Tópico: Reflexão sobre o relativismo legal

[Dbohr]

... depende, eu acho.

Ser indiferente ou aprovar a uma atrocidade por ela ter ocorrido dentro de um certo contexto cultural é uma atitude que não me agrada. Então eu não acho certo, nem é algo que faria.

Acho que o melhor que quem está de fora pode fazer é condenar verbalmente e dar ajuda quando alguém pedir. A atrocidade, por sua própria natureza, chegará a um ponto em que a cultura a rejeitará e então as coisas vão mudar.

[Galthaar]

Ser certo ou não achar algo errado em outra cultura é algo que simplesmente não importa... É apenas um julgamento de valores que lhe são externos.

A atrocidade só é considerada como tal quando nos é prejudicial. Ninguém (praticamente) pensa que é uma atrocidade matar um animal e comer, agora se você matar um homem... Isto demonstra que todo preconceito que há contra certas culturas, inclusive contra as supostas "atrocidades", nada mais é do que um forte sentimento de autopreservação.

[Dbohr]

Tem gente que pensa que matar um animal é atrocidade, sim... mas isso não é exatamente o caso aqui.

[Adriano]

Autopreservação é um valor intríseco a vida, faz parte de toda a natureza. Além disso a sociedade humana integrou este valor nos direitos humanos, sendo contrário a hétero e autodestruição (homicídios e suicídios).

É a base da base da base. E com relação a presevarção da sociedade humana em relação a outros seres vivos eu nem falo nada. 

[Moro]

Creio que a questão dos usos e costumes é mais presente e dinâmica do que seu reflexo nas leis, não importando o tipo de regime político presente na sociedade. O beijo heterossexual em público foi aceito como algo corriqueiro. Eventualmente aceitações como essas geram novas leis. Primeiro o "de fato", depois eventualmente o "de direito"

Algumas vezes questões que pareciam assuntos morais nem são lembrados mais como sendo questões dento deste escopo. Cabelo comprido e brincos em homem, mulheres de microsaia, e ai por diante. Eram questões morais em uma época, hoje são "quase" nada.