Autor Tópico: Supernovas e extinções em massa num sistema solar  (Lida 1062 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Online: 13 de Janeiro de 2008, 16:31:17 »
É especulável que a vida pudesse ter surgido (e até possa ainda existir) em outros planetas do nosso próprio sistema solar. No entanto, o cenário agora é que apenas a Terra tem ou teve vida com 100% de certeza.

Supondo que tivesse existido vida antes em outros planetas no sistema solar, um evento do tipo supernova poderia ter sido tão drástico a ponto de extinguir a vida em vários planetas ao mesmo tempo?

Eu acho que se é plausível colocar a possibilidade de algo assim ameaçar a vida na Terra, é bem provável que pudesse causar extinções em massa num nível de sistema solar ou até maior.

E ao mesmo tempo, algo como a posição de alguns dos planetas na órbita de sua estrela talvez não poderia amenizar um pouco a coisa para a vida existente neles? Talvez estar suficientemente próximo e "atrás" da estrela que orbita em boa parte do tempo desse evento (mas não faço idéia de quanto dura), enquanto os demais estão em posições mais expostas, ou até atuando como parte do "escudo"?

Ou uma coisa dessas seria tão dramática que praticamente não teria lugar especialmente a salvo num sistema solar, sendo essas configurações de órbitas e cinturões de asteróides e etc, irrelevantes?

E por último, é possível saber se por acaso a vida na Terra é sobrevivente de alguma situação assim, há alguma observação do que quer que "sobre" de uma supernova num raio que teria nos acertado quando a vida na Terra já existia? (se não sobra nada como um "cadáver" da supernova, algum indício mais esparso, algo meio análogo ao modo que detectaram o impacto da extinção K-T, mas talvez disperso no espaço, ou quem sabe até na Terra mesmo)

APODman

  • Visitante
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #1 Online: 13 de Janeiro de 2008, 20:19:09 »
É especulável que a vida pudesse ter surgido (e até possa ainda existir) em outros planetas do nosso próprio sistema solar. No entanto, o cenário agora é que apenas a Terra tem ou teve vida com 100% de certeza.

Supondo que tivesse existido vida antes em outros planetas no sistema solar, um evento do tipo supernova poderia ter sido tão drástico a ponto de extinguir a vida em vários planetas ao mesmo tempo?

CREIO que sim, se estes planetas estiverem na direção do jato de raios-gama e próximos o suficiente da supernova ( o suficiente para que a radiação não tenha tempo de se dispersar pelo espaço ) os impactos em um eventual planeta seriam grandes, especialmente na atmosfera.

Obviamente que a grande exposição a radiação gama poderia produzir destruição ou laterações no DNA o que eventualmente poderia gerar grandes extinções dependendo da espécie afetada e da importância ecológica dela.

A imensa quantidade de radiação expelida por uma Supernova normalmente espalha-se por grandes áreas. Se tomarmos como exemplo  o efeito que o vento solar e radiação ultravioleta de estrelas superluminosas como as do tipo O sobre sistemas solares em formação na nebulosa de Orion ( conhecidos como "Propilideos" ): sua intensa radiação sopra a nebulosa planetária primordial destes sistemas ( fotoevaporação ) "abortando" sua formação mesmo que a estrela superluminosa esteja a algumas dezenas de anos-luz de distância:




Diagrama de um Propilideo, a forma de gota da estrutura é devido ao arraste do material da nebulosa pela radiação de uma estrela superluminosa a algumas centenas de anos-luz.

Uma supernova que ejeta no espaço em um segundo mais radiação do que a estrela superluminosa emitiu durante sua "vida" inteira ( algumas destas estrelas supermassivas emitem em um segundo a mesma quantidade de energia que o Sol emitirá durante 1 ano ! ) uma onda de choque que pode se propagar por vários anos-luz bem como radiação que pode se propagar centenas de anos-luz, mantendo ainda grande intesidade, certamente teria um impacto enorme em um planeta suficientemente próximo.

Citar
Eu acho que se é plausível colocar a possibilidade de algo assim ameaçar a vida na Terra, é bem provável que pudesse causar extinções em massa num nível de sistema solar ou até maior.

Tb acho.

Citar
E ao mesmo tempo, algo como a posição de alguns dos planetas na órbita de sua estrela talvez não poderia amenizar um pouco a coisa para a vida existente neles? Talvez estar suficientemente próximo e "atrás" da estrela que orbita em boa parte do tempo desse evento (mas não faço idéia de quanto dura), enquanto os demais estão em posições mais expostas, ou até atuando como parte do "escudo"?

Não, por maior que seja, por exemplo, Jupiter está a uma distância enorme, a área que ele efetivamente cobre no espaço devido as suas dimensões é ínfima, ele não nos oferecia proteção, nem mesmo um planeta maior.

Além do mais a velocidade órbital de um planeta exterior ao nosso é mais lenta do que  da Terra de modo que rapidamente estariamos fora do alinhamento com este planeta e expostos ao bombardeio total da radiação residual da explosão.
 
Citar
Ou uma coisa dessas seria tão dramática que praticamente não teria lugar especialmente a salvo num sistema solar, sendo essas configurações de órbitas e cinturões de asteróides e etc, irrelevantes?

Sem dúvida a posição de nosso planeta seria irrelevante.

Citar
E por último, é possível saber se por acaso a vida na Terra é sobrevivente de alguma situação assim, há alguma observação do que quer que "sobre" de uma supernova num raio que teria nos acertado quando a vida na Terra já existia? (se não sobra nada como um "cadáver" da supernova, algum indício mais esparso, algo meio análogo ao modo que detectaram o impacto da extinção K-T, mas talvez disperso no espaço, ou quem sabe até na Terra mesmo)

Existem evidências de que já recebemos o bombardeio de material provindo de uma explosão supernova. Normalmente são esférulas de metais com proporções radioisotópicas estranhas a Terra mas características de emissões espectrais de supernovas. Tb a velocidae de impacto destas partículas teria sido próxima aquela da velocidade de expansão da nuvem de detritos da Supernova.

Uma proposta associa a idade destas partículas ( portanto  a idade na qual a radaiação da explosão chegou a nós ) e a extinção dos mamutes.

Leia este artigo . é bem interessante:

- http://www.lbl.gov/Science-Articles/Archive/NSD-mammoth-extinction.html

 A extinção em massa do Ordoviciano tb pode estar relacionada a uma explosão Supernova "próxima". Alguns pesquisadores sugerem que uam supernova explodindo a cerca de 6000 anos-luz nos bombardearia com radiação suficiente para ocasionar uma depleção da camada de ozônio expondo os seres vivos de então a doses maciças de radiação UV solar ocasionado a extinção em massa. A radiação da explosão tb teria ocasionado mudanças climáticas.

O artigo pode ser lido aqui:
- http://findarticles.com/p/articles/mi_qa4067/is_200410/ai_n9458414

O que falta a ambas as propostas é correlacionar alguma super ou hipernova que tenha estado próximo a Terra o suficiente nos momentos das extinções. Se estas propostas estão corretas ainda não encontramos as autoras dos crimes. ;)

Mais em:
- http://physicsworld.com/cws/article/news/5046


[ ]´s
« Última modificação: 13 de Janeiro de 2008, 20:21:21 por APODman »

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #2 Online: 13 de Janeiro de 2008, 23:39:17 »
Eu li o post, depois lerei os links e procurarei mais coisas.

O que eu estava imaginando não era tanto a esse nível de extinção consideravelmente ameno, como dos mamutes (que são bichos bem molengas e consideravelmente frágeis, se os elefantes servirem de base para comparação - elefantes não sobem morros mesmo que tenha uma boa quantidade de alimento por lá, porque mesmo inclinações consideravelmente sutis não compensam o gasto energético... esse tipo de coisa até me leva a suspeitar de mudanças na topografia devido às movimentações das placas tectônicas como causa das extinções dos grandes saurópodes), mas em mega-extinções em massa, "solar-system wide", um evento que esterilizasse vários planetas de um sistema solar, extinguindo completamente (ou melhor, devastando a um ponto onde ela acaba depois se extinguindo por uma "inércia" ecológica), não apenas causando algumas extinções em massa "menores" em alguns deles.

Acho que num futuro não muito distante deverão haver monte de simulações online de tudo que é coisa à disposição... :D ...eu não sei, ainda tenho uma impressão intuitiva que uma configuração das órbitas dos planetas poderia fazer as coisas ficarem diferentes para uns e outros.... talvez se por exemplo, tivéssemos algo como os planetas grandes de um lado (idealmente quase que numa seqüência, quando um passa, o outro entra no lugar :D ), ao mesmo tempo na fase de maior distância e menor velocidade de translação, e ao mesmo tempo um planeta como a Terra do outro lado, mas na mesma situação (também mais distante ao sol), e se a supernova estivesse mais ou menos no mesmo plano, não teríamos um grau de proteção consideravelmente maior do que teríamos  se fôssemos pegos "pelo outro lado"; mas, de novo, eu nem entendo nada disso, nem sei quanto tempo isso duraria e etc, essa noção intuitiva é bastante vazia.



... há a possibilidade de se defender um tipo de "paradoxo de Fermi" em nível mais "micro", tanto em dimensões quanto em vida microbiótica, com ainda não se ter notícia de vida nos outros planetas do sistema solar (por outro lado há quem defenda haver chance de haver vida até mesmo em Vênus)... segundo uns, a possibilidade de troca de matéria entre os planetas era bastante alta na época em que a vida começava por aqui. Haviam mais impactos, e mais trocas, e como a vida continuou por aqui apesar deles, é de se imaginar que ela fosse razoavelmente resistente a esses impactos e então poderia haver uma espécie de panspermia em escala de sistema solar (ao menos aqui nos arredores). Há até quem imagine que possamos ser ter ancestrais microbianos marcianos, devido a alguns cenários de origem da vida aparentemente serem melhores para Marte...

E então me perguntava se algo assim, algum tipo de ultra-extinção em massa em nível extra-planetário talvez não resolvesse esse hipotético problema, se é que ele existe... a Terra talvez não fosse uma "aberração" no sentido de ser um único planeta com vida, apenas seria o único planeta em que a vida sobreviveu a esse evento, mesmo que ainda talvez por algumas condições peculiares... talvez os oceanos...

APODman

  • Visitante
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #3 Online: 14 de Janeiro de 2008, 12:24:20 »
Eu li o post, depois lerei os links e procurarei mais coisas.

O que eu estava imaginando não era tanto a esse nível de extinção consideravelmente ameno, como dos mamutes (que são bichos bem molengas e consideravelmente frágeis, se os elefantes servirem de base para comparação - elefantes não sobem morros mesmo que tenha uma boa quantidade de alimento por lá, porque mesmo inclinações consideravelmente sutis não compensam o gasto energético... esse tipo de coisa até me leva a suspeitar de mudanças na topografia devido às movimentações das placas tectônicas como causa das extinções dos grandes saurópodes), mas em mega-extinções em massa, "solar-system wide", um evento que esterilizasse vários planetas de um sistema solar, extinguindo completamente (ou melhor, devastando a um ponto onde ela acaba depois se extinguindo por uma "inércia" ecológica), não apenas causando algumas extinções em massa "menores" em alguns deles.

Se a Supernova, ou Hipernova ou mesmo uma Nova, estiver próxima o suficiente e "alinhada" de forma ideal com a Terra e outros planetas sua radiação poderia sim causar grande impacto nos planetas que estivessem em seu caminho. E a forma como esta radiação chega ao planeta e como ela danifica a atmosfera poderia levar sim a grandes extinções ( vide proposta para a extinção em massa do Ordoviciano  ).


Citar
Acho que num futuro não muito distante deverão haver monte de simulações online de tudo que é coisa à disposição... :D ...eu não sei, ainda tenho uma impressão intuitiva que uma configuração das órbitas dos planetas poderia fazer as coisas ficarem diferentes para uns e outros.... talvez se por exemplo, tivéssemos algo como os planetas grandes de um lado (idealmente quase que numa seqüência, quando um passa, o outro entra no lugar :D ), ao mesmo tempo na fase de maior distância e menor velocidade de translação, e ao mesmo tempo um planeta como a Terra do outro lado, mas na mesma situação (também mais distante ao sol), e se a supernova estivesse mais ou menos no mesmo plano, não teríamos um grau de proteção consideravelmente maior do que teríamos  se fôssemos pegos "pelo outro lado"; mas, de novo, eu nem entendo nada disso, nem sei quanto tempo isso duraria e etc, essa noção intuitiva é bastante vazia.

O problema Daniel é que por maior que seja um planeta as imensas distâncias que nos separam fazem com que o planeta ocupe uma área irrisória do céu. Jupiter ocupa entre 30 a 40 segundos de arco no céu ( como comparação a Lua ocupa 1800 segundos de arco ) é um tamanho diminuto.

Existem ocasiões em que planetas eclipsam certas fontes de radiação no espaço mas a duração destes eclipses é da ordem de poucos minutos mesmo para Jupiter ! 

Considerando que a radiação que nos chega de uma fonte como uma Supernova leva dias para decair, a efetividade de um bloqueio espacial pelos planetas desta radiação é nula.


Citar
... há a possibilidade de se defender um tipo de "paradoxo de Fermi" em nível mais "micro", tanto em dimensões quanto em vida microbiótica, com ainda não se ter notícia de vida nos outros planetas do sistema solar (por outro lado há quem defenda haver chance de haver vida até mesmo em Vênus)... segundo uns, a possibilidade de troca de matéria entre os planetas era bastante alta na época em que a vida começava por aqui. Haviam mais impactos, e mais trocas, e como a vida continuou por aqui apesar deles, é de se imaginar que ela fosse razoavelmente resistente a esses impactos e então poderia haver uma espécie de panspermia em escala de sistema solar (ao menos aqui nos arredores). Há até quem imagine que possamos ser ter ancestrais microbianos marcianos, devido a alguns cenários de origem da vida aparentemente serem melhores para Marte...

Sim, esta troca ocorreu e ainda ocorre em menor escala como mostram as partículas de origem Supernova nos leitos ocêanicos ( veja meu post anterior ).

Apesar de que eu acho que a panspermia de organismos prontos ser muito difícil.


Curiosamente no Brasil ( e apenas aqui ) temos um dos melhores exemplos de material residual de explosões Supernovas que nos atingiu: os Diamantes Negros ou Carbonados:



Citar
Cientistas de duas universidades norte-americanas agora descobriram que esse tipo muito específico de diamante, que não é encontrado em nenhuma mina na Terra, tem uma origem extra-terrestre.

"Elementos traço críticos para uma origem 'ET' são o nitrogênio e o hidrogênio," afirma Stephen Haggerty, um dos autores do artigo que descreve a descoberta. A presença de hidrogênio nos diamantes carbonados indica que eles foram formados em um ambiente rico nesse gás, no espaço interestelar.

O diamantes tradicionais são minerados a partir de rochas vulcânicas chamadas kimberlitos. Eles também podem ser extraídos de fontes secundárias, chamadas aluviões, que se formam quando os kimberlitos são desgastados pela ação dos agentes naturais e fazem com que os diamantes soltem-se da rocha original e se acumulem, principalmente em cursos d'água.

Essa formação é praticamente idêntica em todas as minas ao redor do mundo. Mas nenhuma delas é compatível com a formação dos diamantes carbonados. Todas as minas de diamante do mundo em conjunto produziram cerca de 600 toneladas de diamantes convencionais desde 1900. Mas nenhuma delas produziu um quilate sequer de diamantes negros.

Segundo os pesquisadores, os diamantes carbonados foram formados em explosões de estrelas chamadas supernovas. Quando chegaram à Terra, eles eram do tamanho de asteróides, medindo até um quilômetro de diâmetro.

fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010130070118

A fonte do artigo completo da pesquisa que demonstrou a origem extraterrena dos carbonados:
- http://www.fiu.edu/~jgara002/research%20statement/carbonado/carbonado-infrared.htm

Citar
E então me perguntava se algo assim, algum tipo de ultra-extinção em massa em nível extra-planetário talvez não resolvesse esse hipotético problema, se é que ele existe... a Terra talvez não fosse uma "aberração" no sentido de ser um único planeta com vida, apenas seria o único planeta em que a vida sobreviveu a esse evento, mesmo que ainda talvez por algumas condições peculiares... talvez os oceanos...

Como visto acho que esta hipótese dos escudos planetários não resolveria o problema. :P


[ ]´s

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #4 Online: 14 de Janeiro de 2008, 17:14:50 »
Mas, independentemente do efeito de "escudo gravitacional" ser negligenciável, a distância em si, uns planetas estarem "do lado atingido" do sistema solar e outros do outro lado... talvez esses pudessem ser significativamente mais afetados em comparação a algum do outro lado, sendo praticamente esterilizados enquanto o outro tem a vida um pouco menos afetada.... sei lá... mas poderia ser que essa distância apenas não significasse muita coisa também...

(não quero paracer um crackpot insistindo numa teoria imbecil, mas temo que é quase o caso, ainda que eu esteja pensando mais como possibilidade teórica do que como hipótese histórica :D )

(...e ainda vou pesquisar um pouco para ver sobre o possivel papel dos oceanos... :D )

Offline Diego

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.835
  • Sexo: Masculino
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #5 Online: 14 de Janeiro de 2008, 17:21:33 »
Pra uma supernova que está a mais de 1000 anos luz, algumas horas luz (chutando o tamanho do sistema solar) não são absolutamente nada...
« Última modificação: 14 de Janeiro de 2008, 17:31:03 por Diego »

APODman

  • Visitante
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #6 Online: 14 de Janeiro de 2008, 17:29:46 »
Mas, independentemente do efeito de "escudo gravitacional" ser negligenciável, a distância em si, uns planetas estarem "do lado atingido" do sistema solar e outros do outro lado... talvez esses pudessem ser significativamente mais afetados em comparação a algum do outro lado, sendo praticamente esterilizados enquanto o outro tem a vida um pouco menos afetada.... sei lá... mas poderia ser que essa distância apenas não significasse muita coisa também...

O Diego acabou por responder a questão.

Citar
(não quero paracer um crackpot insistindo numa teoria imbecil, mas temo que é quase o caso, ainda que eu esteja pensando mais como possibilidade teórica do que como hipótese histórica :D )

(...e ainda vou pesquisar um pouco para ver sobre o possivel papel dos oceanos... :D )

Legal, traga aqui o que vc encontrar !

[ ]´s






Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #7 Online: 14 de Janeiro de 2008, 17:36:45 »
[crackpot resistindo até o último minuto]

Mas a explosão da supernova acaba em algum lugar, eventualmente ela "enfraquece"... talvez no limiar entre a explosão e o fim dela a diferença fosse significativa...

Mas provavelmente a gradação deve ser mais tênue, a situação sendo mais "igual" por longas distâncias, de forma que seria praticamente a mesma coisa mesmo assim :/


[crackpot inventando mais muletas ad hocs para sua teoria natimorta]

Talvez o sol fizesse mais diferença se coincidentemente estivesse num período de atividade solar excepcional... a radiação do sol tem esse efeito de bloquear raios cósmicos :P

[/crackpot inventando mais muletas ad hocs para sua teoria natimorta]

[/crackpot resistindo até o último minuto]

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Supernovas e extinções em massa num sistema solar
« Resposta #8 Online: 15 de Janeiro de 2008, 09:09:02 »
Bom, a intensidade de radiação decai com o quadrado da distância. Mas faz a conta: uma supernova explode a mil anos-luz daqui e a radiação chega ao nosso sistema solar com força o bastante para ser letal. Vou ser generoso e dizer que "o nosso sistema solar" se estende até 1 ano-luz de distância do Sol. Torna as contas mais simples.

Então, se I_0 for a intensidade de radiação nas proximidades da supernova, I_s no limite do nosso sistema solar e I_t na Terra; e se R_s for a distância da Supernova ao limite do sistema solar e R_t a distância da Supernova à Terra:

R_t = 1000 a-l
R_s = 999 a-l

R_s/R_t = 0,999

I_s = I_0/(R_s)^2

I_t = I_0/(R_t)^2

I_t/I_s = (R_s)^2/(R_t)^2=(0,999)^2

Ou seja, a diferença é mínima. E quanto mais longínqua a supernova, mais ínfima vai ser a diferença.
« Última modificação: 15 de Janeiro de 2008, 09:11:18 por Dbohr »

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!