Mais-valia e lucro são duas coisas distintas, e uma mercadoria só é mercadoria se ela tiver um valor de uso, se ninguém quiser carroça, evidentemente, ninguém a produzirá, pois entende-se q ñ tenha valor de uso, este é imanente a qualquer produto, no entanto, com relação ao valor de troca, estabelece-se a relação do tempo de trabalho gasto na produção da mercadoria, entretanto, ñ é só isso q define o valor de troca.
O problema principal da teoria do valor marxista é justamente isso que foi exposto: para ela, o "valor de uso" é um mero identificador qualitativo das mercadorias. Sua influência no "valor de troca" é insignificante ou mesmo inexistente.
A mais-valia se dá no processo de produção, quando o proletário trabalha a mais sem receber, porém, o capitalista só irá apropriar-se efetivamente da mais-valia no mercado, na troca, quando a mais-valia materializa-se em capital, gerando o lucro!
Mas nem sempre a produção de mais-valia será igual ao lucro, isso é variante, depende da concorrência, do mercado ,
Essa parte destacada é de suma importância: essa parte assume que a concorrência e o mercado possuem papel tão ou mais importante na determinação do valor-de-troca das mercadorias do que o trabalho, ou seja, nem sempre uma determinada quantidade de trabalho ("mais-valia") implicará um determinado valor-de-troca (valor pelo qual os frutos dessa quantidade de trabalho são trocados).
Perceba que o texto
faz uma disjunção entre quantidade de trabalho e valor-de-troca, dando ao valor de troca um caráter mais contigente e mutável do que o que seria esperado de uma teoria que afirma que o mesmo é determinado apenas pela quantidade de trabalho utilizada na produção da mercadoria.
Ou seja, ao mesmo tempo que Marx afirma que o que determina o valor-de-troca é o trabalho, ele afirma que "nem sempre uma determinada quantidade de trabalho poderá ser trocada proporcionalmente ao trabalho médio utilizado em sua produção". Ao fazer isso, ele admite, no mínimo, que muitos outros fatores além do trabalho concorrem para determinar o valor-de-troca de uma mercadoria.
no entanto essa baixa de lucro ñ elimina a mais valia,
Olha o que essa tese propõe:
Uma determinada quantidade de trabalho possui
intrinsecamente um valor igual a 100.
Essa quantidade de trabalho é "apropriada" pelo capitalista no processo de produção; porém não está garantido, no entanto, que ele a trocará no mercado pelo seu "valor intrínseco", que é 100: poderá trocar por 80, 70, 120, etc.
Ou seja, é como se o trabalho já tivesse um valor pré-determinado, que será apropriado pelo capitalista mesmo que que ele não o consiga revendê-lo no mercado por esse "valor de face"; é como se o capitalista não conseguisse vender por esse "valor de face" devido a uma incompetência sua: se os trabalhadores fossem vender essa mesma quantidade de trabalho, conseguiriam com certeza a venda pelo seu "valor intrínseco", que é 100.
Considerando que o trabalho não será necessariamente revendido por esse "valor intrínseco", tanto pelo capitalista quanto pelo trabalhador, pergunta-se: qual a utilidade desse "valor intrínseco"? Que importância prática ele tem se as mercadorias não necessariamente serão trocadas baseadas nele?
Se,
na prática, o valor é efetivamente realizado no mercado, durante a troca (seja esta troca feita pelo capitalista ou pelo trabalhador), que importância prática, empírica, tem essa tese do "valor intrínseco", determinado no momento da produção pelo trabalho, e apropriado pelo capitalista, sendo que a mercadoria terá um valor,
na prática, bem diferente do mesmo?
q é a exploração, a apropriação de parte do trabalho do proletariado, q no modo de produção capitalista vai continuar a existir, é inerente a esse modelo econômico, pois sem a mais-valia ele ñ teria nem o mínimo de lucro!
Baseado na frase destacada, eu pergunto:
1- De onde vem o lucro dos comerciantes, ou seja, das pessoas que compram as mercadorias já prontas para revendê-las? De quem eles tiram a "mais-valia"?
1a - Continuação da primeira pergunta: é só do trabalhador que se pode tirar a "mais-valia"? Essa tal mais-valia não pode ser tirada de outros agentes da economia (Ex: os consumidores)?
1b - É impossível que tanto o capitalista quanto os seus trabalhadores lucrem juntos, tirando "mais-valia" dos consumidores (inclusive outros ricos) ou
DAS MÁQUINAS?
2- É impossível que uma empresa totalmente automatizada tenha lucro? (já que "sem a mais-valia ela não teria nem o mínimo de lucro").