Autor Tópico: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde  (Lida 1042 vezes)

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Offline Diego

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Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Online: 17 de Maio de 2008, 10:24:44 »
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Em reunião na próxima segunda-feira, o governo poderá criar um novo imposto, além de aumentar um já existente --o IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, que é cobrado sobre o fumo--, visando à obtenção de verbas para a Saúde, informam os colunistas Guilherme Barros e Vinicius Torres Freire, em reportagem publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O novo imposto teria alíquota de 0,08% (a alíquota da CPMF era de 0,38%) e renderá ao menos R$ 8,7 bilhões, considerando que a arrecadação média do governo tende a aumentar neste ano. Já o IPI --que atualmente possui alíquota de 25% do valor do maço-- deverá sofrer um aumento ainda maior.

A criação de um novo imposto e o aumento do IPI seriam uma "reação" do governo ao projeto de lei que regulamentou a Emenda Constitucional 29, que prevê mais recursos para a Saúde, já aprovado pelo Senado e em tramitação na Câmara.

Com a aprovação do projeto, o governo teria de destinar R$ 10 bilhões a mais para a Saúde. Esse valor sairia da verba orçamentária do governo, o que não agrada o presidente Lula, que não gostaria de ser obrigado a vetar a lei, se a mesma fosse aprovada pela Câmara.

Desde janeiro deste ano, quando a CPMF deixou de ser cobrada, o governo procura formas para suprir os R$ 40 bilhões perdidos em arrecadação. Uma delas foi o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre financiamentos, o que deverá cobrir cerca de 25% da perda com a CPMF prevista para 2008.

A íntegra da reportagem está na Folha deste sábado, que já está nas bancas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u402814.shtml



Rhyan

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #1 Online: 17 de Maio de 2008, 19:15:07 »
FDPs!

Offline FxF

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #2 Online: 17 de Maio de 2008, 20:17:55 »
País capitalista:
- Vamos reduzir os impostos para estimular a economia;

Brasil:
- Precisas de X impostos para mimimi;

Notam alguma diferença?

Offline PauloCesar

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FREE YOUR MIND! - Morpheus

Offline Ricardo RCB.

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #4 Online: 21 de Maio de 2008, 10:31:10 »
Sinceramente, alguém ficou surpreso?

E ainda vamos ter aqueles defensores do petismo dizendo que "Lula cumpriu sua palavra e não fez a proposta pela volta da CPMF, foi o Congresso e nem chama-se CPMF, é outro imposto". A oposição, se estivesse no poder, provavelmente faria a mesma coisa.

Típico do Brasil.
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Diego

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #5 Online: 21 de Maio de 2008, 10:35:18 »
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Sem Lula, os deputados não podem recriar a CPMF


*Constituição diz só União institui contribuições sociais
*Projeto de lei complementar tem de partir do Planalto
*Congressistas não têm poderes para reviver o tributo

Esbarra na Constituição Federal o plano dos líderes governistas de recriar a CPMF por meio de uma lei complementar de autoria de deputados. O texto constitucional é claro como água de bica: só o governo pode propor a criação de contribuições sociais.

Diz o artigo 149 da Constituição (texto disponível aqui): “Compete à União instituir contribuições sociais...” Estabelece ainda que deve ser “observado o disposto nos artigos 146, parágrafo III [...], sem prejuízo do previsto no artigo 195, inciso 6º”.

Recuando-se ao artigo 146-III, chega-se ao seguinte: “Cabe à lei complementar: estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária [...]”

Ou seja: só Lula pode propor ao Legislativo a ressurreição da CPMF, uma contribuição social, pela via pretendida pelos deputados governistas, o projeto de lei complementar.

Avançando-se ao artigo 195, chega-se ao modelo de financiamento da seguridade social, que inclui a Saúde. Diz a Constituição que o dinheiro sairá do Orçamento da União, dos Estados e dos municípios e de contribuições sociais. Aqui entra a CPMF.

Descendo ao inciso sexto, depara-se com a regra vulgarmente conhecida como noventena: “As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver ...”

Significa dizer que, uma vez recriada, a CPMF só poderia começar a ser cobrada três meses depois da sanção do presidente da República.

Tudo considerado, chega-se à seguinte conclusão: os líderes do consórcio que dá suporte legislativo ao governo produzirão uma afronta à Constituição se levarem avante o plano esboçado no almoço que realizaram nesta terça-feira (20).

Reunidos em torno de um repasto oferecido pelo líder do PTB, Jovair Arantes (GO), mandachuvas do PMDB, PT, PP e PR resolveram patrocinar a apresentação de projeto de lei complementar que ressuscita a CPMF.

Na nova versão, o imposto sobre movimentações financeiras seria definitivo, não provisório. Serviria para bancar o pretendido aumento nos gastos da Saúde, previsto na emenda 29. Teria alíquota de 0,10%. Que renderia coleta estimada em R$ 10 bilhões.

Diante das evidências que saltam do texto da Constituição só resta aos deputados governistas apelar a Lula para que recue de uma decisão anunciada na última segunda-feira (19).

Reunido com os ministros que integram o conselho administrativo, o presidente dissera que não lhe passa pela cabeça envolver o governo na busca de fontes de financiamento para o projeto que regulamenta a emenda 29.

Lula foi explícito: ou o Congresso providencia o dinheiro ou ele irá vetar o projeto que injeta dinheiro novo nas arcas da Saúde. Coisa escalonada. Aumentaria ano após ano. Até atingir a cifra de cerca de R$ 20 bilhões, em 2011.

Farejando o cheiro de queimado, os deputados cogitavam incluir a neo-CPMF na proposta de reforma constitucional enviada por Lula ao Congresso.

A idéia é, porém, rechaçada pelos deputados Antonio Palocci (PT-SP) e Sandro Mabel (PR-GO) –respectivamente presidente e relator da comissão que destrincha a proposta de reformulação do sistema tributário.

Assim, ou Lula é convencido a imprimir as digitais no projeto da nova CPMF ou a iniciativa dos deputados não resistirá a um questionamento no STF, guardião da Constituição. O que não faltam são oposicionistas e contribuintes dispostos a acionar o Supremo.


http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/#2008_05-21_05_09_43-10045644-27


Offline Pregador

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #6 Online: 21 de Maio de 2008, 10:42:37 »
O IPI o Lula pode aumentar com uma canetada, já que o executivo pode modificar a alíquota sem lei autorizando. Já a CPMF depende de lei, mas basta comprar uns parlamentares e estará tudo certo.

Curioso é que subiram a CSLL e o IOF para compensar a "perda" da CPMF. Neste ano a arrecadação já é bem superior a do ano passado, mesmo sem CPMF.

Então é só conversinha para meter a mão no nosso bolso e passar para o deles.

Aposto que eles pretendem criar o novo tributo (CPMF), aumentar o IPI sobre o fumo, e com toda certeza, NÃO VÃO REDUZIR a CSLL e o IOF que aumentaram sob o argumento imoral que era para compensar as "perdas" da CPMF...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline PauloCesar

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #7 Online: 21 de Maio de 2008, 12:27:16 »
Esse mothafucka quer ferrar com o cidadão de bem...

http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200805211414_RED_76975381

Só bandido que se dá bem nessa pocilga!
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Offline FxF

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #8 Online: 21 de Maio de 2008, 13:42:14 »
Nossa, mas é cara-de-pau que não acaba mais...

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #9 Online: 21 de Maio de 2008, 14:44:33 »
O pior é o imbecil do nosso presidente dizendo que não usará o exedente da arrecadação para aplicar na saúde. Ou seja, os recursos para contemplar a emenda 29 tem que vir em forma de mais imposto ... Novo!

Cadê a reforma tributária?

Offline PauloCesar

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #10 Online: 21 de Maio de 2008, 16:48:04 »
Essa reforma é palhaçada. Não tem nada sério nisso aí. É puro marketing político. Só vai servir pra político se gabar em cima do palanque...
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Offline Quereu

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #11 Online: 21 de Maio de 2008, 18:36:02 »
Governo prepara nova CPMF para financiar
gasto da saúde.                 
gasto da saúde.
gasto da saúde.
gasto da saúde.
gasto da saúde.
gasto da saúde.
gasto da saúde.
eleições do seu partido.






A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

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Re: Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde
« Resposta #12 Online: 22 de Maio de 2008, 01:14:52 »
Economia corre riscos, se da farra fiscal aprovada pelo Senado ao arrepio da lei renascer a CPMF

Câmara quer aprovar emenda que aumenta dotação da saúde sem prever a receita, o que trouxe a CPMF à baila

A retomada da discussão no governo e entre deputados do PT sobre a volta da CPMF para financiar o aumento das dotações da saúde é outra evidência, entre tantas sobre a arrecadação de impostos, de que o excesso é mau conselheiro. E a falta de um projeto firme de desenvolvimento, pior ainda. O caixa fiscal do governo nunca foi tão gordo, esse é o fato. O que se tem feito com ele é o problema.

Não se deveria falar em escassez de receita pública quando vai a arrecadação tributária este ano superar o orçamento aprovado pelo Congresso em, no mínimo, R$ 15 bilhões, como já se dá como certo, mas não se descarta que o “excedente” fiscal possa chegar a quase R$ 40 bilhões, caso a receita repita até dezembro o ritmo atingido no primeiro trimestre. É muito dinheiro para se ressuscitar a CPMF e o presidente Lula não parar de lamentar a sua falta.

As projeções otimistas sobre o desempenho da arrecadação não são irrealistas até porque deixam de fora as receitas não fiscais, ou seja, não oriundas de impostos e contribuições. Dinheiro há, mas o governo já o empenhou. Em vez de pensar na saúde, elevou de R$ 3,5 bilhões para R$ 11 bilhões o reajuste de salários do funcionalismo e perdeu receita com subsídios ao trigo e à gasolina e anunciou um fundo fiscal para financiar investimentos privados no exterior.

A arrecadação é um portento tanto mais porque desfalcada da CPMF, cuja receita para 2008 estava estimada em R$ 38 bilhões antes que o Senado a derrubasse. Na verdade, seria muito mais, comparada à trajetória dos demais tributos. Mas nem com ela, contrariamente ao que sustenta o presidente, a dotação da saúde com a regulamentação da Emenda Constitucional de número 29 aprovada no Senado e agora na Câmara estaria assegurada, dada as despesas já contratadas.

Por meio desse dispositivo as verbas da saúde deverão crescer com garantia chumbada à Constituição a cada ano, progressivamente, até 2011, saindo de R$ 8,5 bilhões em 2008 e chegando a R$ 23 bilhões, em dinheiro de hoje, quando passariam a representar 10% da receita tributária bruta. Verba engessada à Constituição, obrigatória, põe canga no governante e desestimula ao gestor a busca de qualidade.

Faça o que fizer, o dinheiro pinga todo mês, com ou sem dengue, só para ilustrar a desídia gerencial da chamada receita vinculada. O governo Lula, por exemplo, só pode dispor do orçamento aprovado a cada ano de 9,6% das receitas, segundo estudo de consultores do Congresso, naco dentro do qual está o Bolsa Família e a provisão de investimentos públicos. A Emenda 29 ameaça tais prioridades.

Um passeio ao acaso

As dificuldades orçamentárias explicam por que o presidente Lula se distanciou da proposta do PT de recriar a CPMF com alíquota de 0,1% em vez da finada taxação de 0,38% - e sabe-se lá quanto mais nos anos seguintes -, mas não os dissuadiu a proporem a medida.

A falta de rumo, constatada pelo choque entre o compromisso oficial de não promover aumento de impostos e o desejo do PT, que diz ter apoio da base aliada, orienta qualquer um a instruir a direção ao governo.

A volta de CPMF, se efetivada, terá repercussões sobre a inflação, como qualquer tributo. E a ratificação da Emenda 29 porá em risco as metas fiscais, dada as incertezas sobre a receita.

Proposta era antiga

O encaminhamento desse projeto é exemplar sobre a imprevidência com que as questões públicas com impacto fiscal são tratadas entre o Executivo e o Congresso. Sabia-se que havia forte disposição dos parlamentares em ampliar o orçamento da saúde.

A discussão da Lei Orçamentária de 2008, assim, já deveria ter trazido esta intenção, e aprovada antes do final do ano a Emenda 29, que fora apresentada sete anos atrás pelo senador Tião Viana (PT-AC). Era coisa velha.

Lula foi emparedado

Nem o governo, o autor do orçamento, nem o Congresso, que poderia ter incluído a Emenda 29 na lei orçamentária, cuidaram do assunto. E agora querem aprovar às pressas - certamente para colher frutos nas eleições municipais de outubro - o que votaram ao arrepio da lei, que veda a criação de despesa sem a provisão de receita.

O que os senadores fizeram, e esperam arrastar os deputados com eles, dilapida o orçamento e empareda o presidente, pois além da tal emenda feriram de morte a Previdência ao aprovar outras duas medidas que explodem as despesas de um sistema deficitário. A Lula não há saída: ou veta ou enquadra sua base aliada na Câmara.

Mas são mínimas as chances de que faça uma coisa ou outra. Lula é movido pelas pesquisas de popularidade - e mesmo quando apóia, por exemplo, a ortodoxia do Banco Central o faz porque aprendeu que a inflação é devastadora para a estima de qualquer político.

Além disso, para ele, qualidade de serviço público é sinônimo tanto de mais funcionários lotados nas repartições como de dinheiro gasto – uma visão parcial, que revela sua formação sindicalista e a falta de noções básicas sobre gestão, planejamento e produtividade.

É disso que se aproveitam o forte corporativismo do funcionalismo e a sua representação no PT, disfarçada como corrente progressista – e cada vez mais influente desde que a crise do mensalão e outras menores tiraram do partido ou abafaram as lideranças programáticas e com visão de Estado. Dirigistas, decerto, mas não oportunistas e curvadas ao lobby sindical que hoje imprime a direção ao PT.

http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/43001_44000/43638-1.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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