Tópico: MENSTRUISMO: Óvulos não-fecundados se tornam humanóides

[Buckaroo Banzai]

(tradução)

Teratoma ovariano cístico com um homúnculo altamente diferenciado: relato de caso
(tradução)


Naohiko Kuno 1 *, Kenji Kadomatsu 2, Makoto Nakamura 3, Takahiko Miwa-Fukuchi 1, Norio Hirabayashi 4, Takao Ishizuka 1
1Department of Obstetrics and Gynecology, Japanese Red Cross Nagoya First Hospital, Nagoya, Japan
2Department of Biochemistry, Nagoya University Graduate School of Medicine, Nagoya, Japan
3Department of Ophthalmology, Nagoya University Graduate School of Medicine, Nagoya, Japan
4Department of Pathology, Japanese Red Cross Nagoya First Hospital, Nagoya, Japan
email: Naohiko Kuno (nkuno@nagoya-1st.jrc.or.jp)

*Correspondence to Naohiko Kuno, Department of Obstetrics and Gynecology, Japanese Red Cross Nagoya First Hospital, Michishita-cho, Nakamura-ku, Nagoya, Aichi 453-8511 Japan

Resumo

CENÁRIO

Teratomas císticos ovarianos maduros, que são tumores benignos comumente observados, consistem de compoentes ecto, meso e endodérmicos que são geralmente desorganizados. Nesse relato, documentamos um caso no qual a porção sólida do teratoma ovariano demonstrou considerável diferenciação, formando uma estrutura em forma de boneca.

CASO

Uma japonesa virgem de 25 anos sofreu uma cirurgia para um tumor no ovário que foi diagnosticado como um teratoma maduro. Na massa sólida dentro do tumor havia cabeça, tronco, e extremidades. Conseqüentemente, essa massa foi diagnosticada como um teratoma fetiforme maduro (homúnculo). Cérebro, olhos, nervos espinhais, orelhas, dentes, nariz, glândula tireóide, ossos, medula óssea, intestinos, traquéia, veias, e tecido cavernoso fálico foram confirmados micrcoscopicamente. Características distintas eram eixos claramente ântero-posterioes, ventro-dorsais e laterais, com uma boa organização espacial dos órgãos. Um olho estava localizado em frente a cabeça, o nervo espinhal jazia dorsalmente em relação aos nervos espinhais, a glândula tireóide era anterior à traquéia, e os intestinos estavam bem dentro do tronco. 

CONCLUSÕES

Esse achado indica que a informação necessária para a organização do plano corporal deve estar conservada e transmitida, mesmo na partenogênese. Teratomas císticos maduros do ovário são mais comumente benigos e nem sempre atraem atenção detalhada. De qualquer modo, análises precisas desses tumores devem aprimorar significativamente nosso entendimento do desenvolvimento humano, tanto partenogênico quanto normal.



(Fonte: Wiley InterScience / Teratology Society - birth defects research)



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Até quando esse assassinato dos óvulos irá continuar?  Onde estão os padres mostrando que os óvulos também podem virar bonequinhos fetais sem precisar de cópula? Não foi assim que JESUS veio ao mundo, diga-se de passagem?

[Buckaroo Banzai]

PS.: alguém poderia ser levado a suspeitar pelo trecho referente a "tecido cavernoso fálico" que o feto/embrião seria masculino, e logo produto de fertilização. Mas na verdade antes da diferenciação sexual as coisas são meio ambiguas: apesar de comumente se dizer que o desenvolvimento feminino é o "default" devido a aqueles casos de insensibilidade à testosterona no qual alguém XY se desenvolve mais ou menos como mulher, um pouco antes o que vai ser a vagina tem um aspecto meio "peniano" (ainda que aberto, se for mulher, continua aberto, se "assenta" junto ao corpo e vira a vulva); o tecido cavernoso é comum ao pênis e ao clitóris.

[Wolfischer]

Não há possibilidade de ser um caso de "gêmeo embutido"?
Não estou bem certo da ebriologia, mas é garantido que se trate de um caso de partenogênese?

[Nina]

Fetus in fetus...? pode ser...

[Buckaroo Banzai]

Creio que não deva ser fetus in fetu porque, tanto quanto sei, isso depende de uma gestação corrente, e a mulher era virgem; tanto que a "gestação" parece que foi nos arredores de um ovário, não no útero.

Não sei se ela pode ter engajado algumas preliminares mais avançadas, no limiar das vias de fato, ou talvez ter hímen complacente (se é que eles analisaram esse ponto) e negado isso, e os espermatozóides talvez fossem eram mais empolgados e chegaram até os ovários, onde algum talvez tenha fecundado um óvulo semi-maduro.

Nem sei se esse percurso é viável...

Mas acho (chute total) que se fosse o último caso, talvez devessem ter ocorrido vários de uma vez, ou mais de um... a menos que tenham chegado realmente uns pouquíssimos espermatozóides... acho que os espermatozóides talvez devessem fecundar mais óvulos imaturos... ou tem algo mais fundamental na maturação do que o "desligamento" do folículo, algo que permita a fecundação?

Outra possibilidade que ouvi dizer há algum tempo seria um tipo de auto-fecundação a partir de um corpúsculo polar, mas novamente, teria que ser nesse estágio um pouco antes da maturação ou pouquíssimo depois. E nem sei se isso é algo documentado ou se é apenas algo cogitado como possibilidade.


Talvez ainda um óvulo tenha se maturado mas sem ter ocorrido a meiose, por algum motivo...   .... mas sei lá, acho que já estou chutando longe demais, porque tanto quanto sei o óvulo pode "virar" diplóide e/ou começar a se desenvolver espontâneamente e isso já é estabelecido, então seriam mais provável... ainda que talvez essa idéia de não-meiose implicasse em algo quanto a metilação e etc, aumentando a viabilidade do partenoto....

Será que fizeram um exame genético também? Há como "enxergar" o estado de metilação de alguma forma?

[Nina]

No caso de fetus in fetu, Danniel, não é preciso gestação. Pelo contrário... a gestão gemelar é a do próprio paciente. Ela poderia ter a irmã gêmea reduzida a um teratoma em seu abdome, que coincidentemente ocorreu num dos ovários.

Falar em partenogênese para mim é forçar a barra...

[FZapp]

[Evangélico ON]
Você aceita um gêmeo da moça justo no ovário e não Deus no coração ? Aaaargh, discutir 'estes' assuntos com descrentes dá um nojo ... 
[/Evangélico OFF]

[Fabio Emerim ON]
Pelo menos já sei como xingar agora de modo culto, "Vossa DIgníssima Excelência está tendo um raciocínio digno de um teratoma cístico, menos de um homem e mais de um homúnculo, por assim dizer"

O cara até agradece, 'puxa vida, obrigado!' 
[/Fabio Emerim OFF]

[J Catino sério ON]
Há outros exames que possam indicar presença de espermatozóides ? Se era virgem ou tinha 'hímem complacente' não vai ser fácil comprovar penetração, mas talvez outros exames indiquem se houve já no passado espermatozóides, seja lá por qual motivo (eu vou ao caso social de uma jovem virgem de 25 anos no Japão do século XXI).
[J Catino sério OFF]

[Narkus]

Não tem como fazer algum teste de DNA para saber se o feto é um gêmeo embutido ou filho?

[Buckaroo Banzai]

No caso de fetus in fetu, Danniel, não é preciso gestação. Pelo contrário... a gestão gemelar é a do próprio paciente. Ela poderia ter a irmã gêmea reduzida a um teratoma em seu abdome, que coincidentemente ocorreu num dos ovários.

Ah, entendi; a aparente "mãe" é que seria o segundo "feto" do "fetus in fetu". Mas há casos assim, de pessoas que se desenvolvem até os 25 anos com um irmão gêmeo morto dentro de si esse tempo todo, sem infeccionar nem nada? 

Falar em partenogênese para mim é forçar a barra...

Mas não é mais ou menos comum isso de teratomas gerados pelo desenvolvimento espontâneo de óvulos? Ouvi dizer que pode ocorrer até com espermatozóides... só que geralmente nada tão organizado, em qualquer caso, apenas bolas de órgãos, unhas e cabelos... acho que para maior organização bastaria um tipo de "mutação" na metilação, que é o que inviabiliza a partenogênese, não? 

[Buckaroo Banzai]

(link corrigido)

[Contini]

No caso de fetus in fetu, Danniel, não é preciso gestação. Pelo contrário... a gestão gemelar é a do próprio paciente. Ela poderia ter a irmã gêmea reduzida a um teratoma em seu abdome, que coincidentemente ocorreu num dos ovários.

Falar em partenogênese para mim é forçar a barra...

Quimerismo?!

[Buckaroo Banzai]

Achei um artigo de acesso livre que discute a distinção de teratoma fetiforme e fetus in fetu:

Fetiform Teratoma (Homunculus)
Jason R. Weiss, DO; Jeanette R. Burgess, MD; Keith J. Kaplan, MD

From the Department of Pathology, Evanston Hospital, Evanston, Ill (Drs Weiss and Kaplan); Department of Pathology, Northwestern University Feinberg School of Medicine, Chicago, Ill (Drs Weiss and Kaplan); and Department of Pathology, Landstuhl Regional Medical Center, Landstuhl, Germany (Dr Burgess)

Accepted April 11, 2006

        Fetiform teratoma (homunculus) is a term that has been given to a rare form of ovarian teratoma that resembles a malformed fetus. There are very few reported cases of this entity in the English language literature. In this report, we document a case of fetiform teratoma in a 23-year-old woman, gravida 0, who initially presented with a chief complaint of dyspareunia. The clinical and pathologic aspects of this rare entity are presented here, with a review of the English literature. Differentiating fetiform teratoma from the more highly developed fetus-in-fetu and ectopic pregnancy is also discussed.

[Buckaroo Banzai]

No caso de fetus in fetu, Danniel, não é preciso gestação. Pelo contrário... a gestão gemelar é a do próprio paciente. Ela poderia ter a irmã gêmea reduzida a um teratoma em seu abdome, que coincidentemente ocorreu num dos ovários.

Falar em partenogênese para mim é forçar a barra...

Quimerismo?!

Quimerismo seria se dois embriões gêmeos (isso é, nos casos em que houveram dois embriões, não é necessariamente esse o caso) tivessem se fundido em apenas um e se desenvolvido como um só, não independentemente. 

[Dr. Manhattan]

Uma japonesa virgem de 25 anos sofreu uma cirurgia para um tumor no ovário que foi diagnosticado como um teratoma maduro. Na massa sólida dentro do tumor havia cabeça, tronco, e extremidades. Conseqüentemente, essa massa foi diagnosticada como um teratoma fetiforme maduro (homúnculo). Cérebro, olhos, nervos espinhais, orelhas, dentes, nariz, glândula tireóide, ossos, medula óssea, intestinos, traquéia, veias, e tecido cavernoso fálico foram confirmados micrcoscopicamente.

Impediram Jesus de voltar  :'(

[Contini]

No caso de fetus in fetu, Danniel, não é preciso gestação. Pelo contrário... a gestão gemelar é a do próprio paciente. Ela poderia ter a irmã gêmea reduzida a um teratoma em seu abdome, que coincidentemente ocorreu num dos ovários.

Falar em partenogênese para mim é forçar a barra...

Quimerismo?!

Quimerismo seria se dois embriões gêmeos (isso é, nos casos em que houveram dois embriões, não é necessariamente esse o caso) tivessem se fundido em apenas um e se desenvolvido como um só, não independentemente. 

OK, obrigado

[Buckaroo Banzai]

Bem, como esse tópico não descambou para as questões éticas, sugiro que que seja fundido ao tópico anterior em "ciência" sobre partenogênese humana.


Adicionando mais sobre esse aspecto:

he
British medical journal Lancet did not laugh off the idea—
though it did admit that 'the possibility that a woman might
become pregnant without at least one spermatozoon having
entered the uterus is not one which the 'reasonable man'
would lightly entertain,' and, further, that 'scientific
opinion for several centuries has sided with the reasonable
man.'
"If parthenogenesis in human females 'does occur', said
Lancet. 'it is extremely rare. Suppose that its frequency
were to be only one-half that for the birth of sextuplets—
another rare event which undoubtedly does occur (with a
frequency of about 1:805 pregnancies or less). Most of these
cases would occur in women with a history of recent
intercourse, and would be missed. In the few which might
remain, the chance of any woman successfully asserting the
facts in face of an evident pregnancy would be small enough
to make her keep her own counsel.
"Both Lancet and Dr. Spurway suggested methods by which
the clams of a parthenogenetic mother could be proved one
way or the other. Blood comparisons of mother and daughter
as well as other scientific tests were described. Most
crucial would be a skin graft from child to mother that
would successfully 'take' on a long-term basis. The
immunological barrier to grafts discussed in Part I, is such
that only the case of identical twins—where both individuals
come from the same egg, thus have the same genetic
characteristics—is it nonexistent. The same kind of
rejection-defying graft capability in mother and child would
seem to be proof that the child had come from an egg having
no genetic characteristics but the mother's (The positive
results of this kind of skin-grafting test in turkeys has
been considered strong corroborative proof of the
offspring's true parthenogenetic origin.)"
"The British newspapers had a field day. The Manchester
Guardian called it all 'life without father.' The tabloid
Sunday Pictorial, enchanted by the whole idea was not
content merely with reporting its pros and cons. Its editors
decided that if Dr. Spurway was correct there must be women
in England even now who had given birth parthenogenetically
and called upon any such women to come forward and declare
themselves. Nineteen did, and Dr. Stanley Balfour-Lynn of
Queen Charlotte's Hospital—supported by a battery of
distinguished consultants—undertook to put them through the
necessary tests."
"There were some immediate dropouts when it came clear
that many mothers had not properly understood what
parthenogenesis meant. Of those that were examined, there
finally remained one mother and daughter who met every
single test. But there were still scientific skeptics,
among them Haldane, who said the tests still fell short of
constituting absolute proof that the mother had
parthenogenetically created her daughter. Ultimately, the
best Dr. Balfour-Lynn could do was to report: "In such a
case as this, rigorous proof is impossible, but it remains
that all the evidence obtained from serological and special
tests is consistent with what would be expected in a case of
parthenogenesis.'"

Albert Rosenfeld, The Second Genesis,
(New York: Vintage Books, 1975), p. 131-133

http://www.theologyweb.com/campus/showthread.php?t=89008

There is some evidence, however, that natural parthenogenesis does occasionally occur in humans. There are many instances in which impregnation has allegedly taken place in women without there being any possibility of the semen entering the female genital passage [2]. In some cases it was found either in the course of pregnancy or at the time of childbirth that the female passages were obstructed. In 1956 the medical journal Lancet published a report concerning 19 alleged cases of virgin birth among women in England, who were studied by members of the British Medical Association. The six-month study convinced the investigators that human parthenogenesis was physiologically possible and had actually occurred in some of the women studied [3].

[...]

References

[1] Raymond Bernard, The Mysteries of Human Reproduction, Mokelumne Hill, CA: Health Research, n.d., pp. 47-50, 56-63.
[2] Ibid., pp. 3-10.

http://ourworld.compuserve.com/homepages/dp5/sex2.htm

Em outro fórum um usuário cogitou se partenogênese em mulheres XXY talvez tivessem o problema da metilação de certa forma contornado... se eu entendo bem, se essa circunstância pode ter essa influência, talvez pudesse ser até um tipo de bebê com maior "vigor", do tipo "vigor híbrido" 

[Buckaroo Banzai]

http://en.wikipedia.org/wiki/Kaguya_(mouse)

Acho que talvez algum erro na oogênese que preservasse a mesma metilação normal também poderia resultar em partenotos viáveis, se um óvulo assim viesse a se dividir e se implantasse no útero.