O meu caso com a descrença em deus foi aguçado com a depressão, quando muitos religiosos me vinham falar que isso era problema de falta de fé, e eu segui o caminho mais correto e eficaz para mim, que foi o tratamento médico.
Nessa época já não tinha medo da morte, pelo contrário, tinha um grande desejo de morrer, só queria me ausentar da dor da morte, isso sim eu tinha medo, não queria sofrer.
Mas como família é tudo, tive uma grande ajuda dela nessa hora. Todos os problemas ficaram pequenos diante da minha situação doentia, tive o apoio de todos. Isso foi o que mais me ajudou.
Assim hoje eu vejo a morte como a desativação cerebral e consequentemente do restante do corpo humano. Quem dirá que estou errado?
E a maneira de lidar com a morte tem mais a ver com a maneira que a pessoa lidou com a vida. Drauzio Varela que estudou muito isso, através dos contatos com doentes terminais.