Enquete

Você aceitaria pagar mais impostos, se tivesse a certeza de que o dinheiro arrecadado seria utilizado para melhorar as condições de vida dos brasileiros?

Sim, aceitaria; o importante é o bem do povo.
Não aceitaria; não suporto mais pagar impostos.
Não aceiteitaria, mas me conformaria com o tempo. Afinal, isso é algo necessário.
Não há utilidade em criar uma enquete tão idiota, pois sempre haverá desvio do capital público. =P

Autor Tópico: Sobre novos impostos.  (Lida 2225 vezes)

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Offline Nyx

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Sobre novos impostos.
« Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:23:53 »
 :)

Offline Andre

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #1 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:27:53 »
Não aceitaria. Quanto maior a arrecadação do governo, maior a corrupção. No final não haveria benefício algum.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Artefacts.of.Chaos

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #2 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:30:39 »
sei lá... eu sou alérgico a política, então continuo acreditando que o dinheiro não vai ser bem distribuído, se uma parcela dele fosse bem aplicado nós teriamos melhorias visíveis... e isso eu pelo menos não vejo... e acho meio improvável de mudar.......
Não se deve explicar o que não se sabe por meio do que não se vê.

Offline Pregador

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #3 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:37:59 »
Já temos uma carga tributária que, teoricamente, garantiria serviço público de uma qualidade muito superior a atual. Mesmo que a carga tributária fosse 70% do PIB (hoje está em torno de 38%), as coisas seriam as mesmas em termos de serviço público, só que o desvio seria muito maior.

Lembrando que nossos vizinhos e próximos Argentina, México, Uruguai, Chile etc etc, tem carga tributária em torno de 20% do PIB, alguns um pouquinho mais, outros um pouco menos...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Nyx

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #4 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:38:42 »
Não aceitaria. Quanto maior a arrecadação do governo, maior a corrupção. No final não haveria benefício algum.

Então você propõe o quê? Que melhorias sociais se tornem responsabilidade de grupos particulares?

Mas quem iria pagar pelo benefício dos necessitados, se cada um iria querer que seu dinheiro fosse utilizado apenas em proveito próprio?

Offline Nyx

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #5 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:40:38 »
Já temos uma carga tributária que, teoricamente, garantiria serviço público de uma qualidade muito superior a atual. Mesmo que a carga tributária fosse 70% do PIB (hoje está em torno de 38%), as coisas seriam as mesmas em termos de serviço público, só que o desvio seria muito maior.

Lembrando que nossos vizinhos e próximos Argentina, México, Uruguai, Chile etc etc, tem carga tributária em torno de 20% do PIB, alguns um pouquinho mais, outros um pouco menos...

 :( E alguns desses países tem uma qualidade de vida muito superior ao Brasil.

O problema não está na quantidade de impostos, está no desvio e na incorreta utilização dos recursos.  :(

Alguma sugestão para reverter o quadro?  :|

Offline Dbohr

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #6 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:41:08 »
Fecho com o Amenemés. Além disso, uma situação em que o dinheiro de um novo imposto seja bem utilizado é uma situação em que os impostos atuais também seriam bem utilizados.

Offline Pregador

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #7 Online: 22 de Janeiro de 2008, 12:48:33 »
Não aceitaria. Quanto maior a arrecadação do governo, maior a corrupção. No final não haveria benefício algum.

Então você propõe o quê? Que melhorias sociais se tornem responsabilidade de grupos particulares?

Mas quem iria pagar pelo benefício dos necessitados, se cada um iria querer que seu dinheiro fosse utilizado apenas em proveito próprio?

Primeiro de tudo "furtar" menos o dinheiro do povo por parte dos políticos e administradores. Segundo, acabar com uns 70% dos privilégios de inúmeros funcionários públicos. 3 - Cortar gastos : não precisamos de 18 ministérios, não precisamos destinar dinheiro para MST, não precisamos do INCRA (o órgão devia ser extinto, não faz sentido criar aldeias indígenas, não faz sentido criar quilombolas, não faz sentido pagar militares para ficarem cortando grama e dando jantares glamurosos e mais festas as nossas custas. 4 - Não faz sentido o poder central em Brasília, afinal, somos uma federação e não um Estado Unitário. 5 - Não precisamos de um ministério da cultura também. Não precisamos de empresas estatais como os Correios, bancos etc. 6 - Precisamos negociar duro sobre esta estória de ficar pagando juros da dívida externa para o Clube de Paris, precisamos coagí-los a quitar a dívida desde a época do Império e simplesmente ameaçá-los com moratória. 7 - Não precisamos de tantos vereadores, não precisamos de tantos deputados, nem se assembléias estaduais.

Se fôssemos uma federação, cada cidade teria seus vereadores e cada estado sua câmara legislativa. No âmbito federal, deveríamos ter os mesmos deputados das assembléias estaduais, com uma única remuneração obviamente.

Não precisamos de tantos encargos e direitos trabalhistas.

A Lela...dá pra cortar tanta coisa inútil que faltaria tópico para isso.

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Offline Dbohr

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #8 Online: 22 de Janeiro de 2008, 13:05:16 »
Tirando a parte sobre o MinC e sobre todos os bancos estatais (acho que apenas um ou dois bastariam), concordo contigo. O Brasil arrecada muito dinheiro, tem é que racionalizar os gastos.

Offline Ricardo RCB.

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #9 Online: 22 de Janeiro de 2008, 13:06:54 »
Só concordarei com novos impostos quando melhorarem a maneira como o Estado Brasileiro (todos os níveis) gastar melhor. Até lá fico com a 2a opção da enquete.
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Donald Kendall

Offline Andre

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #10 Online: 22 de Janeiro de 2008, 13:28:06 »
Citar
Os resultados provem nenhum apoio à hipótese que redução de impostos diminuam os gastos governamentais; pelo contrário, eles sugerem que redução de impostos pode aumentar os gastos, na verdade.

Desse artigo
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline J Ricardo

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #11 Online: 22 de Janeiro de 2008, 13:34:41 »
Eu pagaria mais, mas teria que melhorar muito, muito mesmo.

Offline Rodion

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #12 Online: 22 de Janeiro de 2008, 14:35:54 »
a criação de impostos não previstos na constituição é ilícita :)
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline CyberLizard

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #13 Online: 22 de Janeiro de 2008, 14:55:27 »
Nao aceitaria de forma alguma. Nem que o dinheiro seja "bem aplicado". O quanto ja pagamos atualmente ja eh o bastante para que um estado seja atuante e interfira na sociedade para melhorar as condicoes de vida da populacao. O que nos ja pagamos eh absurdamente muito.

Nao adianta cobrar mais. Eh preciso aproveitar melhor o dinheiro e evitar gastos desnecessarios. Eh preciso urgentemente acabar com a corrupcao.

E eu nao pagaria mais nem que fosse melhorar muito. Colocar nas maos do estado uma quantidade tao grande de responsabilidades que justifique um aumento de nossos impostos (que ja sao altos demais) eh incentivar a corrupcao. Nao acho que os beneficios compensem os problemas de uma carga tributaria alta demais.

Offline Pregador

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #14 Online: 22 de Janeiro de 2008, 14:55:39 »
a criação de impostos não previstos na constituição é ilícita :)

Já das contribuições...
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Offline Rodion

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #15 Online: 22 de Janeiro de 2008, 15:08:35 »
a criação de impostos não previstos na constituição é ilícita :)

Já das contribuições...

pois é. é uma vedação pra inglês ver...
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Offline Nohai

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #16 Online: 22 de Janeiro de 2008, 15:22:07 »
Acredito que precisamos de uma boa reforma tributaria. E destinar o dinheiro arrecadado para os seus objetivos. Não engulo mais aquela historia "precisamos da/do (siglas) para atender a area da saude ou da educação". Creio que se precisa de quantia x para atender as necessidades da saude publica, pois que faça um imposto dedicado a isto, e só para isto. Ah, claro... seria interessante que o dinheiro chegasse de fato.
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Rhyan

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #17 Online: 22 de Janeiro de 2008, 18:20:54 »
Mais?
Se não me engano, desde 2000 já foi arrecadado +/- 4,5 trilhões.

Offline Nohai

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #18 Online: 22 de Janeiro de 2008, 18:41:15 »
Mais?
Se não me engano, desde 2000 já foi arrecadado +/- 4,5 trilhões.
E onde eles foram parar? Eis a questão que o povo se faz!
Era uma vez um pintinho chamado Relam, toda vez que chovia Relam piava.

Offline André Teixeira Jacobina

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #19 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 06:30:28 »
Já temos uma carga tributária que, teoricamente, garantiria serviço público de uma qualidade muito superior a atual. Mesmo que a carga tributária fosse 70% do PIB (hoje está em torno de 38%), as coisas seriam as mesmas em termos de serviço público, só que o desvio seria muito maior.

Lembrando que nossos vizinhos e próximos Argentina, México, Uruguai, Chile etc etc, tem carga tributária em torno de 20% do PIB, alguns um pouquinho mais, outros um pouco menos...

 :( E alguns desses países tem uma qualidade de vida muito superior ao Brasil.

O problema não está na quantidade de impostos, está no desvio e na incorreta utilização dos recursos.  :(

Alguma sugestão para reverter o quadro?  :|

Eu tenho Lela. Em uma palavra, democratização. Se o poder fosse mais descentralizado, e não concentrado na mão dos políticos, e a democracia fosse ampliada, não meramente política, mas social e econômica, a corrupção iria diminuir. E a lógica por tras disso na verdade é muito simples. Quanto mais se concentra poder, quanto menos pessoas vc tem que responder, mais fácil é ser corrupto e não ser pego. A impunidade é resultado em grande medida da concentração de poder dos políticos.

Concordo com muito do que o Amenemés escreveu. Discordo apenas nos direitos trabalhistas, é possível que tenham excessos, mas os direitos do trabalhador, para quem não sabe, são resultado de uma luta longa. Essa luta impediu, por exemplo, o regime de semi-escravidão vigente no Brasil no inicio  do séc XX como indicou Mário Augusto da Silva Santos no trabalho "A república do Povo". Essa que se baseava justamente na liberdade total do contrato, que na prática submetia os trabalhadores a um regime de semi-escravidão terrível. Não podemos retroceder há isso, e a ausência de direitos trabalhistas é justamente a liberdade de opressão ao trabalhador.

Porém o que o Amenemés escreveu, sobre diminuição da quantidade dos políticos, de muitos gastos desnecessários, tudo cai na administração do Estado, já tendo o poder em mãos, ele descreveu o que ele faria com o poder, ou o que gostaria que outros, com o poder, fizessem. Um problema outro, antecede esse, qual seja, o do sistema político. Ele pincela isso quando defende o federalismo pleno, mas para mim, isso não é suficiente.

Para de fato fazer as coisas acontecessem é necessário poder, e a classe política já demonstrou, de forma predominante, não ser confiável para isso. Se não podemos abrir mão deles, podemos sim, diminuir a quantidade de cargos, e retirar boa parte do poder de decisão, sendo esse da população. Empoderar a população alias, é também, de quebra, a solução para a ineficácia do sistema público. Eu peço por um momento que vc pensasse que houvesse um órgão, estilo PROCON, totalmente aberto ao público, e que a população, fazendo uso desse, teria poder de primeiro, cortes salários, e até demissão, sobre funcionários públicos ineficientes e corruptos, com dispositivos de denuncia e avaliação. Assim como bônus salariais para setores largamente bem avaliados. Existem setores públicos, como saúde, e outros de serviços, essenciais, com esse órgão, e controle popular, seriamos nós a fazer eles funcionar, os que não funcionassem perderiam o emprego, e seriam abertos concursos, e os bons seriam recompensados de maneira justa pela sua eficiência.

Por isso eu repito, a solução, para a maioria dos problemas da política, reside naquilo que é o oposto ao maior mal da política. Se o maior mal da política é o autoritarismo (raiz dos outros males) é na democratização, ampla, que transfere poder e responsabilidades, para os cidadãos, que se encontra o caminho para o continuo aperfeiçoamento.

Lembrando que política se aprende fazendo, não se deve esperar a população ficar culta para ter o poder, deve-se caminhar para que tenha o poder, e com seu uso, ganhe educação política na prática. Com erros e acertos.
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Offline Ricardo RCB.

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #20 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 10:47:45 »
Considerando o atual quadro político brasileiro, André, como você acha que idéias como a sua poderiam ser implementadas e em quanto tempo?

Pergunto porque eu não consigo ver a atual classe política largando o osso e abrindo mão de tantas coisas.
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Donald Kendall

Offline Nightstalker

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #21 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 12:32:19 »
Considerando o atual quadro político brasileiro, André, como você acha que idéias como a sua poderiam ser implementadas e em quanto tempo?

Pergunto porque eu não consigo ver a atual classe política largando o osso e abrindo mão de tantas coisas.

A democracia ampliada funciona bem na Suíça porque lá é um país bem pequeno, muitíssimo rico e dividido em cantões os quais há praticamente uma homogeneidade cultural. Esse sistema só se mostrou viável em populações de número bem reduzido.
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Offline Ricardo RCB.

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #22 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 12:36:43 »
Considerando o atual quadro político brasileiro, André, como você acha que idéias como a sua poderiam ser implementadas e em quanto tempo?

Pergunto porque eu não consigo ver a atual classe política largando o osso e abrindo mão de tantas coisas.

A democracia ampliada funciona bem na Suíça porque lá é um país bem pequeno, muitíssimo rico e dividido em cantões os quais há praticamente uma homogeneidade cultural. Esse sistema só se mostrou viável em populações de número bem reduzido.

De acordo.
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Offline André Teixeira Jacobina

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #23 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 13:52:51 »
Considerando o atual quadro político brasileiro, André, como você acha que idéias como a sua poderiam ser implementadas e em quanto tempo?

Pergunto porque eu não consigo ver a atual classe política largando o osso e abrindo mão de tantas coisas.

Primeiro a idéia teria que se difundir, a população teria que se convencer que acreditar toda vez em um messias diferente não é solução para seus problemas. Já essa parte iria demorar quanto depende das pessoas. Cada ser humano pode ser um agente dessa popularização. Depois disso, teriam que haver demonstrações públicas e apoio apenas aos políticos comprometidos com essa idéia, além da formação de novos políticos, dentro do movimento. Além do que, definir isso como uma prioridade, isolando aproveitadores e caronistas.

Enquanto gente inteligente como o Night, não acreditar, isso em si, é um empecilho. Forças como conservadorismo, contra a mudança, ou elitismo, acreditar que o povo é ignorante e não merece confiança, são poderosas, e estão incrustadas na mente das pessoas. Para além da dificuldade que vc mencionou dos políticos estarem com suas garras firmes no poder. As dificuldades são tremendas, arrisco dizer que o quadro por enquanto é altamente desfavorável, e infelizmente favorável a idéias autoritárias. A grande vantagem no debate, de modelos mais democráticos, é que quando vc demonstra, o elitismo, e a defesa dos interesses dos políticos, contrastando com os interesses populares, para a maioria, vc ganha o debate, autoritarismo, claro, é algo repugnante e tende a não ser popular quando exposto, somente se torna popular em povos desesperados, ou com medo.

Detalhe o fato de funcionar bem na Suíça, não significa que com mudanças não possa funcionar bem em qualquer lugar. Isso depende apenas de adaptações a cada realidade. Eu nesse aspecto simpatizo muito com os norte-americanos, povo que quando os outros dizem "não podemos", "não dá", mentalidade comum de terceiro mundo, eles dizem "nós podemos". As coisas mudam, isso é inegável, e o primeiro passo, é acreditar que é possível, depois é agir nessa direção.

Ou como diz Professor Edison (um personagem no meu livro) falando sobre a mentalidade de não se acreditar que é possível caminhar para transformações " A descrença é a primeira desculpa da apatia, a indiferença é o primeiro sintoma do egoísmo".
« Última modificação: 19 de Fevereiro de 2008, 14:01:17 por André Teixeira Jacobina »
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Offline André Teixeira Jacobina

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Re: Sobre novos impostos.
« Resposta #24 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 13:58:49 »
Considerando o atual quadro político brasileiro, André, como você acha que idéias como a sua poderiam ser implementadas e em quanto tempo?

Pergunto porque eu não consigo ver a atual classe política largando o osso e abrindo mão de tantas coisas.

A democracia ampliada funciona bem na Suíça porque lá é um país bem pequeno, muitíssimo rico e dividido em cantões os quais há praticamente uma homogeneidade cultural. Esse sistema só se mostrou viável em populações de número bem reduzido.

De acordo.

O que não significa que com adaptações a realidade local, não possa funcionar em outros lugares. Esse argumento me parece totalmente frouxo, aceita-lo, para mim, é uma postura conservadora, e uma mentalidade de não acreditar no potencial humano. Somente eles são capazes por isso e isso, nós não podemos. Logo aceitamos a corrupção dos políticos, aceitamos que tenham o poder, ou pior, defendemos um golpe de esquerda, ou golpe militar, quando soluções autoritárias, a esquerda e a direita, são o oposto de uma solução. E isso, a solução autoritária de direita, já foi testada, e a de esquerda temos vários exemplos da tragédia que é. A outra alternativa é achar que a melhor forma possível é a atual, e isso é um fatalismo tão grande, que de fato contribui para que se perpetue.


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