Autor Tópico: Afeganistão  (Lida 12890 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re: Afeganistão
« Resposta #50 Online: 17 de Agosto de 2009, 08:53:49 »
Go go go, A-F-E-G-A-N-I-S-T-Ã-O!!
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Mr. Mustard

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Re: Afeganistão
« Resposta #51 Online: 17 de Agosto de 2009, 09:38:24 »
[Mode Espírita ON]
Essa mulheres merecem, afinal, pecaram demais servindo de virgens no paraíso para os homens bomba, agora elas devem vir para terra para sofrerem as consequencias e evoluírem.
[Mode Espírita OFF]

Offline diego_h

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Re: Afeganistão
« Resposta #52 Online: 17 de Agosto de 2009, 23:22:52 »
pais bom esse hein. podes ter quantas quiseres e ainda nenhuma das que tiveres podera recusar do fruto sagrado...

num bairro vizinho ao meu tem um caso que todo mundo da regiao conhece (eu como professor da rede publica nao iria ficar de fora ne?) de um cara que tem duas esposas, bem ao que me consta, eles decidiu que ia casar com as duas e......... casou. e se elas nao o atendem (nao me refiro a apenas sexo).......... soco nelas. kkkk
Mas pelo menos o cara vai à igreja né, entao ele ainda é melhor que todos aqui que nao fazem coisas ruins so pra disfarçar, pois sao todos servos do dEMO.
Mas realmente o caso é engraçado (diga-se tragico), ninguem faz nada pelas mulheres que sofrem violencia, nem pelos quase VINTE, filhos do cara...


Equipe: Gracie Barra BH SM - Professor: Mucio Maia

"É amplamente aceito que a passagem de politeismo para monoteismo é uma evolução da especie...
falta agora aceitar que subtraindo mais um deus esta evolução alcançará seu máximo ..."


“Uma visita ao hospício mostra que a fé não prova nada.” Friedrich Nietzsche

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Offline Hugo

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Re: Afeganistão
« Resposta #53 Online: 18 de Agosto de 2009, 11:45:13 »
É a lei de "dente por dente, olho por olho"... sem COMIDA, NÃO TEM COMIDA...  :hihi:
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Dodo

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Re: Afeganistão
« Resposta #54 Online: 19 de Agosto de 2009, 05:45:17 »
Ser homem é foda, olha a merda que pensei:

Casais afegãos:

Mulher magra e homem gordo: ninguém ta comendo nada!

Mulher gorda e homem magro: os dois tão comendo bem!

Outra merda:

Duas afegãs conversando:

- Menina, o que tu fez pra emagrecer tanto?
- Não como mais peru!

Podem me xingar, eu mereço.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline N3RD

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Re: Afeganistão
« Resposta #55 Online: 19 de Agosto de 2009, 09:33:43 »
São tudo um bando de mal comidos =x
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Offline Panthera

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Re: Afeganistão
« Resposta #56 Online: 19 de Agosto de 2009, 16:16:45 »
Essa notícia rendeu algo no grupo de discussão com meus colegas.

Provoquei perguntando se eles sabiam que tem uma grande religião aqui no Brasil que proíbe o uso de camisinha...
Se é pra atentar contra a liberdade sexual, "Brasil-sil" também tá forte!
"Ignorância é força! Guerra é paz. Liberdade é escravidão." O Partido. 1984, George Orwell

Offline calvino

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Re: Afeganistão
« Resposta #57 Online: 07 de Agosto de 2010, 18:18:21 »
Citar

Oito médicos estrangeiros são mortos no Afeganistão

CABUL (Reuters) - Oito médicos estrangeiros, incluindo seis norte-americanos, foram mortos por um homem-bomba no nordeste do Afeganistão, disseram autoridades neste sábado. O Talibã assumiu a responsabilidade pelo atentado.

Os profissionais faziam parte de um grupo religioso de ajuda humanitária.

Ao assumir a autoria, o Talibã afirmou que os médicos estavam pregando o cristianismo.

Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Talibã, contou à Reuters, de um local não identificado, que o grupo encontrou bíblias traduzidas para o Dari junto aos médicos estrangeiros.

O nível de violência no Afeganistão é o maior desde 2001, quando os Estados Unidos e grupos armados do país expulsaram os talibãs em 2001. No meio do fogo cruzado, centenas de civis também já morreram este ano.

Fonte: http://migre.me/135T3
"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline Geotecton

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Re: Afeganistão
« Resposta #58 Online: 07 de Agosto de 2010, 18:32:16 »
Cruzada à vista!
Foto USGS

Offline Lion

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Re: Afeganistão
« Resposta #59 Online: 07 de Agosto de 2010, 18:33:46 »
Essa notícia não é uma surpresa. Se eles são capazes de se matarem apenas por divergências dentro do próprio islã, então imagine por causa de uma doutrina “alienígena”?

Offline André Luiz

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Re: Afeganistão
« Resposta #60 Online: 07 de Agosto de 2010, 18:41:54 »
Nao sei se acho isso irônico, engraçado ou trágico

Mas estes grupelhos cristaos tambem, acham que por chegarem la com uma biblia na mao e uma coca-cola na outra todos irao cair de joelhos

O que irrita qualquer um nao é nem a invasao estrangeira e sim a tentativa de se impor um novo modo de vida

Offline N3RD

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Re: Afeganistão
« Resposta #61 Online: 07 de Agosto de 2010, 18:47:44 »
Tentar combater extremismo religioso com mais religião ?  :vergonha:

:histeria:
Não deseje.

Offline uiliníli

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Re: Afeganistão
« Resposta #62 Online: 07 de Agosto de 2010, 20:01:16 »
Lamentável, eram 8 médicos que prestavam serviço a populações desassistidas na região. Infelizmente a situação do Afeganistão ainda é calamitosa e vai continuar sendo por muito tempo.

Offline calvino

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Re: Afeganistão
« Resposta #63 Online: 07 de Agosto de 2010, 22:27:51 »
Cruzada à vista!

Nao sei se acho isso irônico, engraçado ou trágico

Mas estes grupelhos cristaos tambem, acham que por chegarem la com uma biblia na mao e uma coca-cola na outra todos irao cair de joelhos

O que irrita qualquer um nao é nem a invasao estrangeira e sim a tentativa de se impor um novo modo de vida

Tentar combater extremismo religioso com mais religião ?  :vergonha:

:histeria:


Sinceramente não é o comportamento que eu esperava.
Se algum ateu tivesse morrido por ensinar às crianças da região que o mundo não foi criado por Alá as reações seriam completamente diferentes.

Como o Uili disse, eles prestavam serviços médicos onde certamente o governo da região (se é que há algum) não chegava. Não se sabe se eles estavam realizando cultos ou fazendo proselitismo aberto, ou simplesmente expressando sua posição religiosa caso questionados.

Além do que, celebrar a morte de outros por intolerância religiosa é certamente... lamentável.
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Offline Diegojaf

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Re: Afeganistão
« Resposta #64 Online: 07 de Agosto de 2010, 22:41:24 »
Sinceramente não é o comportamento que eu esperava.
Se algum ateu tivesse morrido por ensinar às crianças da região que o mundo não foi criado por Alá as reações seriam completamente diferentes.

Não acho. Se eu fosse ao Afeganistão como médico, deixaria meu livro de charges de Maomé em casa. Eu não estou ali pra pregar existência ou não de deuses em território extremamente hostil a qualquer pensamento diferente. Estou ali pra cuidar de pessoas.

E se eram ocidentais com bíblias traduzidas para a língua local, claramente os livros não eram pra eles.

É terrível o que ocorreu, sem dúvida, mas deram muito mole.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Hold the Door

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Re: Afeganistão
« Resposta #65 Online: 07 de Agosto de 2010, 22:45:45 »
É preciso ver se as declarações do Talebã são verdadeiras. Não duvidaria nada se eles tivessem inventado essa história de "bíblias traduzidas" só para justificar o atentado.
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Offline Diegojaf

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Re: Afeganistão
« Resposta #66 Online: 07 de Agosto de 2010, 22:50:50 »
Como disse, se...

E as tentativas de justificar essas coisas geralmente acabam piores do que se deixassem sem explicação nenhuma.

"Matamos 8 médicos estrangeiros!"
"Por que?"
"Estavam professando o cristianismo."

"Vamos apedrejar aquela mulher!"
"Por que?"
"Porque ela teve relações com outros homens, mesmo com o marido já tendo morrido."

É melhor eles começarem a fazer as besteiras deles sem dar nenhuma razão para isso. Daí vai bastar a gente dizer: "Esses muçulmanos... :nao3: "
« Última modificação: 07 de Agosto de 2010, 22:55:02 por Diegojaf »
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Offline uiliníli

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Re: Afeganistão
« Resposta #67 Online: 08 de Agosto de 2010, 00:01:17 »
Eu concordo com o Jaf, o Afeganistão não é o lugar mais seguro do mundo para fazer o que eles estavam fazendo, e tendo vivido tantos anos por lá eles deviam saber disso. Se é que quem está certo não é o Ângelo e essa história é só uma desculpa, os médicos foram extremamente temerários. Claro que isso não justifica a chacina, mas infelizmente o estado de coisas por lá é tão caótico que esse é o tipo de coisa que se esperava que acontecesse, podemos ficar chocados pelo ocorrido, mas não podemos ficar surpresos.

Offline Gaúcho

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Re: Afeganistão
« Resposta #68 Online: 08 de Agosto de 2010, 12:36:44 »
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Não se sabe se eles estavam realizando cultos ou fazendo proselitismo aberto, ou simplesmente expressando sua posição religiosa caso questionados.

Eles tinham bíblias traduzidas para a língua local...
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Offline Hold the Door

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Re: Afeganistão
« Resposta #69 Online: 08 de Agosto de 2010, 13:49:40 »
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Não se sabe se eles estavam realizando cultos ou fazendo proselitismo aberto, ou simplesmente expressando sua posição religiosa caso questionados.

Eles tinham bíblias traduzidas para a língua local...
O Talebã alega que eles tinham bíblias traduzidas.

Só para constar, o grupo ao qual eles pertenciam nega as acusações do Talebã:

http://www.reuters.com/article/idUSTRE6760DN20100808
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Offline N3RD

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Re: Afeganistão
« Resposta #70 Online: 08 de Agosto de 2010, 16:57:06 »
Celebrar a intolerância religiosa é fantástico pois eles não conseguiram me censurar, colocando assim suas crenças pessoais impassíveis de criticas e humor.
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Offline Fabrício

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Re: Afeganistão
« Resposta #71 Online: 08 de Agosto de 2010, 20:30:07 »
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O Talebã alega que eles tinham bíblias traduzidas.

E você está insinuando que eles não estão falando a verdade?? Não sabe que mentir é contra as leis islâmicas?  |(

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Offline Khronos

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Re: Afeganistão
« Resposta #72 Online: 08 de Agosto de 2010, 21:33:52 »
Cruzada à vista!

Desta vez acho que não haverá só católicos e mulçumanos nesta disputa,nem muito menos espadas e lanças...
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Offline Unknown

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Re: Afeganistão
« Resposta #73 Online: 22 de Novembro de 2010, 12:02:54 »
Citação de: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/desespero+leva+afegas+a+optar+por+suicidio+com+fogo/n1237822642377.html#2]Último Segundo[/url]
Desespero leva afegãs a optar por suicídio com fogo

Repressão, maus-tratos frequentes e até mesmo doenças mentais não diagnosticadas estão entre as causas

Mesmo as famílias mais pobres do Afeganistão têm fósforos e combustível para cozinhar. Essa combinação geralmente sustenta a vida, mas também pode ser uma terrível fuga: da pobreza, dos casamentos forçados, do abuso e do desânimo que representam o destino das mulheres afegãs.

Na noite anterior àquela em que se queimou, Gul Zada levou suas filhas à uma festa de família na casa de sua irmã. Tudo parecia bem. Mais tarde verificou-se que ela não tinha trazido um presente e um parente a repreendeu por isso, disse seu filho Juma Gul.


Farzana (E) e sua mãe se preparam para ir a uma clínica privada em Herat, para tratamento de queimaduras

Esse pequeno evento aparentemente foi a gota d’água para ela. Gul, que tinha 45 anos, era mãe de seis filhos e ganhava deploravelmente pouco limpando casas, acabou com queimaduras em quase 60% de seu corpo no hospital especializado em queimados da cidade de Herat. A sobrevivência é difícil, mesmo com 40% do corpo intacto. "Ela queimou da cabeça aos pés", lembra o filho.

O hospital é o único centro médico no Afeganistão que trata especificamente das vítimas de queimaduras, uma forma comum de suicídio na região, em parte porque as ferramentas para fazê-lo estão prontamente disponíveis. No início de outubro, 75 mulheres foram internadas com queimaduras – a maioria autoinfligida. O número representa um crescimento de quase 30% em relação ao ano passado.

Os números, no entanto, dizem menos do que as histórias das pacientes. Em Herat é uma vergonha admitir problemas em casa e, muitas vezes, a doença não é diagnosticada ou tratada. Gul, segundo a equipe do hospital, provavelmente sofria de depressão.

Escolhas


Hanife, 15 anos, teve de passar por cirurgia em hospital de Herat por causa de queimaduras

As escolhas para as mulheres afegãs são extraordinariamente limitadas: sua família é seu destino. Há pouca chance de escolha, pouca opção sobre com quem uma mulher se casará, nenhuma escolha sobre seu papel dentro de sua própria casa. A principal tarefa é a de servir a família do marido. Fora desse mundo, ela é uma pária.

"Se você fugir de casa, você pode ser estuprada ou ir parar na cadeia e ser devolvida para casa. Imagine o que acontecerá com você então", disse Rachel Reid, pesquisadora do grupo Human Rights Watch que acompanha a violência contra as mulheres.


Hanife tentou cometer suicídio depois de a sogra começar a agredi-la

Fugitivas devolvidas são muitas vezes baleadas ou apunhaladas em assassinatos de honra, porque as famílias temem que elas tenha passado algum tempo desacompanhadas com um homem. Mulheres e meninas ainda são apedrejadas até a morte. Aquelas que se queimam, mas sobrevivem, são muitas vezes relegadas a existências de Cinderela, enquanto seus maridos se casam com outras mulheres imaculadas.

"A violência na vida das mulheres do Afeganistão vem de toda parte: do pai ou do irmão, do marido, do sogro, da sogra e da cunhada," disse  Shafiqa Eanin, cirurgião plástico do hospital.

Segundo médicos, enfermeiros e voluntários, os casos mais sinistros de queimadura são na verdade homicídios disfarçados de suicídios. "Nós temos duas mulheres aqui que foram queimadas pela sogra e pelo marido", contou Arif Jalali, cirurgião sênior do hospital.

Os médicos citaram também dois casos recentes em que as mulheres foram espancadas por seus maridos ou parentes, perderam a consciência e acordaram no hospital queimadas porque tinham sido empurradas em um forno ou incendiadas.

Renascimento


Zahra, 21 anos, tentou cometer suicídio depois de se recusar a casar

Para algumas das mulheres que sobrevivem às queimaduras, sejam elas autoinfligidas ou causadas por parentes, a experiência é uma espécie de renascimento que as ajuda a mudar suas vidas. Algumas trabalham com advogados recomendados pelo hospital e pedem o divórcio. A maioria não.

Noiva aos 8 anos e casada aos 12, Farzana colocou fogo em si mesma quando o sogro a menosprezou dizendo que ela não era corajosa o suficiente para fazê-lo. Ela tinha 17 anos e havia sofrido espancamentos e abusos de seu marido e sua família.

Desafiada e deprimida, ela foi para o quintal. Ela entregou sua filha de 9 meses de idade ao marido, para que o bebê não visse sua mãe queimando, e derramou combustível sobre si mesma. "Eu me senti tão triste e tinha tanta dor no meu coração, e muita raiva de meu marido e de meu sogro, que peguei os fósforos e acendi ", disse.

A história de Farzana é de desespero e relata os extremos que os parentes muitas vezes infligem às mulheres de seus filho. Estatísticas das Nações Unidas indicam que pelo menos 45% das mulheres afegãs casam antes dos 18 anos, sendo a maioria antes de completar 16 anos. Muitas meninas ainda são dadas como pagamento de dívidas, que sentencia o casal a uma vida de servidão e, quase sempre, abuso.

Com o histórico de uma aluna brilhante cujas matérias favoritas eram a língua Dari e poesia, Farzana sonhava em se tornar professora. Mas ela tinha sido prometida em casamento para o filho da família que estava oferecendo uma esposa para seu irmão. Quando fez 12 anos, os sogros insistiram que era hora de casar. Seu futuro marido havia acabado de fazer 14 anos.

"No dia do casamento, ele me bateu quando eu acordei e gritou comigo", ela disse."Ele ficava sempre do lado de sua mãe e usava palavras ruins a meu respeito".

As agressões duraram quatro anos. Então, o irmão de Farzana tomou uma segunda esposa, um insulto aos sogros de Farzana. Seus maus tratos foram agravados. Eles se recusaram a permitir que ela visse sua mãe e seu marido passou a bater nela com maior frequência.

"Eu pensei em fugir daquela casa, mas depois pensei: o que vai acontecer com o nome da minha família", disse. "Ninguém na nossa família pediu o divórcio. Então, como posso ser a primeira?", contou.

Médicos e enfermeiros dizem que, especialmente em casos que envolvem mulheres mais jovens, a sensação de aprisionamento, raiva e um desejo de envergonhar seus maridos para que cuidem delas se reúnem.

Foi o caso de Farzana.
Citação de: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/onde+genero+e+tudo+meninas+fingem+ser+meninos+em+familias+afegas/n1237781624766.html]Último Segundo[/url]
Onde gênero é tudo, meninas fingem ser meninos em famílias afegãs

Ao seguir tradição de gerações, meninas são mascaradas e criadas como meninos em busca de vantagens no Afeganistão

Mehran Rafaat, de 6 anos, é como muitas meninas de sua idade. Ela gosta de ser o centro das atenções e se frustra quando as coisas não saem da sua maneira. Como as suas três irmãs mais velhas, ela está ansiosa para descobrir o mundo fora da casa da família em um bairro de classe média de Cabul, capital afegã.

Mas quando sua mãe, Azita Rafaat, membro do Parlamento do país, veste suas crianças para a escola no período da manhã, há uma diferença importante. As irmãs de Mehran colocam vestidos pretos e lenços sobre a cabeça, amarrados firmemente sobre os seus rabos de cavalo. Mas Mehran veste calça verde, camisa branca e uma gravata. Em seguida, recebe um afago de sua mãe sobre o cabelo espetado, curto e preto. Depois disso, sua filha pode sair – como um menino afegão.


Mehran Rafaat (E), ao lado das irmãs Benafsha e Behishta, é criada como menino

Não existem estatísticas sobre quantas meninas são mascaradas como meninos afegãos. Mas quando questionados, afegãos de várias gerações muitas vezes contam a história de uma parente, amiga, vizinha ou colega de trabalho que cresceu disfarçada como um menino.

Para quem sabe de sua existência, essas crianças são muitas vezes mencionadas não como “filha” ou “filho” nas conversas, mas como “bacha posh”, que significa literalmente “vestida como um menino” em dari.

Através de dezenas de entrevistas realizadas ao longo de vários meses, onde muitas pessoas optaram por manter o anonimato ou utilizar apenas seu primeiro nome por medo de expor suas famílias, foi possível traçar um retrato dessa uma prática que se manteve escondida de estrangeiros. Mas esse hábito atravessa classe, educação, etnia e geografia, e resistiu até mesmo a muitas guerras e governos no Afeganistão.

Razões econômicas

As famílias afegãs têm muitas razões para fingir que suas meninas são meninos, incluindo a necessidade econômica, a pressão social para ter filhos e, em alguns casos, a superstição de que isso pode levar ao nascimento de um menino de verdade.


Mehran é filha de Azita Rafaat, membro do Parlamento, que também foi mascarada como menino na infância

Na falta de um filho, os pais decidem criar um, geralmente cortando o cabelo de uma filha e vestindo-a com roupas típicas de homens afegãos. Não existem proibições legais ou religiosas específicas contra a prática. Na maioria dos casos, um retorno à feminilidade ocorre quando a criança entra na puberdade. Os pais quase sempre tomam essa decisão.

Em um país onde os filhos são mais valorizados, já que na cultura tribal apenas eles podem herdar a riqueza do pai e passar seu nome, as famílias sem os meninos são alvo de desprezo. Mesmo um filho inventado melhora a situação da família, pelo menos por alguns anos.

Vantagens

Um "bacha posh" também pode receber educação mais facilmente, trabalhar fora de casa e até mesmo levar as irmãs em público, permitindo liberdades que são desconhecidas para as meninas em uma sociedade que segrega rigorosamente homens e mulheres.

Para alguns, no entanto, a mudança pode ser tão desorientadora quanto libertadora, colocando essas mulheres em um limbo entre os sexos. Shukria Siddiqui, criada como menino, mas então repentinamente mergulhada em um casamento arranjado, esforçou-se para se adaptar, tropeçando na burca e tendo dificuldades para falar com outras mulheres.

A prática pode datar de muitos séculos. Nancy Dupree, uma americana de 83 anos de idade, que passou a maior parte de sua vida como historiadora no Afeganistão, disse que não tinha ouvido falar do fenômeno, mas lembrou de uma fotografia do início de 1900 pertencente à uma coleção privada de um membro da família real afegã.

Nela, mulheres vestidas como homens formavam a guarda do harém do rei Habibullah. A razão: as mulheres do harém não podiam ser protegidas por homens, que representavam uma ameaça para elas, mas não poderiam ser vigiadas por mulheres também.

"A segregação exige criatividade", disse Nancy. "Essas pessoas têm uma capacidade de enfrentamento surpreendente".


Foto histórica mostra que mulheres vestidas como homens formavam a guarda do harém do rei Habibullah

É uma crença comum entre os afegãos menos educados que a mãe pode determinar o sexo do feto, por isso ela é responsabilizada se ela dá à luz uma filha. Vários médicos afegãos e profissionais de saúde de todo o país relatam ter testemunhado o desespero das mulheres quando dão à luz filhas e que a pressão para gerar um filho alimenta a prática.

"Sim, isso não é normal para você", disse Azita Rafaat. "E eu sei que é muito difícil para você acreditar que uma mãe faria essas coisas com sua filha. Algumas coisas que acontecem no Afeganistão não são imagináveis para um povo ocidental".
Citação de: [url=http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/para+mulheres+marines+cha+e+arma+no+afeganistao/n1237792135468.html]Último Segundo[/url]
Para mulheres marines, chá é arma no Afeganistão

Expostas a tiros e ataques a bomba, militares americanas tentam aproximação com população feminina afegã

Elas esperavam chá e não tiroteios. Mas três mulheres marines acabaram alvo de tiros em uma tarde recente, juntamente com sua patrulha, quando uma rajada de fuzil Kalashnikov foi disparada de um prédio nas proximidades. O grupo se abaixou no chão, rastejou até uma vala e apontou suas armas para além dos campos de algodão e milho.

Diante de si, elas podiam ver a origem do ataque: um homem afegão que havia disparado a esmo detrás de uma parede de lama, protegido por uma meia dúzia de filhos. As mulheres não atiraram para não atingir as criança, esperaram o sinal verde e voltaram para a base, sobreviventes de mais um encontro com o inimigo.

"Você acaba sempre sentindo a mesma coisa: 'Ó, meu Deus, estão atirando em mim'", disse a oficial Stephanie Robertson, 20 anos, falando dos tiroteios que se tornaram parte de sua vida em Marjah.


Stephanie Robertson (segunda da direta para a esquerda) faz parte de equipes de trabalho que tentam aproximação com mulheres afegãs

Seis meses atrás, Stephanie chegou ao Afeganistão com 39 outras mulheres marines do Campo Pendleton, na Califórnia, como parte de uma experiência incomum das Forças Armadas americanas: o envio em tempo integral "de equipes femininas de trabalho" com patrulhas de infantaria do sexo masculino na província de Helmand, para tentar conquistar as mulheres da região rural do Afeganistão, que estão culturalmente fora dos limites para homens estrangeiros.

Chá como arma

Como novas faces em uma campanha americana contra a insurgência, as marines, que se voluntariaram para o trabalho, foram ao encontro de mulheres pashtun, tomando chá em suas casas, avaliando suas necessidades, coletando informações e ajudando a abrir escolas e clínicas.

Elas têm feito isso e muito mais. E, conforme seu destacamento de sete meses no sul do Afeganistão se aproxima do fim, a sua missão "chá como arma" é considerada um sucesso.

Mas as marines, que estiveram mais perto do combate do que a maioria das outras mulheres na guerra, também tiveram de usar armas de verdade em uma luta mais dura do que muitos esperavam.

Em Marjah – que, sete meses depois de uma grande ofensiva contra o Talibã, está melhorando, apesar de continuar sendo um dos lugares mais perigosos do Afeganistão – as marines têm diariamente contornado as regras do Pentágono que restringem os combates para mulheres. Elas entraram em fogo cruzado e emboscadas, foram atingidas por bombas caseiras e viveram em bases atingidas por ataques de morteiro.

Nenhuma das 40 mulheres foi morta ou gravemente ferida, e muitas trabalharam em áreas estáveis onde o tiroteio parou, mas muitas viram bons amigos morrer.

Para a capitã Emily Naslund, 27 anos, comandante das mulheres, os sacrifícios e as frustrações têm valido a pena. "Este vai ser o ponto alto da minha vida", ela disse.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Spitfire

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Re: Afeganistão
« Resposta #74 Online: 22 de Novembro de 2010, 12:53:31 »
Olha, sinceramente, lendo este tipo de boçalidade dá vontade, as vezes, de pedir para quem não esta satisfeito e é contrário ao fanatismo Talibã sair do país... depois de todos saírem, jogar uma 4 ou 5 nukes e transformar toda aquela região em cerâmica.    :no:

 

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