Autor Tópico: Fiéis da I.U.R.D processam a Folha de São Paulo  (Lida 2635 vezes)

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Offline Nightstalker

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Re: Fiéis da Universal processam "Extra" e "A Tarde"
« Resposta #25 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 12:38:07 »
Fascismo Pentescostal.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline gogorongon

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Re: Fiéis da Universal processam "Extra" e "A Tarde"
« Resposta #26 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 20:32:18 »
Citação de: Folha Online
Abraji condena tentativa da Universal de intimidar jornalistas e critica indústria de ações

da Folha Online

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou nota hoje condenando o que chamou de ação orquestrada pela Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) para intimidar veículos de imprensa e jornalistas que escrevem reportagens sobre o patrimônio da igreja com ações na Justiça. As ações foram lançadas em diversos pontos do país por pastores e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, desde que a jornalista da Folha Elvira Lobato fez uma reportagem sobre o império da Universal, construído nos últimos 30 anos. Os fiéis também ajuizaram na Justiça ações contra os jornais "A Tarde", de Salvador (BA) e o "Extra", do Rio.

Em nota, a Abraji diz que o "comportamento da Iurd difere do legítimo direito de todo cidadão de buscar na Justiça a reparação de uma ofensa". "É um recado enviado a repórteres e empresas de comunicação, buscando enredá-los em uma teia de temor difuso, que pode alcançar a todos e qualquer um, a qualquer momento, bastando que alguém se atreva a fazer aquilo que um jornalista faz cotidianamente por dever de ofício: investigar, relatar e publicar."

Na nota, a Abraji alerta para o crescimento, em vários países do mundo, da tendência de utilizar a Justiça na tentativa de impedir a livre circulação de informações". A Abraji propõe ainda a "discussão aprofundada do fenômeno conhecido como "indústria de ações judiciais".

"É e deve continuar a ser inalienável o direito de uma pessoa, instituição ou empresa buscar a reparação de seus direitos na Justiça por possíveis danos causados pela mídia. Mas também são necessários mecanismos para impedir a eventual litigância de má-fé contra jornalistas e empresas de comunicação. É urgente debater o tema também nos meios jurídicos e nos poderes da República. Sem providências institucionais, corre perigo um dos pilares do Brasil democrático: o livre exercício do jornalismo para fiscalizar e bem informar a população."

Ontem, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e ANJ (Associação Nacional de Jornais) também divulgaram nota para criticar a tentativa da Iurd de intimidar jornalistas e veículos de comunicação.

Em nota, o vice-presidente da ANJ, Júlio César Mesquita, diz que "está claro que todos esses pedidos de indenização, redigidos praticamente nos mesmos termos, partem de uma mesma origem e com um mesmo objetivo. É uma tentativa espúria de usar o Poder Judiciário contra a liberdade de imprensa, ameaçar o livre exercício do jornalismo e privar o cidadão do direito de ser informado."

A Abraji, com base em levantamento da revista eletrônica Consultor Jurídico, diz haver no Brasil 3.133 processos contra profissionais da mídia. "O valor médio das indenizações requeridas em 2003 era de R$ 20 mil e no ano passado foi de R$ 80 mil", diz em nota.

"A ABI dirige-se aos magistrados responsáveis pelo julgamento dessas ações para alertá-los acerca dos danos que o deferimento do pleiteado pode causar à democracia no país, objeto de um processo de construção ainda não encerrado e que deixou ao longo da recente História do Brasil não poucas vítimas e não poucos mártires", diz nota da ABI.

Editorial

A Folha desta terça-feira (19) publica em sua primeira página um editorial sobre os processos movidos por fiéis da Iurd contra os jornais "Extra", "O Globo", "A Tarde" e contra a própria Folha.

O editorial diz diz que a Folha sempre repeliu o "preconceito religioso". Mas que a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à verdade" é que estão sob ataque, e não "liberdade para esta ou aquela fé religiosa ".

Citação de: Folha Online
Lula não vê ameaça à liberdade de imprensa em ações da Universal

da Folha Online

Questionado sobre as ações movidas por fiéis e pastores da Igreja Universal contra jornais e jornalistas que escreveram reportagens investigativas sobre o crescimento do patrimônio da igreja, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje não ver nisso uma ameaça à liberdade de imprensa. Os fiéis entraram com ações na Justiça contra os jornais "Extra", "O Globo", "A Tarde", e contra a Folha.

"A Igreja Universal utilizou o Poder Judiciário. Ela está utilizando um dos pilares da democracia para questionar o jornal", respondeu Lula ao ser questionado se as ações da Iurd contra jornais e jornalistas representavam uma ameaça contra a liberdade de imprensa.

Nos processos movidos contra a Folha, os fiéis se dizem ofendidos pelo teor de uma reportagem da jornalista Elvira Lobato, publicada em dezembro, que descreve as milionárias atividades do bispo Edir Macedo

Para Lula, "liberdade de imprensa pressupõe a imprensa escrever o que quiser (...). Mas pressupõe também que a pessoa se sentir atingida vá à Justiça para provar a sua inocência. Não pode ter liberdade de imprensa se apenas um lado achar que está certo. Então, liberdade de imprensa pressupõe uma mistura de liberdade e responsabilidade. As pessoas escrevem o que querem, depois ouvem o que não querem", disse o presidente.

Lula afirmou ainda que, no dia em que a "Folha se sentir atingida pela Igreja Universal, ela vai processar a Igreja Universal". "E no dia que a Igreja Universal se sentir atingida pela Folha, ela vai processar a Folha. E, assim, a democracia vai se consolidando no Brasil."

A Folha desta terça-feira (19) publica em sua primeira página um editorial sobre os processos movidos por fiéis da Iurd contra jornais e jornalistas.

O editorial diz que a Folha sempre repeliu o "preconceito religioso". Mas que a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à verdade" é que estão sob ataque, e não "liberdade para esta ou aquela fé religiosa ".

 

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