Nem um pouco

Comecei com uma espécie de clubinho de quatro colegas na escola, lá pela sétima série. Estudávamos tudo o que caía nas nossas mãos (e mais um pouco) sobre ciências ocultas, astrologia, quiromancia, tarô, astrologia, magia, o raio que os parta.
O legal é que tínhamos uma certa postura "cética" -- no sentido que achávamos que para todos esses supostos efeitos paranormais existia uma explicação lógica. O problema era que a explicação lógica que a gente bolava era geralmente tão ou mais estapafúrdia que o fenômeno paranormal em si! Em magia mesmo, no duro... eu confesso que não sei dizer até hoje se acreditava.
Enfim. Conforme eu fui pulando de tradição em tradição, de ritual em ritual e fui vendo que era só um monte de patacoada, larguei mão. E vi que a ciência dava respostas muito mais consistentes e compreensíveis do que o misticismo.
Curioso foi a trajetória dos outros três amigos. Um abraçou o catolicismo familiar e virou juiz - e está muito bem de vida. Outro formou-se dentista e vai emigrar para o Quebéc ainda este ano, mas ainda se diz "bruxo". Eu estou aqui, aos trancos e barrancos conseguindo meu Bacharelado. E o último, bem... ele nunca largou o misticismo, continua "trabalhando sua espiritualidade" e continua encrencado na vida.