Tópico: Mais uma questão de reflexão e ética.

[Nohai]

Me inspirando num topico semelhante, e me lembrando de um e.mail que certa vez recebi, decidi abrir este topico. Por favor, respondam a pergunta e expliquem o por que da decisão.

Esta é a historia.

Você, sabe-se lá por que motivo, é obrigado a escolher um bebê para matar-lo. As opções são as seguintes.

Bebê A.

Filho de uma viuvá de pouca posses, e de um alcoolotra. Bebê A é um dos sete filhos de seu pai, e oito de sua mãe. Grande parte dos irmãos morrem ainda pequenos. Bebê A começa a ficar deficiente ainda muito jovem, entrando em crises depressiva por isso. Ele tambem nunca se casou. Padece de diversas doenças e morre triste e solitario.

Bebê B.

Nasce numa familia de situação economica até que confortavel. Bebê A se torna um rapaz inteligente, e, em alguns momentos de sua vida interessado em pintura e arquitectura. Apesar de não ter seguido carreira em nenhuma das diciplinas. Tonou-se um politico bastante eloquente, e um lider que tentava cumprir suas palavras.

[Nohai]

Ambos os bebês tem um nome, que direi lá pela sexta-feira ou segunda que vêm. Até lá, peço que, por gentileza, quem souber, não revele...

[Diegojaf]

Conheço essa...

[Danieli]

Se ambos forem primogênitos o Dodo mata ambos.
(brincadeira)

Mataria o A, mas pelo visto ele já morre triste e solitário, isso não é vida.

[Nohai]

Se ambos forem primogênitos o Dodo mata ambos.
(brincadeira)

Mataria o A, mas pelo visto ele já morre triste e solitário, isso não é vida.

Tadinho do Dodo... você não esta colaborando Danieli.  Imagina quando ele leer isso... como vai se sentir?

[Dodo]

O abobado aqui votou errado, tinha marcado a opção errada, agora acertei e matei o B..político..não sei não, é melhor não arriscar.

[Luz]

Eu não sei a resposta, mas tentando deduzir o nome desses bebês aqui, eu... eu... eu não consigo matar bebês, mesmo imagindo o que eles possam vir a se tornar...    teoricamente o B, por dedução...  

[Diegojaf]

Não sei... eu conheço a resposta... por isso fica difícil matar qualquer um dos dois... o.o

[Dodo]

Se ambos forem primogênitos o Dodo mata ambos.
(brincadeira)

Tadinho do Dodo... você não esta colaborando Danieli.  Imagina quando ele leer isso... como vai se sentir?

 :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'(

[Luz]

Não sei... eu conheço a resposta... por isso fica difícil matar qualquer um dos dois... o.o

Isso quer dizer então que deduzi errado.    Tadinho do bebezinho... 

[Nohai]

Eu não sei a resposta, mas tentando deduzir o nome desses bebês aqui, eu... eu... eu não consigo matar bebês, mesmo imagindo o que eles possam vir a se tornar...    teoricamente o B, por dedução...  

Então você deixaria A sofrer uma vida inteira?

[Nohai]

Se ambos forem primogênitos o Dodo mata ambos.
(brincadeira)

Tadinho do Dodo... você não esta colaborando Danieli.  Imagina quando ele leer isso... como vai se sentir?

 :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'(

Para de chorar Dodo... esta dando vontade de te pegar no colinho. E isso detona minha reputação.

[Nyx]

  Aposto como o A faz algo a favor da humanidade e o B algo contra a humanidade.


Ou então os dois fazem algo que muda o mundo. 

[Luz]

Eu não sei a resposta, mas tentando deduzir o nome desses bebês aqui, eu... eu... eu não consigo matar bebês, mesmo imagindo o que eles possam vir a se tornar...    teoricamente o B, por dedução...  

Então você deixaria A sofrer uma vida inteira?

Eu não pensei no sofrimento de A nem no conforto de B, mas na suposta contribuição desses bebês, quando adultos, para a humanidade.

Fui induzida a isso:

Ambos os bebês tem um nome, que direi lá pela sexta-feira ou segunda que vêm. Até lá, peço que, por gentileza, quem souber, não revele...

Culpa sua! 

[Dodo]

Para de chorar Dodo... esta dando vontade de te pegar no colinho. E isso detona minha reputação.

Agora que eu abro o berreiro de vez  :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'( :'(

[Nohai]

Sera que algum moderador caridoso poderia apagar essa parte? Foi um erro...

[Nohai]

Culpa sua! 

Colabora... 

[Eleitor de Mário Oliveira]

Por que eu tenho que matar algum?

[Luis Dantas]

Essa é velha

E Dante tem toda a razão, vou ser mais explícito até: a questão não está completa se você não especificar o MOTIVO para que se tenha de matar um ou outro.

Se for, por exemplo, por uma situação de falta de condições de sustentar a ambos, sem possibilidade de encontrar outra solução (como o problema dos exploradores de cavernas, caso você o conheça) então, é claro, SEM OUTRAS INFORMAÇÕES, a escolha correta seria A.

Mas em uma situação real, e sem esses extremos, a única atitude correta a tomar seria rejeitar a premissa e questioná-la até destruí-la; uma situação em que aceitamos passivamente a obrigação de matar uma criança é uma situação em que já começamos moralmente falidos.

[Luz]

A questão diz: sabe-se lá porquê, você é OBRIGADO a escolher um bebê. Levando-se apenas a questão em consideração, você NÃO TEM OUTRA OPÇÃO.

Vocês podem ir longe ou mais longe, mas não respondem à questão e moralmente falido é que se coloca em um pedestal. 

É CLARO que muito dificilmente alguém aqui teria que matar um bebê, escolher entre o filho e dez pessoas ou entre um bebê e dez embriões, mas as perguntas estão aí, afinal - em todas elas você é OBRIGADO a escolher entre o RUIM e o PIOR e justificar sua escolha, NÃO TEM OUTRA OPÇÃO, senão não responder ao tópico. 

[Luis Dantas]

Não interessa quão provável é, Luz, e sim que tipo de cuidados se toma para evitar chegar nesse ponto.

Aliás, eu nem acho esse cenário tão improvável assim; na prática estamos constantemente influenciando as chances de sobrevivência dos outros (diretamente em alguns casos, como o de certos policiais e médicos).  Mais frequentemente ainda, estamos influenciando (mesmo que por omissão) a qualidade de vida de outros, o que na minha opinião pode ser bem mais sério e bem mais grave do que influenciar a sobrevivência em si.

Há muito escândalo quando se fala em matar alguém, mas quase nenhum quando se fala de gastar muito dinheiro em tratamentos de fertilidade, não raro em contextos que tem muito espaço para solidariedade com pessoas em situações indignas.  Sinceramente não entendo por que.

[Dr. Manhattan]

Essa pergunta também é capciosa, pois já parte do pressuposto que sabemos todo o futuro dos bebês. Certamente, vai ser dito que
o bebê A veio a se tornar um grande gênio ou filantropo. Só que numa situação real não teríamos como saber disso. E se o bebê A for
realmente um Grande Homem (TM), sua ausência apenas vai implicar que outra pessoa vai realizar a sua obra.

Quantos gênios não morreram de diarréia na infância? Quantos não foram simplesmente abortados? Quantos espermatozóides e óvulos
não tinham em si as sementes da grandeza?

[Luz]

Essa pergunta também é capciosa, pois já parte do pressuposto que sabemos todo o futuro dos bebês.

Eis a questão. E confesso que não pensei no quão grande o bebê A viria se tornar, mas no quão terrível pudesse se tornar o bebê B - pois sua descrição lembra uma conhecida figura. Foi ao que a idéia me induziu.

É como se, conhecendo o futuro, a única maneira de evitá-lo fosse a solução proposta. É phoda, de qualquer maneira.

[Luis Dantas]

No duro, quanto mais penso sobre o provável futuro B, mais me convenço de que ele não teve nada de notável e seria inevitavelmente substituído por algum outro miserável se não tivesse nascido.  A história dele tem todos os sinais de um resultado da época e cultura em que viveu.  Apesar do que alguns querem crer, ele em si nunca fez muita diferença real.

Aliás, se é mesmo quem estou supondo, eu não diria que B é inteligente; pelo menos essa inteligência não transparece no livro que ele escreveu indiretamente.

[Luz]

No duro, quanto mais penso sobre o provável futuro B, mais me convenço de que ele não teve nada de notável e seria inevitavelmente substituído por algum outro miserável se não tivesse nascido.  A história dele tem todos os sinais de um resultado da época e cultura em que viveu.  Apesar do que alguns querem crer, ele em si nunca fez muita diferença real.

Isso me leva a crer que deduzi certo ou cheguei muito perto de quem seria o bebê B.

Como falei lááááá atrás eu não consigo matar um bebê, mesmo sabendo o que ele possivelmente se tornaria quando adulto, mas teoricamente, se fosse OBRIGADA e NÃO TIVESSE OUTRA ALTERNATIVA, como sugere a questão, sabe-se lá porquê, imaginando tal figura por dedução, a partir da questão, particularmente, seria o B.

Isso porque estou me antendo SOMENTE à questão, como foi proposta sem acrescentar quaisquer outros dados.