Eu li o post, depois lerei os links e procurarei mais coisas.
O que eu estava imaginando não era tanto a esse nível de extinção consideravelmente ameno, como dos mamutes (que são bichos bem molengas e consideravelmente frágeis, se os elefantes servirem de base para comparação - elefantes não sobem morros mesmo que tenha uma boa quantidade de alimento por lá, porque mesmo inclinações consideravelmente sutis não compensam o gasto energético... esse tipo de coisa até me leva a suspeitar de mudanças na topografia devido às movimentações das placas tectônicas como causa das extinções dos grandes saurópodes), mas em mega-extinções em massa, "solar-system wide", um evento que esterilizasse vários planetas de um sistema solar, extinguindo completamente (ou melhor, devastando a um ponto onde ela acaba depois se extinguindo por uma "inércia" ecológica), não apenas causando algumas extinções em massa "menores" em alguns deles.
Acho que num futuro não muito distante deverão haver monte de simulações online de tudo que é coisa à disposição...

...eu não sei, ainda tenho uma impressão intuitiva que uma configuração das órbitas dos planetas poderia fazer as coisas ficarem diferentes para uns e outros.... talvez se por exemplo, tivéssemos algo como os planetas grandes de um lado (idealmente quase que numa seqüência, quando um passa, o outro entra no lugar

), ao mesmo tempo na fase de maior distância e menor velocidade de translação, e ao mesmo tempo um planeta como a Terra do outro lado, mas na mesma situação (também mais distante ao sol), e se a supernova estivesse mais ou menos no mesmo plano, não teríamos um grau de proteção consideravelmente maior do que teríamos se fôssemos pegos "pelo outro lado"; mas, de novo, eu nem entendo nada disso, nem sei quanto tempo isso duraria e etc, essa noção intuitiva é bastante vazia.
... há a possibilidade de se defender um tipo de "paradoxo de Fermi" em nível mais "micro", tanto em dimensões quanto em vida microbiótica, com ainda não se ter notícia de vida nos outros planetas do sistema solar (por outro lado há quem defenda haver chance de haver vida até mesmo em Vênus)... segundo uns, a possibilidade de troca de matéria entre os planetas era bastante alta na época em que a vida começava por aqui. Haviam mais impactos, e mais trocas, e como a vida continuou por aqui apesar deles, é de se imaginar que ela fosse razoavelmente resistente a esses impactos e então poderia haver uma espécie de panspermia em escala de sistema solar (ao menos aqui nos arredores). Há até quem imagine que possamos ser ter ancestrais microbianos marcianos, devido a alguns cenários de origem da vida aparentemente serem melhores para Marte...
E então me perguntava se algo assim, algum tipo de ultra-extinção em massa em nível extra-planetário talvez não resolvesse esse hipotético problema, se é que ele existe... a Terra talvez não fosse uma "aberração" no sentido de ser um único planeta com vida, apenas seria o único planeta em que a vida sobreviveu a esse evento, mesmo que ainda talvez por algumas condições peculiares... talvez os oceanos...