidade, eles também poderiam ser desapropriados por que não atendem a função social.

No bem da verdade, o Estado defende a "função social" só na hora de desapropriar grandes quantias de terra ou algum terreno/imóvel particularmente valioso e quase sempre por motivo político.

Estava me referindo ao contexto do tópico, o de propriedade privada de uma empresa. Uma pessoa jurídica tem maiores responsabilidades socias do que a pessoa física, dado a concessão do estado para funcionarem segundo regras. Para ser uma pessoa física, basta ser da espécie humana. E a empresa não pode fazer o que quer só por ser dona, tem que atender a legislação. É o mínimo exigido para adentrar ao mercado.

[Spitfire]

Cada lugar deveria ter sua própria política.

Bem definida... isto eu concordo plenamente! 

Pois então... Concorda com o que eu disse.

NEVER!

Sou daqueles que acreditam, ainda, que Al Capone era realmente um bandido... as "idéias" liberais não me são para serem levadas tão ao pé da letra assim... para mim é apenas outra utopia, assim como o comunismo também o é.