Pessoal,
obrigado pelos comentários, mas não sei se quero/vou poder participar de um "debate" muito seriamente, ter a "obrigação" de responder, não queria ser um debatedor "oficial".
Acho que qualquer um daqui que tenha prestado atenção nas aulas de biologia no ginásio e no colegial está habilitado a responder, ao menos quanto à parte de biologia, obviamente, e não vejo problema em ser assim, quem puder que responda. Talvez com a condição de ler antes os que os outros já tenham respondido e ver se há algo a se acrescentar realmente, algum detalhe importante. Além disso, esse tema não é novo para o pessoal daqui, que vai com certeza poder responder melhor, mesmo nas áreas além da biologia.
Mas se for realmente preferível um formato mais "formal", mas 1 x 1, tudo bem, se quiserem que seja eu o debatedor, já que pelo que andam dizendo nem mesmo ele está com muito tempo.
Tenho que dizer que não estou nem um pouco animado com isso. Logo de início já deu mostras de não conhecer minimamente o que se propõe a debater; depois disso, virá o previsível, textos, provavelmente enormes, com todos os tipos de erros já corrigidos no talk.origins, e que são exaustivamente repetidos em praticamente qualquer lugar que haja essa discussão: ausência de formas transicionais, problemas com datação, termodinâmica, informação, etc.
Nada de tentar provar algum criacionismo, apenas tentativas de refutar a evolução baseadas em informação incorreta ou incompleta, ou ainda em percepção estreita mesmo da relevância de certas coisas, como as afirmações de ausência de formas transicionais; além de ser tanto baseada em informação incompleta e incorreta, ignora o fato da inexistência das inúmeras quimeras completamente incompatíveis com a ancestralidae comum, mas perfeitamente aceitáveis no criacionismo. Onde estão elas? O "melhor" exemplo até agora foi do answers in genesis, que apontou, ora vejam só, formas transicionais, previstas pela ancestralidade comum, como sendo essas quimeras, que refutariam a ancestralidade comum.
Além dessa mostra de não conhecer bem o tópico logo de cara, também não entendi bem essa linha de discussão, onde quer chegar. O principal ponto dos criacionismos, sejam da Terra velha ou jovem, cristãos ou outros, é que os seres não descendem de um ancestral comum, o contrário do que propõe a teoria da evolução. E não vejo a relevância do que foi colocado até agora, tanto para simples refutação da ancestrailidade comum, quanto para provar que as espécies originaram-se juntamente com a vida, a partir da terra, permanecendo relativamente fixas desde então, e tudo mais que for proposto nesse criacionismo.
Acho que a idéia era defender o fixismo de espécie com essa genética irreal; mas é interessante notar, que mesmo que fosse assim a genética, fazendo uso de argumentos parecidos com os dos criacionistas, poderiamos dizer que por exemplo, agora, nas épocas atuais, a genética é assim, dessa forma que não permite especiação, mas quem garante que foi sempre assim, e que sempre será? Parecido com os argumentos de alterações na velocidade da luz, e mesmo de evolução criacionista, para aqueles que admitem a impossibilidade de caberem todos os animais na arca. Mas não é esse o caso, a genética na realidade não favorece o fixismo.
E mesmo que se aceitasse o fixismo de espécie, ainda falta todo o resto desse criacionismo em questão, não é uma conclusão automática a partir de uma eliminação da possibilidade de especiação. Tem todos os outros criacionismos, e diversas outras coisas que se pode inventar.
Então, seja como for, eu sendo o "debatedor", ou sendo qualquer um que se dispuser a responder, acho que no mínimo seria muito importante uma revisão do esquema geral do debate.
acho que poderia ser algo assim:
- o(s) debatedor(es) evolucionista apresenta as evidências gerais em favor da ancestralidade comum universal (talvez já com breves antecipações das críticas dos criacionismos, para não se perder tempo), suas previsões e possíveis refutações, etc;
- e o debatedor (ou debatedores) em favor desse criacionismo, o descreve (se é TJ, TV, por Javé ou outro, etc), bem como as evidências a seu favor - que não devem ser refutações da evolução, que pelo amor de Vênus, não são evidências automáticas para qualquer criacionismo mais do que para qualquer outro ou qualquer outra coisa que se invente. Coloca também suas previsões e possíveis refutações.
Assim cada um falaria do que supostamente entende, para começar; depois eu não sei, réplicar, questinamentos às evidências apresentadas, ou apresentação de possíveis refutações.