Em um relatório intitulado The Growth Report: Strategies for Sustained Growth and Inclusive Development (O Relatório do Crescimento: Estratégias para Crescimento Sustentado e Desenvolvimento Inclusivo, em tradução livre), uma Comissão formada por vencedores do prêmio Nobel e especialistas na formulação de políticas públicas diz que a trajetória dos 11 países e dois territórios analisados prova que países em desenvolvimento que enfrentam dificuldades econômicas podem dar a volta por cima.
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O documento
ressalta a importância dos mercados econômicos para o crescimento, mas afirma que
estes não são suficientes para garantir o desenvolvimento e destaca o papel do Estado neste sentido.
Segundo o relatório, apesar de a tendência das últimas décadas ter sido a de incentivar a redução do papel dos governos, estimular a liberalização, reduzir a regulação e incentivar a privatização,
esta tendência restringe demais o papel do Estado.
Os autores do Estudo ressaltam que o crescimento “é possível, contanto que os líderes estejam comprometidos em atingi-lo e aproveitem as oportunidades oferecidas pela economia global”.
O documento afirma que, entre os países analisados, o Brasil foi o primeiro a atingir o alto crescimento sustentável,
em 1950, e também o primeiro a perder seu melhor momento, no início da década de 80.
"O rápido crescimento econômico definhou depois do Segundo Choque do Petróleo em 1979 e
ainda não foi retomado", diz o texto do relatório.
Segundo o documento, a estratégia de substituição de importações adotada pelo Brasil funcionou bem na década de 50, mas o país foi atingido pela primeira crise do petróleo em 1973, sofrendo com a inflação e com dívidas.
A queda nas importações entre as décadas de 80 e 90 fez o Brasil
perder tudo o que havia conquistado no período de alto crescimento econômico, ressalta o relatório.
The Growth Report
http://www.growthcommission.org/option=com_content&task=view&id=96&Itemid=169