Não é só isso. Tem também interesses das corporações que podem distorcer o mercado, como as empresas aumentarem o preço a partir de um acordo secreto, como faziam empresas farmacêuticas, ou como digo, se apoiarem em falhas da legislação para retardar ou distorcer pagamentos de indenizações, como no prédio de Naji Nahas, e coisas assim. Isto é, o estado acaba protegendo a 'parte fraca' do relacionamento para que as corporações não 'montem encima' do consumidor.
Mas é claro que o resto é sim regulado pelo mercado, inclusive também pela imprensa. Isto é, se vc faz testes públicos, fica à mostra que a empresa é picareta, e perde mercado. Logo, a empresa passa a fazer testes.
Não é muito difícil arrebatar um cartel, basta parar de comprar dos mesmos. Se as pessoas não o fazem, significa que não tem interesse em acabar com os carteis. Serão os políticos a ditar o que as pessoas gostam?
'Aplicadas no mundo' não é igual a 'aplicadas nos países totalitários de extrema esquerda'. Assim como já indicou L Souto, o socialismo faz mais sentido em sociedades com alta industrialização, que não foram os casos de ditaduras de extrema esquerda.
Em países com industrialização? O capitalismo cria suas próprias indústrias, porque o socialismo não o pode?
Idi Amim tinha um discurso socialista, e depois foi mudando, inclusive matando e peseguindo seus antigos aliados. E em Cuba não foi diferente. Mas isso já não é, economica e politicamente falando, socialismo. Assim como não era capitalismo politica e economicamente falando as ditacuras de direita na AM Latina, porque não havia livre comércio de verdade, poque não havia discussão política e muito menos econômica, então o próprio estado distorcia essa 'capitalismo'.
Não sei se fui claro, o post ficou um pouco extenso, i'm sorry Smile
Liberdade anda com liberdade, autoritarismo anda com autoritarismo. Centralizar o estado como quem decide os gostos das pessoas baseado em leis e sentenças é dar margem também a algum político que decide quem é criminoso baseado somente em uma opinião própria.
Vamos dizer que você, como eu fiz alguns anos atrás, vá a uma loja bem recomendada, com anos de atividade na venda de produtos de informática e com bons preços (nem baixos demais, nem altos).
Você compra uma impressora, pelo preço médio dela, leva para casa e ao abrir a caixa... descobre que o conteúdo está todo revirado, o cartucho está vazio e com a embalagem rasgada, o CD de instalação está solto na caixa e todo arranhado e a impressora está com uma peça quebrada.
Não é exagero, aconteceu mesmo comigo.
Com as leis que protegem o consumidor, você volta na loja e exige a troca ou seu dinheiro de volta. Caso não lhe atendam, você processa.
Sem as leis, os funcionários da loja lhe dizem um "dane-se", e você fica com o prejuízo. Você nunca mais vai comprar naquela loja e vai fazer propaganda negativa dela para quem você conhece, mas o prejuízo permanece.
Talvez você não se importe de ficar sem 300 reais. Eu, particularmente, fico bem irritado se perder essa quantia, ainda que ela não me faça falta. Afinal, eu trabalhei por esse dinheiro.
Esse é só um caso.
Há outras situações.
Eu nem chamaria de propaganda enganosa, porque não é difícil de verificar. Da próxima vez, porque não balança a caixa para ver se está tudo revirado?
Ou mais garantido, pede para ver seu produto? Vendedores chegam ao ponto de perseguir pessoas pela rua, mostrar o conteúdo de uma caixa não é algo tão distante.
Se você vier me dizer que uma loja se recusa a te mostrar o que você está comprando, aí eu não entendo como você ainda compra em uma situação suspeita dessas.
Num livre mercado é desnecessárias essas leis. As empresas tem o dever de satisfazer o consumidor se não quebram.
E você realmente acredita nesse conto de fadas. Para mim parece o mesmo discurso utópico dos socialistas e comunistas. 
Ué? Me diz empresas que seus produtos não fazem sucesso mas que são um sucesso.
Na verdade eu não bebo refrigerante. Mas, sim, eu já vi produtos da Coca-Cola estragados e/ou com impurezas dentro das garrafas. E nem adianta culpar os revendedores porque as garrafas estavam lacradas e em perfeito estado. Hmph!
"Já vi"? Ah bom, então já é bem mais puro (tirando as calorias) que água mineral ou de riachos limpos.
Ora essa! Mas eu (só posso falar por mim) não sou contrário ao mercado. Adoro comprar, adoro consumir, adoro exibir o que compro. Só não caio nessa ilusão de que é possível os consumidores fazerem pressão sobre empresários de maneira que nem sejam necessárias as leis. Ainda mais em um país lotado de ignorantes, como o Brasil.
É ótimo ter várias opções do mesmo serviço. Mas, mesmo com várias opções, ainda há mil maneiras dos empresários causarem prejuízos aos clientes. E não adianta esperar que eles sejam bonzinhos repondo o prejuízo por vontade própria ou pressão de meia dúzia de insatisfeitos. Alguns empresários tem imensa boa vontade e interesse em agradar seus clientes. Mas a maioria não está muito preocupada em fazer algo acima da média.
Então Orbe, o problema é outro. Você tem que se acostumar que o mercado se adapta ao que a maioria aceita, não a você. Se você acha MC Donalds um lixo, a maioria não acha.
Sem falar que ter várias opções não significa que alguma delas seja boa. Cada empresa de celular do RJ tem suas vantagens e desvantagens. Você se irrita com uma, pula para outra e só o que consegue é achar um novo motivo para se aborrecer.
Concordo, celulares são um lixo, e as empresas ainda mandam anúncios.
Sabe que eu não tenho celular?
Uma boa regulamentação do mercado, demonstrando transparencia, é bom para todo os entes do mercado. As boas empresas não se preocupam com as leis, pelo contrário, elas até adiantam tendências.
Os Estados Unidos, ao contrário do que muitos pensam, tem ótimas agências reguladoras, fato que mantem a boa qualidade do mercado, através de alta competitividade com regras claras de atuação.
Hmm, não. Leis significa exatamente ir contra a deixar nas mãos de oferta e procura, logo se o mercado está dando o que o consumidor quer comprar é discutível. Afinal, os EUA não são reis dos cartéis, e com ajuda de leis impostas por políticos patrocinados?