Autor Tópico: QI baixo?  (Lida 2288 vezes)

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Offline Fabi

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QI baixo?
« Online: 30 de Abril de 2008, 18:31:16 »
Na Bahia, coordenador atribui resultado(do Enade) a "baixo QI dos baianos"

RENATA BAPTISTA
da Agência Folha
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Ministério da Educação divulgou ontem a lista dos 17 cursos de medicina que serão supervisionados por causa das baixas notas dos seus alunos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Para o coordenador do curso de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Antônio Dantas, 69, o baixo rendimento dos alunos da faculdade no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) se deve ao "baixo QI [quociente de inteligência] dos baianos".

Os alunos de medicina da UFBA obtiveram conceito dois no exame. "Se não houve boicote dos estudantes, o que não acredito, o resultado mostra a baixa inteligência dos alunos."

Para Dantas, que é baiano, o corpo docente da faculdade é qualificado e não seria justificativa para o mau resultado no exame. O coordenador disse que o suposto baixo QI dos baianos é hereditário e verificado "por quem convive [com pessoas nascidas na Bahia]".

"O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria", afirmou, ressalvando que há exceções a sua regra.

Questionado se já foi alvo de críticas, Dantas disse que é "franco" e que "reconhece a limitação dos que o cercam". Ele afirmou que não foi notificado pelo MEC sobre os resultados e que vai analisar os erros dos alunos assim que recebê-los.

A diretora da Faculdade de Medicina da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Rosana Vilela, disse que uma possível explicação para o baixo rendimento dos alunos de medicina (conceito dois) foi a mudança no currículo em 2006.

"A nota [do Enade] é construída basicamente em cima da nota do concluinte, que é o aluno do currículo antigo, sendo que a prova é feita baseada nas novas diretrizes que norteiam o currículo novo", disse.

A UFPA (Universidade Federal do Pará) --que recebeu conceito dois- informou, em nota, que só se pronunciará sobre a avaliação quando for notificada. Na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), ninguém foi localizado para comentar a nota do Enade.

Boicote

Para Arquimedes Ciloni, presidente da Andifes (associação que representa os reitores das universidades federais), é provável que o desempenho ruim de quatro cursos de medicina de universidades federais no Enade seja resultado de um boicote dos estudantes.

"Chama a minha atenção a situação da UFBA, que tem condições de oferta de ótima qualidade", afirmou.

Ele citou ainda o fato de a universidade ser considerada tradicional --ela abriga o primeiro curso de medicina criado no Brasil, no ano de 1808. Para Ciloni, embora não seja um fator decisivo para o desempenho dos estudantes, um dos maiores problemas dos cursos de medicina das instituições federais hoje é a dívida dos hospitais universitários.

O débito --que, segundo ele, já soma R$ 450 milhões-- dificulta a modernização dos equipamentos, disse. A Folha procurou a Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares), mas ninguém ligou de volta até o fechamento desta edição.

Colaboraram SÍLVIA FREIRE, da Agência Folha, e KÁTIA BRASIL, da Agência Folha, em Manaus

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u397281.shtml
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Offline Orbe

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Re: QI baixo?
« Resposta #1 Online: 30 de Abril de 2008, 19:19:44 »
Para mim é uma clara demonstração de preconceito. Além de ser uma ofensa gratuita a todos os habitantes do estado da Bahia. Ele deve ser processado, preso e forçado a pedir desculpas publicamente. Minha opinião.

E, é claro, deveria ser gentilmente convidado a se retirar de seu cargo como coordenador de um curso superior. A incompetência dele fica evidente em suas declarações preconceituosas.

Primeiro por atribuir a culpa pelo fracasso totalmente aos estudantes. Inicialmente a culpa é sempre dos profissionais. Só depois de revistas as metodologias e o comportamento dos profissionais é que se vai cogitar a possibilidade dos alunos de um curso serem culpados por seu desempenho insatisfatório.

E depois por, em pleno século XXI, estar falando de QI. Alguem ainda leva testes de QI a sério hoje em dia?! Ainda mais atribuindo baixo QI a toda uma população, baseado apenas em achismos e opiniões pessoais preconceituosas?! Aliás, é tão ridículo que chega a ser cômico. Ele prefere atribuir a culpa a uma população inteira, atribuir uma deficiência intelectual a todo uma unidade da federação, do que rever seu trabalho e reconhecer sua responsabilidade (e de seus colegas professores e diretores) pelo fracasso. :histeria:

Por fim, o Enade é uma piada e não pode ser levado a sério. Nem ele, nem o Enem.
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline Alenônimo

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Re: QI baixo?
« Resposta #2 Online: 30 de Abril de 2008, 19:31:08 »
Meu QI é de 128. :P

Acho que o QI varia pela educação que a pessoa recebe, e não simplismente pela região onde mora ou a raça a qual pertence. Talvez religião ajude a baixar QIs mas aí é só uma teoria minha.

E sim, o fracasso é culpa do governo que não conseguiu ensinar direito ao povo baiano. E é por isso que tiraram notas tão baixas e, muito provavelmente, que fez com que boa parcela de sua população tenha QI baixo. ::)
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Luis

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Re: QI baixo?
« Resposta #3 Online: 30 de Abril de 2008, 23:25:24 »
É triste ler isso.
Este tipo de comentário (do Antônio Dantas) deve ser execrado de todas as formas e vou explicar algumas razões simples:

1) Não existe teste de QI, nunca existiu nem nunca existirá. Existe teste de INTELIGÊNCIA (um constructo. Ou seja, uma variável não observável diretamente) e o resultado se dá sob a forma de escores brutos, sofre padronização para ser transformado em NOTA ELABORADA. Ainda assim, esta nota elaborada pode ou não (dependendo do teste) se ilustrar a partir do QI. Como exemplo, um teste de Inteligência como o Matrizes Progressivas de Raven (Escala Geral) aponta seus resultados sob o viés de Níveis de Inteligência e respeita a ordem dos Desvios Padrões.
É um tanto óbvio que os testes de inteligência recebem críticas de todos os lados. As definições de inteligência se acumulam em pilhas de livrarias de psis (psiquiatras e psicólogos) e os instrumentos não podem se adaptar na mesma velocidade do avanço que se faz neste campo. O que é preciso saber é que estes testes vem sendo utilizados com inúmeras teorias, sua grande maioria tem método psicométrico (leia-se,matemático; análise fatorial) e as revisões sao constantes.

2) Infelizmente o Antônio Dantas fez um péssimo uso de teste psicológico. O que me espanta é que o sujeito parece desconhecer qualquer ponto do que eu falei acima e, mesmo assim, ser coordenador do curso de medicina.

3) Que explicação reducionista.

Acredito que pode-se concluir um fator óbvio com esse tipo de comentário. Eu sou da área de Neuropsicologia, portanto, eu consigo articular bem informações voltadas ao corportamento e à neurologia. No entanto, eu não me atrevo a falar sobre as lógicas físicas que regem o movimento dos corpos, os coeficientes de movimento, etc. Em determinadas situações, principalmente em área pública, é melhor se calar sob o risco de falar (uma tremenda) desrazão.

Offline Donatello

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Re: QI baixo?
« Resposta #4 Online: 01 de Maio de 2008, 01:29:01 »
O mais engraçado (ou triste) foi assistir à entrevista do sujeito (acabei de ver aqui na TV). É o tipo de pessoa  que você ouve falando e se pergunta: "Puta raios! comé que esse sujeito chegou a receber um diploma do ensino fundamental?"

O cara fala tão mal que eu fiquei arrasado... diretor de um curso de Medicina de uma universidade pública... |(

Offline J Ricardo

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Re: QI baixo?
« Resposta #5 Online: 01 de Maio de 2008, 02:02:40 »
Eu toco contra baixo de 12 cordas! Nem preciso trazer a público meu Q.I...

Offline Lua

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Re: QI baixo?
« Resposta #6 Online: 04 de Maio de 2008, 22:53:18 »
O mais engraçado (ou triste) foi assistir à entrevista do sujeito (acabei de ver aqui na TV). É o tipo de pessoa  que você ouve falando e se pergunta: "Puta raios! comé que esse sujeito chegou a receber um diploma do ensino fundamental?"

O cara fala tão mal que eu fiquei arrasado... diretor de um curso de Medicina de uma universidade pública... |(


Bem, já vi bem piores em outras faculdades públicas. Pior do que o suposto péssimo desempenho dos alunos de medicina é um curso desse nível com um coordenador como esse...

O que posso dizer é que achei as declarações lamentáveis. Aliás, qualquer baiano deve ter se sentido ofendido com as generalizações desnecessárias e preconceituosas. Segundo meu vizinho que é aluno da UFBa, na terça feira ele será afastado...

E outra... Não sei a partir de quando o ENADE serviu para indicar a qualidade das faculdades. Vários colegas meus que fizeram boicotaram o exame...  |(
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Offline FZapp

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Re: QI baixo?
« Resposta #7 Online: 05 de Maio de 2008, 07:41:02 »
E desde quando notas baixas são sinal de QI baixo ? Einstein foi um aluno regular da escola média, isso não significa nada... a explicação da Dra Rosana Vilel é muito melhor, e não cai no preconceito facilista.
--
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Offline FxF

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Re: QI baixo?
« Resposta #8 Online: 06 de Maio de 2008, 22:11:59 »
As escolas são uma linha de montagem de ensino. A última coisa que servem é para glorificar os mais inteligentes. Servem sim para meter algo goela abaixo das massas mais burras.

Offline Fabulous

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Re: QI baixo?
« Resposta #9 Online: 08 de Maio de 2008, 11:03:17 »
Eu sempre tive raiva desse porra de QI, sempre o meu foi entre a média ou baixo... :x
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Offline Sr. Alguém

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Re: QI baixo?
« Resposta #10 Online: 08 de Maio de 2008, 19:31:45 »
Se na Bahia são todos burros, por que esse professor não conseguiu trabalho numa universidade de outro estado  ou país o povo é mais inteligente ? Por que não está em Harvard ou Oxford ? Será que ele tambem se acha pouco inteligente ?
Será que ele sabe tocar pelo menos berimbau ?
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Offline Lua

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Re: QI baixo?
« Resposta #11 Online: 09 de Maio de 2008, 09:59:55 »
As escolas são uma linha de montagem de ensino. A última coisa que servem é para glorificar os mais inteligentes. Servem sim para meter algo goela abaixo das massas mais burras.

O ensino é uma porcaria, isso sim. Se o ensino público é deficiente e precário, o particular é voltado quase que unicamente para formar vestibulandos. Pelo menos aqui, é o que tenho visto. Do 1° ao 3° colegial, só se fala em questão de vestibular.

Ninguém aprende mais porque é necessário aprender; aprende-se porque é preciso passar em algum vestibular. E como agora tem uma faculdade em cada esquina, gastar rios de dinheiro com o ensino médio é desperdício. E entrar nas públicas é uma prova de guerra... No curso de medicina da UFBa então... Vários amigos meus tentaram durante anos (enquanto isso, passavam em todos os outros vestibulares que faziam, coitados) e não conseguiram...

Se na Bahia são todos burros, por que esse professor não conseguiu trabalho numa universidade de outro estado  ou país o povo é mais inteligente ? Por que não está em Harvard ou Oxford ? Será que ele tambem se acha pouco inteligente ?
Será que ele sabe tocar pelo menos berimbau ?

Simples: ele é coordenador de um dos cursos mais procurados na Bahia, o curso de Medicina da Federal. O curso pode nem ter qualidade, mas sendo federal, já vale muita coisa.

Justificando sua colocação, Sr. Spock, palavras dele na entrevista:
"Só sai aquele barulho, 'pu pu pu pu pu pu'. Isso por acaso indica qualidade intelectual muito elevada? Não" . Diante disso, duvido muito que ele queira aprender ou mesmo tenho aprendido a tocar berimbau. Que pessoa com qualidade intelectual elevada (no caso, ele), perderia tempo aprendendo a tocar aquilo? :p
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Offline Iconoclasta SP

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Re: QI baixo?
« Resposta #12 Online: 09 de Maio de 2008, 11:29:12 »
Bom, berimbau é um instrumento ridículo mesmo incapaz de gerar mais do que 2 notas. Como nem completa uma oitava, acho que nem deveria ser classificado como instrumento musical.  Se aquela porcaria é instrumento, então um um telefone com discagem de tom é uma orquestra.

Mas é óbvio que esse tal de Dantas, que regionalizou a burrice geograficamente, conseguiu não provar que o baiano é burro mas sim que existem burros na Bahia (ele mesmo). O argumento pode ser pitoresco, mas é esdrúxulo. Se assim fosse, quem toca Harpa, que tem umas 800 cordas, teria a sapiência dos maiores filósofos da História somados. .

A verdade é que o fenômeno de perda de inteligência, muito mal exemplificado pelo tal Reitor, de fato existe. Se você for comparar os intelectuais bahianos de hoje com os que já houveram, realmente temos que admitir que o nível caiu. Mas não é um fenômeno regionalizado. O Brasil está ficando mais burro a cada dia que passa, graças aos bons préstimos da imprensa analfabeta como a Globo e seus Big-Brothers, da abolição das bibliotecas públicas, do dinheirismo, do individualismo...

Offline Lua

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Re: QI baixo?
« Resposta #13 Online: 09 de Maio de 2008, 11:57:50 »
Bom, berimbau é um instrumento ridículo mesmo incapaz de gerar mais do que 2 notas. Como nem completa uma oitava, acho que nem deveria ser classificado como instrumento musical.  Se aquela porcaria é instrumento, então um um telefone com discagem de tom é uma orquestra.

Que não me ouçam os ardorosos defensores do berimbau, mas também acho o som uma chatice entediante. E não chame o instrumento de porcaria, menino... Levando em conta o que tem sido dito por aqui, você estaria ofendendo diretamente a cultura afro-brasileira, uma vez que o berimbau é representativo desse povo e também da Bahia (pelo menos é o que os turistas - em sua grande parte - pensam que a Bahia é: berimbau, baiana de acarajé e carnaval).

Inclusive, muitos jornalistas, professores e outros tantos criaram uma sequência lógica para explicar o racismo do professor: se berimbau é instrumento da cultura negra, se quem toca são negros, logo, esses seriam desprovidos de inteligência - nas palavras dele "instrumento de quem só tem um neurônio". Partindo-se disso, os resultados ruins estaria co-relacionados ao ingresso de negros no curso de medicina através do sistema de cotas, uma vez que os detentores de um 'único neurônio' não estaria aptos a atingir bons resultados num curso tão complexo. E não são minhas palavras: foram ditas em jornais televisionados, mencionadas em artigos na internet.

Como se pode ver, a coisa já tomou uma proporção bem maior (como tudo no Brasil, claro). E levando em conta a péssima qualidade do ensino médio das escolas públicas e o nível social mais baixo da população que ingressa pelo sistema de cotas (como todos sabem, alguns cursos exigem recursos e uma disponibilidade que muita gente não possui), seria natural uma queda no desempenho das avaliações dos cursos. Será que estou sendo preconceituosa em minhas opiniões ou é uma constatação óbvia? 

A verdade é que o fenômeno de perda de inteligência, muito mal exemplificado pelo tal Reitor, de fato existe. Se você for comparar os intelectuais bahianos de hoje com os que já houveram, realmente temos que admitir que o nível caiu. Mas não é um fenômeno regionalizado. O Brasil está ficando mais burro a cada dia que passa, graças aos bons préstimos da imprensa analfabeta como a Globo e seus Big-Brothers, da abolição das bibliotecas públicas, do dinheirismo, do individualismo...

Acho que o problema não está na Bahia ou em outro estado, especificadamente. A verdade é que as pessoas perderam o hábito de aprender, de pensar criticamente. Preferem estar acomodadas no sofá, assistindo e reproduzindo o que a globo e outros canais exibem. E é lamentável que o número de cabeças pensantes diminua a cada dia... E a tendência é piorar...
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Offline Iconoclasta SP

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Re: QI baixo?
« Resposta #14 Online: 09 de Maio de 2008, 12:03:05 »
Lua, sua conclusão final foi exatamente o que eu tentei dizer, no meu português macarrônico.

E você realmente está coberta de razão quanto à questão do policiamento cultural que existe. Note que se eu disser que a guitarra é um instrumento irritante e que produz sons distorcidos nada acontece, mas falar mal do berimbau é bem provável que surja uma ONG dos direitos Afro-culturais descendentes e tente me por na cadeia por crime de racismo.

Mas digo e repito: um telefone com discagem de tom produz uma melodia mais interessante que a do berimbau. Não é porque é tradicional que é bom, não é porque é "afro" que é bom.

Offline Lua

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Re: QI baixo?
« Resposta #15 Online: 09 de Maio de 2008, 12:18:23 »

O grande problema de estar na capital que mais possui negros no país é esse: tudo soa como racismo, tudo é visto como racismo. As pessoas criam sequências lógicas absurdas para explicar o eterno drama de 'somos um povo excluído e vocês continuam nos maltratando' (quase apanhei na faculdade quando disse isso). E não, eu não discordo disso; eu apenas acho que essa postura de vítima durante todo o tempo e em momentos em que ela não se justifica se tornou cansativa e tediosa.

Expressão perfeita para o que ocorre aqui: "policiamente cultural". Você pode dizer que um branco é bandido, ladrão, imprestável. Diga isso de um negro e você vai ver o que acontece. Basta o fato de ser negro e as coisas ganham uma dimensão incrível. E que me crucifique quem quiser, mas é isso que acontece o tempo todo. É o que tenho presenciado nas mais diversas situações.

Deixe-me exemplificar: uma mulher supostamente furtou um leite em pó de uma grande rede de supermercados. Pega pelos seguranças, os familiares criaram um circo dizendo que ela havia sido presa por ser negra e pobre. Foram a um programa de tv (Se liga bocão - mais baixo nível que esse, ainda não existe) que conseguiu um advogado e soltaram a moça. Uma semana inteira e essa moça sendo tratada como princesa, pra compensar o 'horrível fato de ter sido presa ao furtar um leite em pó para dar às crianças". Salão de beleza, roupas, cursos disso e daquilo (uma atitude digamos, louvável). E eis, que surge a verdade através das palavras do delegado: não havia sido apenas uma lata de leite. Ela furtou dezenas de outras coisas, inclusive roupas e coisas que de nada serviriam para matar a fome das crianças em casa. Resultado: o apresentador, que acusou todo mundo de racista e gritou aos quatro ventos que daria dignidade àquela 'pobre afro-descendente', ficou com a 'cara no chão'.

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Offline DDV

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Re: QI baixo?
« Resposta #16 Online: 09 de Maio de 2008, 15:05:59 »
Há algo que torna as afirmações do coordenador ainda mais descabidas: o curso de medicina não é algo que exija muuuito QI (supondo ser o QI um indicador preciso e confiável de inteligência). Há talvez alguma exigência de QI para a pessoa entrar no curso de medicina em faculdade pública, mas não para ter bom desempenho no curso em si.

Os assuntos de medicina não são difíceis, abstrusos ou complexos, são relativamente simples e inteligíveis, na minha opinião, por qualquer pessoa de inteligência mediana. O problema é a quantidade de assuntos que é dada em pouco espaço de tempo. É muito decoreba, muita memorização. Quando os alunos vão fazer a prova, parece que estão decorando números de telefone, usando a memória de curto prazo, para após a prova não lembrarem de 5% do que foi cobrado nela.

Eu particularmente tenho dois esquemas de estudo: um é o estudo "para a prova", que eu deixo para os últimos 2 ou 3 dias antes da prova, a depender do assunto, já que se eu estudar com mais antecipação do que isso provavelmante já terei esquecido o assunto a tal ponto que nem mesmo uma simples revisão seria suficiente para relembrá-lo convenientemente.

Fora das épocas de prova, eu faço o estudo "para aprender". Aí sim eu estudo com mais calma, o que é mais importante, com mais vontade e melhor assimilação do assunto.

Dá para perceber do que postei que o ensino e a avaliação do curso de medicina não estão lá muito adequados, eu posso afirmar que muitas vezes a faculdade mais atrapalha do que ajuda os alunos a aprenderem os assuntos realmente necessários e relevantes para a formação médica (a não ser que alguém aqui ache que é importante, mesmo para o especialista, saber se o flagelo de uma determinada bactéria gira no sentido horário ou anti-horário!)

Dos estudantes de outros países que eu já conversei, todos me disseram que em seus respectivos países não é obrigatória a frequência dos alunos a aulas teóricas (para assistirem os professores lerem trechos de livros copiados em slides e ficarem dizendo em 30 minutos obviedades que aprendemos em 5 minutos de leitura).

As aulas começam às 7 da manhã e podem ir até 18 horas, com 1 hora de intervalo para almoço. Muitas vezes as aulas ocorrem em locais diferentes da cidade, e o aluno tem que se deslocar 2 ou 3 vezes por dia (acho que os alunos não reclamam porque a maioria tem carro). Antes de terminar o Ciclo Básico (até o 8° semestre), menos de 25% da carga horária é de aulas práticas.

A faculdade é feita por professores para os professores. Eles geralmente obrigam os alunos a irem aos hospitais onde trabalham para ouvirem aulas que de prática só têm o nome (eles mesmos as chamam de "teórico-prática"), ao invés deles virem à faculdade darem essas aulas. Quase todos eles trabalham em hospitais e usam a faculdade como "bico" (uma renda complementar).

Em suma, se o ensino e a avaliação fossem mais racionalizados, focando a prática e o essencial desde o início, sem a obrigação de ir à faculdade ver professor ler slides, com carga horária verdadeiramente prática em pelo menos o dobro da atual, acho que os alunos teriam condições de tornarem as faculdades muito mais renomadas do que já são (em muitas delas, a única coisa que presta atualmente são os alunos).


PS:  As críticas que eu fiz se aplicam à UFBA, não tenho certeza se se aplicam integralmente às demais universidades federais, apesar de achar que poucas delas se salvam disso.





 

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Re: QI baixo?
« Resposta #17 Online: 09 de Maio de 2008, 15:16:19 »
Quanto ao ENADE, eu acredito que o fato de apenas alguns alunos serem selecionados para fazê-lo facilitou muito o boicote. Quando todos os alunos faziam a prova, provavelmente era difícil organizar um boicote tão impactante. O problema é que foi mal organizado, pois a nota deveria ser 0 (como ocorreu com a UNIFESP há alguns anos, se eu não me engano).  Obviamente que isso não é tudo, a nota reflete também muitas deficiências, e eu gostei muito que a UFBA seja supervisionada pelo MEC, pois na minha opinião os bons resultados em provões se devem mais aos alunos do que às faculdades, e com uma nota alta a faculdade não é supervisionada ou avaliada diretamente de nenhuma forma.
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Re: QI baixo?
« Resposta #18 Online: 09 de Maio de 2008, 15:16:34 »
Bem, vou dizer exatamente a imagem que os paranaenses tem da Bahia: Berimbau, capoeira e festa, tão somente. As pessoas dizem por aqui que baiano é preguiçoso por que a única coisa que vemos na TV e nos jornais sobre a Bahia são festas e mais festas que duram semanas. Todos se perguntam como sobrevivem com mega-feriados festivos que duram uma semana.

Eu também não gosto de falar com baianos. Qualquer coisa que você diga eles interpretam como ofensas a eles. Existem exceções, mas a experiência prova que boa parte deles se hiper-valoriza, como se estivéssemos preocupados em atacá-los o tempo todo por alguma razão.

O que me deixa extremamente irritado é a propagada feita principalmente por cariocas e bahianos de que o Brasil inteiro gosta das festas como eles fazem, do carnaval deles, do axé, da "alegria". É comum ver artistas destas regiões da TV dizendo o Rio é cara do Brasil ou a Bahia é o retrato do Brasil.

Estas duas regiões não são retratos do Brasil e são minorias frente a todo resto, mas gostam de falar em nome nacional. Tenho certeza que não sou só eu que se irrita com esta postura e isso vai se espalhando criando este ressentimento entre regiões.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: QI baixo?
« Resposta #19 Online: 09 de Maio de 2008, 15:27:07 »
Bem, vou dizer exatamente a imagem que os paranaenses tem da Bahia: Berimbau, capoeira e festa, tão somente. As pessoas dizem por aqui que baiano é preguiçoso por que a única coisa que vemos na TV e nos jornais sobre a Bahia são festas e mais festas que duram semanas. Todos se perguntam como sobrevivem com mega-feriados festivos que duram uma semana.

Eu também não gosto de falar com baianos. Qualquer coisa que você diga eles interpretam como ofensas a eles. Existem exceções, mas a experiência prova que boa parte deles se hiper-valoriza, como se estivéssemos preocupados em atacá-los o tempo todo por alguma razão.

O que me deixa extremamente irritado é a propagada feita principalmente por cariocas e bahianos de que o Brasil inteiro gosta das festas como eles fazem, do carnaval deles, do axé, da "alegria". É comum ver artistas destas regiões da TV dizendo o Rio é cara do Brasil ou a Bahia é o retrato do Brasil.

Estas duas regiões não são retratos do Brasil e são minorias frente a todo resto, mas gostam de falar em nome nacional. Tenho certeza que não sou só eu que se irrita com esta postura e isso vai se espalhando criando este ressentimento entre regiões.



Isso é verdade!
Eu não entendo porque se faz propagandas colocando as coisas "afro" como mais "brasileiras" do que as demais, ora! O Brasil é formado por povos de diversas origens, e não há lógica (nem moral) nehuma em se colocar uma dessas origens como mais ou menos "brasileira" do que as demais. As coisas "afro" são tão brasileiras e tão estrangeiras (africanas) quanto as demais "culturas" aqui existentes.
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Offline Orbe

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Re: QI baixo?
« Resposta #20 Online: 09 de Maio de 2008, 15:36:41 »
E levando em conta a péssima qualidade do ensino médio das escolas públicas e o nível social mais baixo da população que ingressa pelo sistema de cotas (como todos sabem, alguns cursos exigem recursos e uma disponibilidade que muita gente não possui), seria natural uma queda no desempenho das avaliações dos cursos. Será que estou sendo preconceituosa em minhas opiniões ou é uma constatação óbvia?

Em várias universidades foram feitas pesquisas sobre desempenho dos alunos ao longo do curso. E em várias delas os alunos que entraram pelo sistema de cotas obtiveram melhor desempenho durante o curso, do que os alunos que passaram pelo vestibular sem a vantagem das cotas. Na estadual do Rio de Janeiro, por exemplo. Mas é claro que pode ser apenas manipulação da pesquisa... Nunca se sabe.

Então, respondendo sua pergunta, se você não sabe (e nunca procurou saber) dessas pesquisas, sim, está sendo preconceituosa.



O que me deixa extremamente irritado é a propagada feita principalmente por cariocas e bahianos...

Correção: "[...] por ALGUNS cariocas e ALGUNS baianos [...]"

Eu odeio essas festas.

Tenho certeza que não sou só eu que se irrita com esta postura e isso vai se espalhando criando este ressentimento entre regiões.

Esse ressentimento vem de coisas como patriotismo e bairrrismo. Se as pessoas parassem com comportamentos ilógicos como o de amar ou de se orgulhar do lugar onde nasceram, esse ressentimento deixaria de existir.
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline Lua

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Re: QI baixo?
« Resposta #21 Online: 09 de Maio de 2008, 15:54:36 »

Em várias universidades foram feitas pesquisas sobre desempenho dos alunos ao longo do curso. E em várias delas os alunos que entraram pelo sistema de cotas obtiveram melhor desempenho durante o curso, do que os alunos que passaram pelo vestibular sem a vantagem das cotas. Na estadual do Rio de Janeiro, por exemplo. Mas é claro que pode ser apenas manipulação da pesquisa... Nunca se sabe.

Então, respondendo sua pergunta, se você não sabe (e nunca procurou saber) dessas pesquisas, sim, está sendo preconceituosa.

Sim, eu sei dessas pesquisas. Sei dos resultados positivos obtidos em algumas universidades e sei também dos resultados negativos obtidos por outras. Não quis dizer que quem entra pelo sistema de cotas não consegue acompanhar o ritmo de um curso universitário (até porque, como o Dono da Verdade disse, nem tudo é tão complexo e difícil assim). Conheço professores de universidades (UFBA e UEFS) que notaram uma queda no desempenho não em razão do baixo QI ou incompetência dos alunos cotistas, mas principalmente, em razão dos custos que alguns cursos apresentam. Sem contar que muitos trabalhavam e não tinham meios de se dedicar a um aprendizado de maior qualidade. Esse é um dos lados da moeda.

Do outro lado, existem pessoas que saíram de escolas públicas (pouco importa se negros ou não) e que obtiveram desempenho excelente, superior aos alunos que saíram de escola particular e que tinham uma boa base de ensino. O que eu quis dizer pode ter soado preconceituoso, mas não era a minha intenção. Conheço gente que hoje estaria fora de uma universidade se não existisse o sistema de cotas - inclusive eu seria beneficiada, já que estudei a minha vida inteira em escolas públicas. E o melhor: gente que sabe o que quer, que certamente fará diferença no mercado de trabalho. Gente que, levando em conta as dificuldades que passa, sabe valorizar a oportunidade que recebeu.
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Offline DDV

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Re: QI baixo?
« Resposta #22 Online: 09 de Maio de 2008, 16:09:19 »

Citação de: Orbe
O que me deixa extremamente irritado é a propagada feita principalmente por cariocas e bahianos...

Correção: "[...] por ALGUNS cariocas e ALGUNS baianos [...]"

Eu odeio essas festas.

Eu também. Em época de carnaval eu viajo para o interior ou para outro estado.


Citação de: Orbe
Tenho certeza que não sou só eu que se irrita com esta postura e isso vai se espalhando criando este ressentimento entre regiões.

Esse ressentimento vem de coisas como patriotismo e bairrrismo. Se as pessoas parassem com comportamentos ilógicos como o de amar ou de se orgulhar do lugar onde nasceram, esse ressentimento deixaria de existir.


Realmente é ilógico se orgulhar do fato de ter nascido em um território específico do planeta. Mas eu acho que ele se refere à "cultura" regional, cultura essa cujo alguns ou todos os elementos não são compartilhados por todos os habitantes ou nascidos no território em questão, e a recíproca também é verdadeira: muitas pessoas de outros territórios apreciam alguns ou todos os elementos "culturais" de um outro (vide a quantidade de gente de outros estados e países que vão ao carnaval da Bahia. Fazer o quê, né?), sendo que geralmente essa "cultura" é estereotipada, caricaturada, generalizada e "amplificada" pela mídia.


Acho que a razão principal desse "ativismo" cultural da mídia em relação aos elementos culturais de origem africana é a influência do pensamento pós-moderno e esquerdista, aliado a uma razão econômica: o turismo. (Rio e Bahia são os lugares que mais recebem turistas no Brasil, se eu não me engano).
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Offline Lua

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Re: QI baixo?
« Resposta #23 Online: 09 de Maio de 2008, 16:11:45 »

O que me deixa extremamente irritado é a propagada feita principalmente por cariocas e bahianos...

Correção: "[...] por ALGUNS cariocas e ALGUNS baianos [...]"

Eu odeio essas festas.


Reitero a consideração do Orbe "Alguns baianos". Sou baiana e odeio ser vista como a garota da terra do axé, do acarajé e da diversão o ano inteiro. Odeio (outro ponto que ainda vai me dar prejuízo) chiclete com banana, bonde do maluco, babado novo e todas essas porcarias que surgem todos os anos e que são de péssimo gosto.

Bem, vou dizer exatamente a imagem que os paranaenses tem da Bahia: Berimbau, capoeira e festa, tão somente. As pessoas dizem por aqui que baiano é preguiçoso por que a única coisa que vemos na TV e nos jornais sobre a Bahia são festas e mais festas que duram semanas. Todos se perguntam como sobrevivem com mega-feriados festivos que duram uma semana.

 :lol: Bem, se consola você, eu vivo me fazendo a mesma pergunta. Não há um fim de semana em que não aconteça alguma festa, um aniversário de banda, uma homenagem a fulaninho que renda uma festa. Vale lembrar: ainda tem gente que trabalha para manter a máquina funcionando.

Eu também não gosto de falar com baianos. Qualquer coisa que você diga eles interpretam como ofensas a eles. Existem exceções, mas a experiência prova que boa parte deles se hiper-valoriza, como se estivéssemos preocupados em atacá-los o tempo todo por alguma razão.

 ::) O que posso dizer disso? Não gosto de dizer 'fulaninho é legal porque é baiano' ou 'fulaninho é detestável pq é carioca'. Essa mania de hipervalorizar uma cultura ou o fato de ser de um determinado local é medíocre e completamente descabida no mundo atual. Sim, baianos e cariocas gostam de se achar os 'tais', gostam de se mostrar para o mundo com seu carnaval colorido e suas fitinhas de senhor do bonfim. Honestamente, sou de qualquer lugar e minhas pretensões incluem ir embora daqui (não que eu não goste, pq adoro e sentirei falta do pôr-do-sol na Barra, das igrejas antigas, dos museus e de tantos outros lugares lindos). Sem contar que (isso pode me trazer prejuízos), não sou simpática ao Poder Judiciário baiano (com exceções, claro).

Estas duas regiões não são retratos do Brasil e são minorias frente a todo resto, mas gostam de falar em nome nacional. Tenho certeza que não sou só eu que se irrita com esta postura e isso vai se espalhando criando este ressentimento entre regiões.

Sabe o que ocorre? "Bahia, aqui nasceu o Brasil". Esse, se não estou enganada, era o slogan de uma propaganda do órgão responsável pelo incentivo ao turismo na Bahia. Nenhum estado pode falar em nome nacional. Um país como o Brasil, que tem diferenças culturais estrondosas não pode ser arvorar a ser representado por uma fitinha de senhor do bonfim, berimbau, avenida paulista, cristo redentor ou qualquer outro símbolo.

Só pra você saber Amenemés, não são todos os baianos que adotam essa postura ridícula e sem sentido nos dias atuais. E é por causa dela que nós baianos, pagamos o preço. Todos nós, afinal, aqui ninguém trabalha ou estuda - é carnaval o ano inteiro.  |(
« Última modificação: 09 de Maio de 2008, 16:15:42 por Lua »
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Offline DDV

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Re: QI baixo?
« Resposta #24 Online: 09 de Maio de 2008, 16:18:34 »
Lua, eu acho que os baianos (sem generalizar, claro) estão com uma mentalidade compatível com uma  possível época futura em que tudo será produzido pelas máquinas e administrado por computadores, cabendo às pessoas apenas procurarem coisas interessantes para fazer.
Eles estão muito à frente desse tempo!  :lol:
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